Segundo Casamento，CEO só me quer? romance Capítulo 1396

"Fernando me disse para não acreditar naqueles comentários na internet, que era só gente querendo botar lenha na fogueira e os outros seguindo sem pensar. Ser influenciado por isso é que é burrice."

Andrea sorriu, respirou fundo e disse: "Como posso não me importar? Se estão seguindo o jogo, significa que concordam. Mas eu consigo superar isso..."

Os dois caminhavam em direção à saída do hospital enquanto conversavam. Ao ouvir Andrea, Fernando parou de repente. "Posso te ajudar com alguma coisa? Andrea, não precisa lidar com tudo sozinha, quero te ajudar, não quero ver você fingindo ser forte..."

Essas palavras sinceras, em vez de tocar Andrea, trouxeram-lhe um desconforto e pressão inexplicáveis.

"Fernando..." Ela chamou seu nome, e sua voz carregava uma distância palpável...

Fernando voltou à realidade rapidamente, "Você... não me entenda mal, somos amigos, certo? Além do mais, eu estou prestes a me casar..."

Andrea se surpreendeu. "Com Elsa Díaz?"

Fernando balançou a cabeça. "Não..."

Andrea assentiu pensativamente, sentindo um alívio, mas ao mesmo tempo uma pontada de arrependimento e descontentamento que girava dentro dela como uma névoa fina e evasiva.

"Isso é algo a ser comemorado, vamos celebrar."

"... Está bem."

Acordando nisso, eles deixaram o hospital juntos.

Mas logo ao sair, Andrea foi interceptada.

José bloqueou seu caminho majestosamente, com um rosto sem expressão: "Srta. Andrea, por favor, venha comigo."

Andrea recuou dois passos, nervosa. "O que houve?"

José foi direto ao ponto, "O senhor quer vê-la."

David?

O coração de Andrea deu um pulo, hesitante.

"Por favor, Srta. Alonso, entre no carro."

"..." Andrea hesitou, mas então ouviu José dizer: "O senhor está esperando, espero que você não o faça aguardar demais."

Essas palavras fizeram as defesas de Andrea desmoronarem uma após a outra.

Depois de muito hesitar, ela finalmente cedeu: "Está bem."

"Andrea..."

Fernando tentou intervir, mas foi rejeitado por Andrea. "Podemos nos encontrar em uma outra hora."

"..."

Assim que Andrea entrou no carro de José, teve os olhos vendados à força.

José falou friamente enquanto ela se debatia:

"Seria melhor a Srta. Alonso ficar quieta, porque o lugar onde o senhor está não deve ser conhecido por outros."

Andrea ficou tensa, lembrando-se de algo de repente e começou a se debater intensamente.

Mas foi em vão.

Como ela temia, o lugar para onde José a levou era aquele que a aterrorizava.

Ela ainda se lembrava da cela, das paredes cobertas de instrumentos de tortura.

Até mesmo as memórias dos homens na cela, de David atirando em alguém, das suas próprias feridas infeccionando e febre alta...

"Se eu fosse você, não teria a audácia de aparecer diante dos meus olhos novamente."

"Não é para ver o senhor, mas para resolver isso."

Então, isso significava que, já que ela tinha a coragem de aparecer diante dele, ele iria resolver o assunto com ela quando estivesse livre?

David cruzou as pernas, encostado no sofá, com uma expressão fria e indiferente, exalando uma aura de crueldade e sede de sangue.

No entanto, esse ar de crueldade e violência não era ostensivo, era como se emanasse de seus ossos.

A frieza que ele mostrava aos estranhos, a elegância que Selena conhecia bem, a dignidade e a autoridade de alguém habituado ao poder, agora acompanhadas pela crueldade e sede de sangue enraizadas em seus ossos.

Todos esses contrastes agora se fundiam nele.

Facilmente intimidando quem quer que fosse.

"Ahhh... Me soltem, me soltem!!"

Andrea lutava com todas as suas forças para escapar, mas era em vão.

Os gritos ecoavam pelo amplo quarto vazio, misturando-se ao som dos choques das correntes de ferro, enviando arrepios pela espinha.

"Não, não..."

Com um barulho ensurdecedor de correntes, os homens a soltaram de repente e ela caiu bruscamente, sendo suspensa no ar pelas correntes que prendiam seus braços.

A maquiagem cuidadosamente aplicada para encontrar David, as roupas luxuosas e sofisticadas, os cachos delicados e flutuantes, agora todos se transformavam em um emaranhado caótico.

Quão bela era a intenção ao sair de casa, e agora, quão ridícula parecia.

Quando a porta de ferro se fechou com um estrondo, David lentamente levantou os olhos, observando através das frestas da cela a mulher que gritava e chorava em desespero.

Nesse momento, José também chegou empurrando um carrinho cheio de instrumentos de tortura, parando ao lado de David.

Andrea encolheu-se de medo, e as correntes tilintaram.

"David, por favor... Não faça isso..."

Ela suplicava com lágrimas, incapaz de se manter de pé de tanto medo.

"Diga-me, agora é a sua chance, me diga o quanto você gosta de mim, o quanto... me ama."