Segundo Casamento，CEO só me quer? romance Capítulo 1996

"Então você concordou." Octavio parecia não querer se prolongar muito nesse assunto e foi direto ao ponto.

A voz de Alicia soou firme e clara, "Sim, eu concordo em me casar com você."

Octavio acenou com a cabeça, olhando-a por um momento, antes de subitamente segurar seu queixo, "Lembra-se do meu número de telefone?"

"Por que perguntar isso de repente?"

Embora ela parecesse uma garota rica mimada, sua memória era impecável. Mas apenas para aquilo que ela queria lembrar. O número de Octavio, claro, estava na memória dela.

"Esqueça todas as pessoas e coisas que não deveriam estar na sua cabeça."

Alicia arqueou uma sobrancelha, "Não lembro muita coisa."

Os dedos de Octavio acariciaram suavemente seu queixo por um momento, "Nos próximos dez dias ou duas semanas, estarei com você, mas será apenas desta vez. Não aceito que você se machuque de qualquer forma. Se acontecer, vá ao hospital sozinha."

"Qualquer forma? Será que vou virar uma bonequinha de porcelana?"

"Sim, uma bonequinha de porcelana."

Acariciando sua face macia, ele respondeu de forma aparentemente despreocupada.

A atmosfera estava muito melhor do que antes.

Apesar de suas duas pernas estarem quase inúteis, Alicia nunca se sentiu tão feliz.

Casamento...

Algo que antes só existia em sua imaginação e palavras, agora estava prestes a se tornar realidade.

Ela nunca havia imaginado que ele tomaria a iniciativa; se alguém quisesse casar, ela pensava que seria ela a insistir.

"Não está desconfortável? Não vai dormir?"

Alicia hesitou por um momento e balançou a cabeça.

"Quando vamos nos casar?"

"Você ainda é jovem, não pode se registrar oficialmente."

"Então faremos de forma não convencional. Você cuida disso ou eu peço ao meu pai?"

"Eu cuido." Octavio disse calmamente.

Ele fez o pedido, então era ele quem deveria organizar o casamento.

"E quando será?"

"Quando você estiver recuperada."

Alicia fez uma pausa, virou-se e pegou um caderno na gaveta da cabeceira, apoiando-se na cama.

"Para evitar que você negue depois, é melhor assinar uma garantia."

Ela disse isso enquanto abria o caderno.

Logo o entregou a Octavio.

"Dia X de Mês X do Ano X, o Sr. Octavio propôs casamento à Sra. Alicia, que aceitou, decidindo que se casariam assim que ela estivesse curada. Este documento serve como prova, sem possibilidade de arrependimento."

Então, assinou seu nome no canto inferior direito.

Octavio deu uma olhada rápida nas palavras, esboçando um leve sorriso, "É questão de poucos dias, já que prometi, não vou voltar atrás."

Alicia colocou a caneta na mão dele, "Não, quem sabe o que pode acontecer no futuro? Já que você não vai se arrepender, assinar seu nome não deve ser nada, mas me dará paz de espírito."

Octavio, como se a estivesse mimando, assinou seu nome ao lado do de Alicia.

A caligrafia fluída e firme quase atravessou o papel.

Alicia ficou satisfeita, fechou o caderno e o guardou novamente na gaveta.

*

Depois que Alicia adormeceu, Octavio foi direto procurar Marcilio.

"O que você disse?" Marcilio achou que tinha ouvido errado.

"Ela já aceitou."

Marcilio respirou fundo.

"Vocês ainda são jovens, não passaram por muitas coisas. Você não tem medo de se arrepender?"

Nos últimos dias, Rayan estava encarregado de buscá-la, mas hoje, ao ver Octavio no banco do motorista, ela ficou agradavelmente surpresa.

"Você terminou o que tinha para fazer?"

"Não, mas não é algo que precise ser terminado hoje." Octavio ajustou os óculos de armação prateada em seu nariz alto, dirigindo com uma mão enquanto a observava colocar o cinto de segurança. Sua voz era, como sempre, calma e distante.

Ele ligou o carro e seguiu caminho.

"Octavio, já estamos casados há três meses. Até quando vamos continuar morando separados?"

Alicia segurou essa questão por três meses, mas não conseguiu mais engolir.

Os olhos de Octavio se moveram ligeiramente enquanto ele a olhava, "Você está tão ansiosa para morar comigo? Você só tem dezoito anos, e eu não gosto de coisas pela metade."

A frase parecia inocente, mas com um pouco de reflexão, era fácil entender o que ele queria dizer.

O rosto de Alicia ficou intensamente vermelho.

Ao ver a cor tomar conta das bochechas dela, Octavio deixou escapar um riso suave.

"Por que está rindo?"

Ela achava que vê-lo sorrir era uma raridade na vida.

Mas ele sempre escolhia rir quando a deixava mais constrangida.

Era irritante.

O carro seguiu pela estrada, e não demorou para Alicia perceber algo estranho.

"Essa não é a estrada para a casa da Família Martinez. Para onde estamos indo?"

"Você vai saber quando chegarmos."

Alicia pensou que ele a estava levando para jantar fora, mas o caminho se tornava cada vez mais longo e familiar.

Finalmente, ao ver o portão da Mansão Alicia, presente de seu pai, ela perguntou novamente.

"O que estamos fazendo aqui?"

Octavio não respondeu, mas o carro não parou em frente à Mansão Alicia. Em vez disso, seguiu até uma área vazia ao lado, onde estacionou.