Segundo Casamento，CEO só me quer? romance Capítulo 1070

Selena virou a cabeça lentamente, desviando o olhar do David, que seguia se alimentando com elegância, como se nada estivesse acontecendo, para fixar José que estava parado na porta.

Piscou os olhos.

E então, o silêncio se instalou novamente.

Os olhos sombrios e sérios de José também piscaram.

Ele olhou novamente para as pessoas à mesa.

Todos à mesa devolveram o olhar.

José sentiu um arrepio subir pela nuca.

Com um ar indiferente, Felipe pousou os palitos e encarou-o com os olhos semicerrados, "Secretário Bernardo, está querendo se rebelar?"

O coração de José deu um salto, e ele rapidamente virou-se para o David, que continuava a comer tranquilamente.

"Senh...senhor, o bandido... fugiu?"

David pousou os palitos e com toda a calma limpou a boca com o guardanapo.

"Bandido?!"

Felisa gritou surpresa, "Estamos só nós aqui, que bandido é esse?!"

José tremia, "Mas o senhor disse... que... estava sendo... ameaçado... como se estivesse sequestrado..."

Todos olharam para David.

Com os olhos arregalados, Felisa disse, "Você está dizendo que eu sou a bandida?!"

David permaneceu em silêncio.

"Então, o que você está insinuando?"

Felisa, apontando para os guardas armados que os cercavam, encarou David com os olhos vermelhos de raiva.

Felipe, ao ver que sua esposa estava magoada por causa do próprio filho, ficou furioso.

Bateu forte na mesa e repreendeu:

"David!!"

Todos no restaurante estremeceram.

Felipe era conhecido por seu autocontrole e temperamento calmo. Raramente alguém o tinha visto tão irado, ainda mais com palavras tão duras.

Exceto, é claro, quando se tratava da sua esposa.

Aquela era uma rara exceção.

E a aura ameaçadora que emanava dele era de arrepiar.

Todos ficaram em silêncio sepulcral.

Nem o velho nem Elisa falaram, concordando que David havia passado dos limites naquela noite.

Era hora de uma lição.

Apenas Felisa piscou, olhou para ele e disse, "Não brigue, tenho medo."

A aura intimidadora desapareceu de repente, como um balão esvaziado.

Ele pegou a mão de Felisa e disse suavemente: "Eu não estava bravo com você."

"Seus filhos também são seus, não seja tão duro..."

Felipe suspirou sem jeito e depois virou-se para David, com um olhar cortante.

"Não vai se desculpar com sua mãe?"

David ergueu uma sobrancelha e estendeu a mão para passar a tigela de sopa para José.

"Bebe isso primeiro."

José engoliu em seco, sentindo como se a tigela contivesse veneno letal.

Ele hesitou antes de pegar a tigela, encarando a sopa oleosa, fechou os olhos e bebeu como se estivesse aceitando seu destino.

"Eu disse que tinha sido sequestrado?"

A hora da verdade havia chegado.

José hesitou. No telefone, claramente haviam dito que ele e a esposa estavam sob grave ameaça.

Se tudo estivesse bem, o senhor não teria ligado, certo?

Mas parecia que o senhor nunca havia realmente mencionado a palavra "sequestro".

Ele balançou a cabeça. "Não." Afinal, o que mais ele poderia perder?

Felisa ficou surpresa e olhou para o marido com culpa, "Acho que entendemos mal o David."

Felipe tossiu levemente e apertou a mão dela, "Melhor não falar."

Felisa assentiu, compreendendo que em situações assim, é melhor fingir que nada aconteceu.

David continuou: "Eu pedi para você fazer todo esse escândalo?"

José, à beira das lágrimas, respondeu: "Você disse para trazer mais gente... Eu pensei... Desculpa, senhor, eu errei!"