Segundo Casamento，CEO só me quer? romance Capítulo 1886

Ginés lançou um olhar para Celina, desviou o olhar, e virou-se para seguir Olívia.

"Por que está me seguindo?"

Olívia lançou-lhe um olhar de soslaio, sem muita alteração em suas emoções.

"Não posso querer passar mais tempo com você agora que nos encontramos?"

Olívia soltou uma risada, "Estou ocupada com algo muito importante agora, além do mais, não acho que você realmente queira passar mais tempo comigo."

"Por isso não pedi sua opinião."

Olívia parou, "Dois meses sem ver, e você está mais cara de pau do que nunca."

"Você é tão difícil de lidar, não me deixou outra escolha."

Olívia respirou fundo, "Sabe, Ginés, tínhamos uma boa relação antes, é verdade que deveríamos aproveitar para ficar mais tempo juntos agora que nos encontramos. Mas, de verdade, tenho algo muito importante para fazer agora, algo que não deve ser revelado a terceiros."

Ela falava com tanta delicadeza.

Antes, terceiros.

"Você e Ava têm segredos que não devem ser revelados a terceiros?"

A maneira como ela falou insinuava: o que você e Ava têm que não pode ser conhecido por outros?

Como se ela não tivesse o direito de ter seus próprios segredos.

"Você tem algo contra?"

Ginés a observou por um momento antes de responder lentamente:

"Só acho que não vale a pena estragar nossa relação por causa de outra pessoa."

Olívia arqueou levemente a sobrancelha, seu olhar passou por Celina, que ainda estava lá, e ela soltou uma risada fria.

"Você na verdade quer que eu deixe de lado meu preconceito contra Celina, certo?"

Ginés franzir a testa, "Por que precisamos trazê-la à conversa?"

"Não gostar dela é problema meu, como lidamos um com o outro é entre nós. Você quem está forçando ela na conversa, não eu. De um lado, você me incomoda por causa dela, de outro, você quer que eu seja amável com ela de qualquer jeito."

"Ginés, só voltei aqui para resolver algumas coisas, não vim com segundas intenções, não represento nenhuma ameaça para Celina, nem farei nada com ela. Não precisa agir como um vendedor toda vez que tem a chance, tentando me convencer com suas táticas."

"Então, nossa amizade depende de se aceito Celina ou não?"

Ginés ouviu em silêncio seu desabafo, "Odiar alguém é realmente tão bom assim? Você não é muito sensata, em vez de odiar, por que não deixa ir e se sente melhor?"

"De fato, estou um pouco irritada, mas vai passar logo. Depois de uma boa noite de sono, esquecerei tudo pela manhã. Não vou aparecer aqui todos os dias para me irritar."

Depois de dizer isso, Olívia virou-se para ir embora, mas a voz de Ginés a seguiu.

"Você realmente nunca pensou por que odeia Celina?"

"Desde quando preciso de um motivo para odiar alguém?"

"Sim, você precisa."

Ginés parou na frente dela, encarando-a, "No dia que você foi embora, Celina disse que talvez você a odiasse por minha causa. Porque desde o início, eu era seu único amigo, e a chegada dela dividiu minha atenção..."

As mãos de Olívia apertaram dentro dos bolsos, mas sua expressão permaneceu serena.

"Se é o que ela disse, então que seja, se vocês estão felizes assim."

"Se eu estiver errado, então me dê um motivo."

Olívia respirou fundo, sua expressão mostrou clara impaciência.

"Não vim aqui para ser forçada a te dar um motivo. O motivo pode ser o que vocês acham que é, para mim tanto faz. Sinceramente, você e Celina são bem irritantes, muita confusão para nada."

Após falar, ela empurrou Ginés de lado e saiu do portão do orfanato.

No escritório do diretor.

Félix tinha uma expressão séria, "Sobre o arquivo de Olívia, quero confirmar novamente, não sobrou nenhum vestígio, certo?"

O diretor assentiu, "Não sobrou nada aqui."

"Então, sobre as crianças..." Félix disse, esfregando a testa com um gesto de dor, suspirou e parecia conflitante.

O diretor se apressou em dizer: "Eu vou ficar de olho neles, não vou deixá-los sozinhos com estranhos por um tempo. Com o passar do tempo, naturalmente vão esquecer. Crianças, poucas se lembram claramente de um dia que não tem significado especial para elas."

Félix respirou fundo e se levantou. "Obrigado pela ajuda. Não imaginei que, depois de tanto tempo escondendo, tudo se revelaria justamente porque eu quis secretamente comemorar o aniversário dela. Se alguém começar a investigar, nossa menina pode acabar em perigo mortal. Estou sendo honesto com você sobre as consequências, espero que..."

"Eu entendo, Sr. López, pode ficar tranquilo. Cuidei da aluna Olívia por mais de três anos, é claro que quero que ela esteja segura e saudável. Por que faria mal a ela?"

"Irmã Mián, eu só queria explicar... Boyan realmente se importa com você, você sabe que ele sentiu sua falta..."

"Você não precisa me explicar nada. Não há mal-entendidos entre nós, sei que ele se importa, afinal, somos amigos há anos."

"Então por que vocês não se reconciliam?"

"Por que deveríamos? Ele me desagradou, não quero me reconciliar. Se isso é um problema para você, então é melhor você me deixar em paz."

Celina insistiu, "Eu realmente espero que vocês não briguem por minha causa. Você obviamente se importa com Boyan, poderia ser tudo tão simples, por que tem que ser assim..."

Olívia riu friamente. "Você é realmente inocente e bondosa! Não admira que Ginés goste tanto de você."

Celina balançou a cabeça. "Eu não sou boa. Quando as flores foram destruídas, eu suspeitei de você, fiquei ressentida e até sujei seu caderno e joguei lixo próximo à sua mesa, esperando que a professora te repreendesse..."

Olívia arqueou as sobrancelhas, surpresa com a confissão.

Realmente, Celina era mais forte do que ela.

Ao menos era mais inocente, preocupada com coisas que deveriam importar à sua idade, incapaz de entender o resto.

Celina não fez nada de errado.

Mas Olívia simplesmente não gostava dela.

Ginés disse que era por causa dele que ela não gostava de Celina, talvez fosse verdade.

Celina parecia ansiosa. "Irmã Mián..."

Olívia piscou, mas, no fim, desgostar era desgostar, e agora ela até tinha uma razão.

"Talvez você esteja certa, então, daqui para frente, melhor vocês dois ficarem longe de mim, para eu não ter que ver vocês e me sentir mal."

Olívia disse o que tinha que dizer e foi embora, mas Celina continuou seguindo-a.

Não parava de falar, sempre elogiando Ginés, dizendo o quanto ele era incrível e o quanto se importava com ela.

Ela estava cansada de ouvir, era realmente uma pessoa insistente e barulhenta.

Sabendo que Celina estava determinada a não deixá-la em paz, Olívia, num gesto de irritação, virou-se e caminhou em direção ao portão do orfanato.

Ela precisava voltar e livrar-se dessa encrenca, deixando-a aos cuidados de Ginés.