Segundo Casamento，CEO só me quer? romance Capítulo 1599

Com um olhar de terror absoluto, ela balbuciou:

"Eu... eu só estava dizendo a verdade... Por que você está tão furioso? Parece que vai devorar alguém..."

As palavras da moça permitiram que Tauro captasse o rancor no olhar de Dora, e o coração que amolecera um pouco, endureceu instantaneamente.

Ele estendeu a mão e empurrou Dora para o lado, gritando com fúria:

"Desapareça daqui! Agora!!"

O veneno nos olhos de Dora rapidamente deu lugar à súplica.

"Seu Neco, Seu Neco! Me dê só mais uma chance... Eu juro que vou mudar, consertarei tudo que está errado, por favor, me deixa ficar..."

Seu Neco fechou os olhos, com os músculos da mandíbula tensionados, raiva crescente e inabalável.

"Alguém! Expulsem-na daqui!"

O segurança, que aguardava do lado de fora, ouvindo o comando, entrou imediatamente.

Levantaram Dora do chão e começaram a arrastá-la para fora.

Dora se deixou cair no chão como uma malandra, resistindo com todo o corpo.

"Senhor... Você não pode ser tão cruel, eu sou leal à família Terra..."

Dora foi arrastada para fora da sala e sua voz ecoou no quintal, desaparecendo ao longe.

Os empregados que se esconderam agora mostravam-se, com um brilho de triunfo em seus olhos.

A Sra. Selena certamente não teria aversão a uma pessoa sem motivo. Já que ela se deu ao trabalho de lidar com uma empregada, essa pessoa certamente era imperdoável.

Na verdade, essa velha bruxa realmente não era flor que se cheirasse.

A sala voltou ao silêncio, e a escuridão finalmente tomou conta do céu.

"Vocês todos fiquem, a partir de agora o trabalho da casa será de vocês."

Após um longo momento, Seu Neco disse lentamente, exalando cansaço.

Terminando a fala, ele se levantou, corpo ligeiramente vacilante.

"Estou sem apetite, vou pular o jantar. Sirvam-se."

Deixou essas palavras e, apoiando-se na bengala, subiu silenciosamente as escadas.

O olhar de Valério estava fixo na tela da TV, onde as imagens mostravam Selena cercada na entrada do seu apartamento, mantendo uma postura calma e serena, como se não estivesse surpresa por estar bloqueada ali.

Desde que ele começou a observá-la, nunca a viu perder a compostura diante da mídia.

Essa mulher...

Ela realmente estava acostumada a manter a calma nessas situações, ou já esperava ser cercada por repórteres?

Ou talvez...

Ela soubesse que os jornalistas eram uma jogada dele?

Ou ainda, ela teria feito outras conjecturas?

Valério estreitou os olhos, uma expressão de descontentamento em seu rosto.

Naquele único dia, com Dora como peão, ela jogou um jogo impecável.

A empregada que serviu a família Terra por décadas, que nem mesmo Felisa conseguiu expulsar após várias tentativas, foi completamente destituída do favor e da indulgência de Seu Neco em meio dia.

E quanto ao futuro de Dora...

Ela realmente não deixou nenhuma chance de retorno para a mulher,

Uma ação tão decisiva, quase mais do que a de um homem.

-

Assim como a Dora de agora.

A vida, contudo, tinha que seguir.

Chegando na Agência de Emprego, os funcionários olhavam para ela, balançando a cabeça em desdém e rejeição. Mas como era um departamento oficial, ainda permitiram que ela preenchesse um formulário e esperasse do lado de fora.

"Procura por que tipo de trabalho?" perguntou o funcionário de plantão.

"Governanta."

O funcionário a olhou, esboçou um sorriso sarcástico sem emitir som e balançou a cabeça enquanto anotava o pedido dela na ficha de emprego.

"Tem alguma exigência quanto ao salário?"

"O mínimo de quinze mil."

Dora falou como se fosse óbvio, e o funcionário parou de escrever, levantando os olhos para a mulher mais velha de rosto inchado à sua frente.

É verdade que alguém que tinha vivido numa mansão como a da família Terra se destacava dos demais.

Embora idosa, tinha uma pele mais clara que a da maioria, e apesar de sua situação precária, estava mais limpa e apresentável que as mulheres vindas das áreas rurais pobres.

Mas a aura de arrogância de "eu venho de uma família importante" era intragável.

O funcionário riu com desdém.

"Quer um salário de quinze mil?"

Dora assentiu, com um ar de superioridade, e até ao olhar para o funcionário, havia um desprezo em seus olhos.

"Esse é o meu mínimo. Eu costumava ganhar bem mais."

O funcionário riu friamente e, enquanto anotava "15000+" no formulário, disse em tom indiferente:

"Então é melhor voltar para onde trabalhava antes."