Segundo Casamento，CEO só me quer? romance Capítulo 1977

Alicia ergueu a cabeça e afastou a mão dele. "Comparado aos últimos dias, ontem eu realmente me diverti."

Octavio semicerrava os olhos.

"E não era para terminarmos? Agora essa cena de ciúmes sem sentido está me deixando confusa."

Embora perceber que ele estava com ciúmes fosse algo que a deixasse feliz, as palavras duras que ele dissera da última vez e o fato de ter desaparecido por dias, sem sequer uma ligação ou mensagem, além de ter contado a Renato que queria terminar de forma unilateral, eram coisas que a magoaram profundamente. Como poderia a atitude ciumenta dele agora apagar tudo isso?

O silêncio reinou no quarto por alguns segundos até que a voz clara e fria de Octavio se fez ouvir, "Então, você quer terminar?"

Alicia riu.

"Eu quero terminar? Octavio, só porque vamos terminar, você joga a culpa em mim? Eu arrisquei a reputação da Família Martinez, deixei que toda Cidade P falasse que eu estava correndo atrás de você, e você está com a cabeça nas nuvens ou está surdo? Eu estava sempre ao seu lado, dizendo que gostava de você, que te amava, ou será que sou tão leviana, que depois de menos de uma semana juntos, já quero terminar?"

Provavelmente eram as palavras mais duras que Alicia já dissera a Octavio.

Ela sempre o defendia, não permitia que ninguém o criticasse, nem mesmo ela própria. Talvez Octavio nunca tivesse ouvido algo assim antes.

Desta vez, ela estava realmente furiosa.

Embora fosse criada com todos os cuidados, raramente havia estado em um hospital.

Agora, com dor de estômago, sentada numa cama de hospital e tendo que lidar com o causador de tanto amor e ódio, ele esperava que ela tivesse paciência?

Apesar de Octavio estar sendo "despejado" com palavras, suas sobrancelhas, antes franzidas, suavizaram-se um pouco.

"Quem te disse que eu quero terminar?"

Alicia ficou surpresa, "Pergunte a quem você contou."

"Não contei a ninguém."

Octavio pegou novamente a tigela que havia colocado de lado, a temperatura esfriara um pouco, e ofereceu uma colher de mingau a Alicia.

"Beba o mingau primeiro."

Meio confusa, Alicia inclinou-se para frente e tomou um gole, lembrando-se então do motivo pelo qual estava discutindo com Octavio.

"Eu disse que queria ver Nereo."

"Alicia." A voz de Octavio endureceu novamente. "Vamos falar de tudo isso depois que você terminar de beber o mingau. Não importa o que você diga, você não vai sair deste quarto. Entendeu?"

Alicia franziu a testa, seus olhos movendo-se, antes de se recostar na cabeceira da cama e olhar para o homem com uma expressão teimosa. "Continue."

Continue a alimentá-la com o mingau.

Embora estivesse com desconforto estomacal, seus membros estavam perfeitamente bem, não era necessário ser alimentada.

Claramente, ela estava fazendo de propósito.

Era raro Octavio mostrar tanta paciência em alimentá-la pessoalmente.

Octavio não disse mais nada, pacientemente terminou de dar o mingau para Alicia.

O calor do mingau aqueceu seu estômago, e Alicia sentiu-se bem melhor.

"Quer mais?"

Alicia hesitou, "…Quero."

Octavio a observou por um momento, mas colocou a tigela de lado.

"Por que você parou? Eu quero mais."

"Se quer mais, sirva-se."

“Esqueceu como você acabou de me xingar?”

Alicia franziu a testa. “O que quer dizer?”

“Porque algumas coisas que você disse estavam certas, então não vou me importar.”

Alicia ainda estava confusa, observando Octavio ajeitar as mangas amassadas de sua camisa, caminhar até o pé da cama e pegar o casaco, vestindo-o despreocupadamente.

“Não defenda ele na minha frente. Colocar minha mulher no hospital, não importa quantos motivos ele tenha, não merece meu perdão.”

O rosto de Alicia, ainda que pálido, começou a ganhar uma cor vibrante.

“O quê... sua mulher? Em poucos dias, além de me provocar, quantas coisas você fez que um namorado deveria fazer...”

Octavio voltou para perto dela, sem abotoar o paletó.

De repente, ele se inclinou, olhando para o rosto radiante de Alicia, segurou a nuca dela com uma mão, e com a outra, envolveu sua cintura. Com um leve movimento, ela se deitou na cama, e antes que pudesse reagir, os lábios dele encontraram os dela.

O corpo de Alicia afundou no colchão, enquanto a cama de solteiro quase não suportava o peso dos dois.

Ela pensou que seria um beijo breve como das vezes anteriores, mas desta vez, Octavio a segurou pela cintura, aprofundando o beijo continuamente.

A mão dele na nuca dela aplicou uma leve pressão, levantando um pouco a cabeça dela, e, para não sufocar, ela teve que abrir os lábios.

As respirações dos dois se misturaram, aquecendo a pele de alguém.

O beijo durou não se sabe quanto tempo, até que a mão que segurava a cintura dela deslizou por debaixo do pijama do hospital e tocou sua pele, fazendo com que ela tremesse involuntariamente, e só então Octavio parou.

Alicia segurava firmemente a lapela do paletó dele, com o rosto radiante como nunca antes.

Seus cabelos negros se espalhavam sobre o travesseiro branco como neve. Ela estava envolta em brancura, com os lábios vermelhos respirando ofegantes, e seus olhos expressavam uma mistura de confusão e encantamento.