Segundo Casamento，CEO só me quer? romance Capítulo 1292

O velho senhor entrecerrava os olhos, observando Felipe atentamente, como se estivesse vendo através dele.

Ele não acreditava que, mesmo se ele próprio tivesse renunciado à herança do Grupo Terra naquela época, não significava que estaria satisfeito em ver seu próprio filho abrir mão dela daquela maneira.

"Por muitos anos, David dedicou todo o seu tempo e energia ao Grupo Terra, e a empresa sempre prosperou, algo que é óbvio para todos. Ele é um líder nato, precisava da família Terra para alcançar seu potencial, Felipe, como pai, você realmente não se arrepende?"

O velho senhor deu uma risada leve. Como poderia se arrepender?

Ele só estava jogando um jogo psicológico consigo mesmo.

Pensava que, se mostrassem desinteresse, ele se convenceria de que aquilo não representava nenhuma ameaça para o David, levando-o a desistir de forçar um acordo.

No entanto, Felipe apenas sorriu levemente: "A empresa está progredindo sob a liderança dele, e você também reconhece que ele é um líder natural, um empresário, e sabe que ele já se sacrificou... Ele tem méritos e também enfrentou dificuldades. Você, sendo o avô dele e o conhecendo tão bem, ainda quer usar isso para ameaçá-lo, não acha que é demais?"

"Estou fazendo isso pelo bem da empresa!"

O velho senhor sempre soube que Felipe era lúcido e organizado e, após duas frases, ele percebeu que estava sendo confrontado com a mesma lógica.

"Você ainda quer que ele seja como você, que por causa de uma mulher, faça qualquer loucura? Se continuar assim, a empresa vai à falência!"

Felisa sentiu uma pontada de irritação. Estava a ponto de ter outra discussão acalorada com o velho.

Estava ele insinuando que ela o manipulava Felipe com conversas ao pé do ouvido para prejudicar a empresa?

Ela estaria louca desejando que a empresa do próprio marido fosse à falência?

Esse velho estava realmente doente!

O que diabos ele tinha na cabeça para falar tais absurdos?

Ela estava prestes a reagir quando viu Dora, segurando uma chaleira, observando a sala de estar furtivamente.

Ela sentiu a raiva subir à cabeça.

Ela ainda não tinha acertado contas com Dora!

Havia aguentado demais!

"Está gostando do espetáculo?" - Felisa olhou diretamente para Dora, com frieza.

Com a interrupção inesperada de Felisa, os dois homens no sofá olharam lentamente para Dora,

Dora ficou tensa, forçando um sorriso rígido e desajeitado no rosto, enquanto se aproximava e se inclinava para servir duas xícaras de chá.

Ela primeiro ofereceu uma xícara ao velho senhor e depois a Felipe e Felisa.

No entanto, ao empurrá-la para Felisa, ela estendeu a mão e bloqueou seu movimento.

Dora hesitou por um momento, levantando os olhos para Felisa com um leve sorriso: "A senhora não gosta de chá?"

Felisa ergueu as sobrancelhas: "Você está me perguntando?"

"..." - Dora não sabia o que dizer.

"Você não está disputando com Marina a posição de chefe da casa? Quem é você para competir com Marina se nem sabe as preferências de seu mestre?"

O rosto do patriarca escureceu novamente, as cores azul e vermelho se alternando em sua face.

"Insolente! O que está dizendo?!"

"Será que estou falando bobagem? A mamãe não esteve longe de você todos esses anos, e não foi ela quem sempre cuidou da casa? E com a sua proteção a ela, não parece ser isso que você quer dizer?"

Felisa estava destemida, como se estivesse provocando a ira do patriarca.

O patriarca estava tão furioso que bufava: "Cale a boca!"

Felisa franziu a testa, dizendo: "Vendo que você está tão irritado, acho que não o entendi direito. Então, já que tudo está esclarecido, eu só quero ouvir uma posição do patriarca. Estou qualificada para gerenciar os empregados da casa ou não?"

O rosto do patriarca estava verde, depois branco, depois vermelho, sem conseguir manter a compostura diante dessa mulher.

Mas depois de tanto falar, se ele interferisse agora, não estaria admitindo que tinha algum tipo de relacionamento ilícito com Dora?

"Saia de perto de mim!"

Essas palavras foram compreendidas por todos, ela poderia repreender como quisesse, mas não à sua frente.

Felisa sorriu: "Está bem. Acontece que o que vocês estão falando não me interessa muito."

Dora, ao lado, com o rosto pálido e sem cor, tropeçou e quase caiu no chão.

Ela levantou a cabeça para ver Felisa, que a olhava com um sorriso frio, e sentiu um calafrio percorrer todo o corpo.