Segundo Casamento，CEO só me quer? romance Capítulo 2008

Alicia franziu a testa e olhou para o próprio braço. "Machucar-me só para fazer birra com você? Para quê eu faria isso?"

Octavio, ao perceber, estendeu a mão e segurou a dela, lançando um olhar para os pontinhos vermelhos em seu pulso.

"Por que decidiu cozinhar de repente? Não sabe suas próprias limitações?"

Alicia puxou a mão de volta. "Querer cozinhar para você agora é errado?"

Octavio levantou-se, pegou a caixa de primeiros socorros e sentou-se ao lado dela.

"Já não dói mais."

"Não gosto de cicatrizes." Octavio segurou a mão dela, que tentava escapar, e começou a aplicar o remédio com cuidado.

"A antiga caixa de remédios não estava tão cheia assim. Pense bem, por que será? Hein?"

Além dos medicamentos básicos, quase tudo era para Alicia. Pequenos e grandes ferimentos apareciam com frequência.

Alicia observou seus movimentos gentis e esboçou um sorriso. "Quem sabe? Talvez eu tenha tido uma infância tão tranquila que agora a vida está me cobrando."

"Se você fosse um pouco mais tranquila, não teria tantos problemas."

"Tranquila?" Alicia riu suavemente. "O que significa ser tranquila para você?"

Com esse riso, até mesmo Octavio, que era lento para perceber, notou que algo estava errado.

Ele levantou o olhar para ela e encontrou seus olhos cheios de um brilho divertido.

"Comparada ao passado, estou muito mais tranquila agora. Você acha que isso é natural ou simplesmente não percebeu?

Tenho aguentado e cedido por você, coisas que qualquer outra mulher talvez não fizesse. Mas, por teimosia, eu insisti em você."

Octavio franziu as sobrancelhas, cuidou da última queimadura dela e guardou a caixa de remédios.

"Então, quem foi que te deixou chateada hoje?"

Alicia deu uma olhada nos ferimentos tratados e respondeu com indiferença: "Até agora, ninguém tem essa capacidade."

"Então fui eu."

Alicia não quis mais rodeios, e foi direto ao ponto. "Qual o nome da série que você está produzindo recentemente?"

Octavio franziu o cenho.

"Pesquisei na internet. Algumas séries estão sendo muito promovidas, mas já estão prestes a estrear. Sobrou uma que ainda nem começou a ser filmada, mas já é quase um nome conhecido — 'Cidade Cerco'. É sua, não é?"

"Você nunca se interessou por isso. Por que mencionou agora?"

"Simplesmente fiquei interessada. É normal me interessar por coisas relacionadas a você, não acha?" Alicia sempre foi franca. Com Octavio, nunca escondeu seus sentimentos, seja em pensamento ou ação.

"É minha." Octavio não escondeu.

"Então como único investidor, a Mídia C&P é sua."

"Sim."

Alicia sorriu, confirmando suas suspeitas.

"Você contratou artistas para sua empresa?"

"Ainda não."

"Está mantendo uma amante?"

Octavio lançou-lhe um olhar frio. "Se tem algo a dizer, fale direto. Não me faça adivinhar."

O sorriso de Alicia desapareceu gradualmente. "Eu mal comecei a falar e você já está impaciente? Octavio, não quero ser direta sobre certas coisas porque ainda estou tentando te poupar um pouco, para não criar um clima ruim entre nós."

"Portanto, já que você não consegue adivinhar por que estou assim, descubra logo a razão e me dê uma explicação razoável e um resultado satisfatório. Não posso esperar muito... um ou dois dias, ou talvez três."

Dito isso, ela se levantou, olhou para os pratos na mesa e começou a despejá-los na lixeira ao lado.

"Se acha que é difícil de engolir, não insista. Não quero que tenha dor de barriga. Cozinhe um macarrão para você."

Enquanto falava, já pegava o segundo prato.

Seu pulso foi segurado.

A voz fria de Octavio soou, como água parada, sem nenhuma emoção.

"Coloque na mesa." Octavio levantou o olhar, seus olhos negros pareciam cobertos por uma fina camada de gelo. "Eu disse que não ia comer?"

Ao ouvir isso, Alicia imediatamente soltou o prato, que caiu na mesa com um som alto, "Você que sabe."

Octavio observou o óleo que respingou ao redor da mesa, pressionou seus lábios finos, mas soltou a mão dela.

Pegou os hashis e voltou a colocar comida na boca.

"Se você não estiver com muita fome agora, quando eu terminar, faço um pouco de macarrão para você."

"Hoje à noite eu não vou ficar com fome."

Alicia acariciou seu pulso e saiu da sala de jantar.

Ao vê-la partir, Octavio permaneceu em silêncio, com uma expressão fria, enquanto terminava de comer o que estava no prato e guardava os talheres na cozinha.

Era uma bagunça total.

Parecia que uma batalha havia ocorrido ali.

No lixo, havia dois pratos quebrados e comida estragada, o cesto estava lotado.

O chão estava cheio de pegadas, com água e óleo misturados, folhas e temperos caídos, uma visão pior do que a comida nos pratos.

Colocou os talheres na pia e começou a cortar vegetais e cozinhar macarrão.

Durante uma pausa, ele ligou para Rayan.

"Verifique onde Alicia foi hoje e o que aconteceu."

Rayan hesitou por um momento antes de responder, "Sr. Octavio, hoje à noite tenho um compromisso na cidade vizinha, posso lhe dar uma resposta amanhã?"

"Ok."

Alicia estava deitada na cama mexendo no celular, tentando desviar a atenção e não pensar em coisas que a incomodavam.

A porta do quarto se abriu e um homem alto entrou.

"Vamos jantar."

Alicia levantou a cabeça, "Eu já disse que não estou com fome."

Octavio aproximou-se, puxando o cobertor dela, como se suas palavras não tivessem chegado aos seus ouvidos.

"Vamos comer."

Alicia sentiu um arrepio e colocou o celular de lado, "Então minhas palavras não têm nenhuma importância?"

"Você acha que é significativo passar fome só para me contrariar?"

"Se isso tem significado ou não, não sou eu quem decide. Talvez eu esteja irritada demais e, por isso, sem apetite. Forçar-me a comer só vai me deixar mais desconfortável. Não sou masoquista, quando estiver com fome, vou encontrar algo para comer."

Alicia sabia que suas palavras provavelmente só aumentariam a insatisfação de Octavio, então ela cedeu um pouco no final.

"Então, mantenha a comida quente, eu vou comer mais tarde."

Octavio a observou por um momento, depois saiu do quarto em silêncio.

Alicia perdeu a vontade de continuar no celular.

Depois de tentar se ajustar, Octavio destruiu seus esforços com um simples gesto.

Meia hora depois, Octavio entrou novamente, pegou um roupão e, ao se dirigir ao banheiro, parou na frente dela, olhando-a de cima.

"Vou tomar banho. Espero que, quando eu sair, você vá comer o macarrão."