Segundo Casamento，CEO só me quer? romance Capítulo 1853

Elio acabaria se divorciando dela mais cedo ou mais tarde.

Ele jamais poderia aceitar um casamento que foi arranjado por outros para tirar proveito dele.

A razão pela qual ainda estavam juntos era apenas porque ela continuava adiando a separação.

A paz entre eles era construída em cada encontro agradável que tinham.

Ele era um homem e precisava de uma mulher.

E ela, estava disposta a oferecer e também a deixar de lado qualquer encargo para usufruir da alegria momentânea.

Um casamento “feliz” vinha de uma convivência “harmoniosa”.

Por isso, aos olhos dos outros, eles pareciam muito “felizes”.

Mas isso era completamente uma ilusão.

Até mesmo o irmão e a cunhada achavam que o casamento deles não era normal, mas parecia que ainda assim poderiam continuar juntos.

Como eles podiam continuar?

Jonathan estava certo, ela tinha procurado Elio inicialmente para solidificar sua posição na empresa.

Tendo o sobrenome da família Terra como um suporte, ninguém ousava mexer com ela.

Mesmo que ela não tivesse tantas ações quanto Valério, ainda estava a salvo na empresa.

Elio estava sempre esperando pelo divórcio, e ela queria as ações da empresa.

Se Jonathan dissesse que poderia dar suas ações a ela, então realmente não havia necessidade de continuar arrastando Elio.

Quanto a continuar com Jonathan?

Seus lábios estavam apertados, a cor vermelha viva desapareceu deles de tanto que os mordia.

Divorciar-se de Elio...

Vi poderia aceitar isso?

Ela gostava tanto de Elio.

Uma vez que se separassem de verdade, tudo estaria acabado.

Eles não poderiam mais se ver, nem mesmo Vi.

Mas Jonathan tinha razão, quanto mais essa situação se arrastasse, maior seria o dano para Vi no futuro.

Se Elio realmente percebesse algo ou investigasse, ela poderia acabar perdendo Vi...

Não, ela não podia perder Vi.

Mas no fundo, sempre havia algo indistinto que influenciava suas decisões.

Elio não dormiu bem na noite anterior, mas não ficou totalmente acordado, depois de duas horas de sono, sentiu-se muito melhor.

Estava tão faminto que sentia que poderia devorar um boi inteiro.

Descendo as escadas, Vi estava na sala, dançando em frente à TV com os bracinhos, sem ele saber que dança era aquela.

Elio olhou para ela com desdém e soltou um “tsc”.

Vi ouvindo o barulho, correu até ele, “Elio, você acordou?”

Elio levantou uma sobrancelha, esfregando o cabelo enquanto caminhava em direção à cozinha.

Não tinha visto Perla na sala, então perguntou casualmente, “Onde está sua mãe?”

“Ela...” Hesitou um pouco, depois falou: “Elio, Perla é irmã da Vi, não fale bobagem, senão ela terá problemas para se casar depois.”

Elio parou no lugar, virou-se e olhou para baixo em direção a Vi, “Está procurando apanhar, é?”

Vi fez bico, “O que foi?”

Elio não tinha paciência para discutir com uma criança, acenou com a mão e continuou em direção à cozinha.

“Deixa pra lá, não é sua mãe, é sua irmã. Onde ela foi?”

Vi seguiu seus passos, agarrando sua calça enquanto caminhavam juntos até chegarem à geladeira.

Elio abriu a geladeira procurando algo para comer, mas a voz infantil de Vi disse:

“Hoje o César veio, mamãe saiu com César.”

A mão de Elio na geladeira parou, ele baixou a cabeça para olhar Vi, “Ela saiu com quem?”

Vi piscou os grandes olhos inocentemente, “Com César ué.”

A expressão de Elio escureceu de repente.

Mas Vi, sem perceber, continuou sorridente, “Eu até perguntei se o César gosta da Perla, e ele disse que sim~”

Elio: “...”

“Então eu disse a ele que só podia gostar um pouquinho da Perla, porque ela tem você.”

A expressão de Elio não era das melhores, mas comparado a antes, parecia um pouco melhor.

Mas ela ainda saiu com Jonathan.

“Quando eles saíram?”

Vi balançou a cabeça, “Não sei, só sei que Perla não almoçou e já tinha ido.”

Não almoçou e foi embora?

Então já eram mais de duas da tarde, então ela e Jonathan tinham saído há mais de duas horas?

E antes do almoço, ele saiu, então, os dois acabaram almoçando juntos?

"Heh."

De repente, ele soltou uma risada sarcástica e fechou a porta da geladeira com um estalo.

Vi, que estava ao lado, se assustou e olhou para ele preocupada, "Elio, o que aconteceu?"

Elio estava com um sorriso irônico no rosto.

Não é à toa que ultimamente estava tão desanimado; já tinha encontrado uma saída há tempos.

A sensação de fome que quase o fez engolir um boi inteiro agora o fazia sentir-se inchado apenas ao respirar.

Ele pegou Vi no colo e a levou até o sofá na sala.

Vendo que ele estava se preparando para sair, Vi pulou do sofá, "Elio, você não ia almoçar? Para onde está indo?"

"Vou comer fora, fique em casa quietinha."

Julia apareceu da varanda, segurando um par de sapatinhos cor-de-rosa.

"Ei, meu jovem, eu guardei comida para você..."

"Não precisa."

Depois de trocar de sapatos, ele abriu a porta com tanta força que quase puxou Perla, que estava do lado de fora segurando a maçaneta, para dentro.

Eles se estabilizaram e se encararam por alguns segundos até que Perla falou primeiro: "Vamos conversar."

Elio soltou uma risada fria, "Estou ocupado."

Perla mordeu o lábio, "... Então falamos quando você estiver livre."

"Deixar Vi em casa sozinha para sair e se divertir com outro homem no almoço? Como foi, se divertiu?"

Perla franziu a testa, "Quando foi que eu saí e me diverti com alguém?"

Apesar do sorriso no rosto de Elio, seus olhos estavam cheios de frieza.

"Você está perguntando a quem?"

Perla abriu a boca mas, ao perceber algo, mordeu o lábio e não falou mais.

Essa atitude, aos olhos de Elio, era praticamente uma confirmação.

Isso fez com que a raiva em seu coração crescesse ainda mais.

Ele a empurrou para o lado e saiu pela porta sem olhar para trás.

Perla foi empurrada, seu corpo encostou na porta que não estava completamente aberta e quase caiu.

Ainda bem que ela conseguiu se apoiar na parede a tempo para evitar um desfecho embaraçoso.

Elio não hesitou.

Vi olhou preocupada para Perla.

Perla se levantou, fechou a porta e, segurando a mão de Vi, perguntou: "Você já almoçou?"

Vi assentiu, "Mas o Elio ainda não comeu..."

Perla sorriu, "Ele é adulto, não vai deixar que passe fome, relaxa."

Vi pensou um pouco, assentiu, mas ainda com uma expressão de preocupação, disse: "Elio deve estar sofrendo, né?"