Segundo Casamento，CEO só me quer? romance Capítulo 2022

Rayan não continuou a conversa e lançou um olhar para Octavio.

Octavio apertou os lábios e foi em direção à porta.

Leda, com uma expressão fria, se posicionou ao lado, observando-o abrir a porta do escritório e entrar.

Rayan, do lado de fora, ouviu vagamente Leda perguntando a Octavio: "Sabe por que eu vim hoje?"

Aquela pergunta...

Ele coçou a testa, movendo-se um pouco para o lado.

Foi então que o elevador parou no andar térreo. O coração de Rayan deu um salto e ele pensou que a situação não era boa. Antes que pudesse fazer qualquer coisa, viu Alicia saindo do elevador carregando duas sacolas.

Ele rapidamente foi até ela, estendendo a mão para pegar as sacolas.

"Sra. Alicia, talvez a senhora precise esperar um pouco mais, o Sr. Octavio ainda... não terminou a reunião."

Alicia lançou-lhe um olhar mais atento. "O que está acontecendo com você hoje, Assessor Rayan? Está se sentindo mal?"

Rayan forçou um sorriso, sentindo uma fina camada de suor surgir em sua testa. "... Não, não é isso."

Alicia nunca deu muita atenção aos outros, e a estranheza de Rayan não a incomodou. Ela simplesmente se dirigiu ao escritório de Octavio.

"Não tem problema, posso esperar por ele no escritório, não estou com pressa."

Rayan tentou algumas vezes bloquear o caminho de Alicia, não querendo que ela se aproximasse do escritório, mas não teve coragem de realmente fazer isso.

Uma recusa tão óbvia não passaria despercebida por ninguém.

"Sra. Alicia..."

"Octavio!"

A forma de Alicia parou na porta do escritório.

A primeira frase foi o último suspiro de frustração de Rayan.

A segunda, uma voz cheia de raiva, vinha de dentro do escritório, dita por Leda.

Rayan fechou os olhos, especialmente quando sentiu o olhar silencioso de Alicia sobre ele, o que aumentou ainda mais seu constrangimento.

"O que você realmente quer fazer? Avisar Mireia para não falar demais na minha frente? Se você não quer que eu me preocupe, por que não aceita ela? Ela não é incapaz, várias agências querem contratá-la, e agora ela quer assinar com você, mas você a despreza assim? Recusou várias vezes? Ela nem consegue te ver? Isso faz sentido?!"

"Isso é um assunto da minha empresa. Se ela é qualificada ou não, eu mesmo posso julgar."

"E qual é o seu julgamento? Não pense que não sei o que você está pensando. É por causa da Alicia, não é? Até onde você vai para agradá-la?"

"Se já sabe que estou agradando-a, então pare de criar problemas para mim por causa da Mireia."

Alicia, do lado de fora, franziu a testa.

Agradar?

Falando em agradá-la na frente da Leda?

Ela semicerrava os olhos, inclinando a cabeça, inconscientemente querendo ouvir mais.

"E quanto à Mireia, quanta humilhação ela precisa suportar? Se Mireia não fosse Mireia, não seria natural assiná-la aqui? Não dizem que Alicia é tão comportada e sensata? Se você explicar bem, ela não deve se opor..."

"Se todos estão tão certos sobre Mireia, então um contrato em outro lugar trará melhores benefícios para ela do que aqui. Você realmente quer que eu mencione isso para Alicia, que já tem um histórico de desavenças com Mireia?"

Leda respirou fundo. "Mas é inevitável que Mireia acabe assinando com você..."

"Mas definitivamente não é agora."

O tom de Octavio finalmente deixou escapar a impaciência que ele vinha reprimindo.

As mãos de Alicia, pendendo ao lado do corpo, se fecharam firmemente, seus olhos se abaixaram, cobertos por uma leve sombra.

Dentro do escritório, houve um momento de silêncio. Leda ajustou suas emoções e, quando falou novamente, não estava tão emocionada quanto antes.

"Então, o que vamos fazer com a Mireia? Octávio, eu te aviso, a Mireia está focada em ser atriz agora. Antes, tudo bem não estarmos no mesmo círculo, mas agora que vocês estão, você tem que cuidar dela. Não use a Alicia como desculpa. Se você realmente se importar, cuidará disso."

Mesmo sem se conformar, acrescentou, "Se você assinar com a Mireia diretamente, dar uma força para ela não seria nada de mais. Mesmo que a Alicia saiba, ela não poderia reclamar..."

"Se ela realmente tiver algum problema, vou considerar ajudar, mas por enquanto, não vou assinar, e ponto."

"Está bem, vou falar com a Mireia, mas no máximo até o ano que vem, quando você se casar com ela, como disse, e assumir o controle e as ações do Grupo Martinez, resolva isso. Acho que estou louca por concordar que você se case com ela."

A sobrancelha de Alicia deu um pulo, de repente sentiu as pernas fraquejarem.

Ela deu dois passos para trás, sentindo-se tonta.

Rayan, que estava a uma certa distância do escritório, não ouviu a conversa e, vendo o estado de Alicia, aproximou-se preocupado, "Srta. Alicia, está tudo bem?"

As mãos de Alicia tremiam levemente. Ela levantou o olhar para Rayan, seu rosto bonito sem expressão alguma, sua voz calma como água.

"Vou ao banheiro."

Mal havia saído por dois minutos, a porta do escritório se abriu e Leda saiu.

Rayan então entrou no escritório.

Colocou os sacos de papel que tinha nas mãos sobre a mesa de centro.

Octávio estava sentado na cadeira, com uma expressão especialmente sombria.

"Sr. Octávio, aqui está o mingau do Sabor do Brasil que a Srta. Alicia trouxe."

Octávio levantou o olhar lentamente, a frieza em seus olhos ainda não havia desaparecido, sua voz rouca com um toque de contenção, "E ela?"

Rayan ficou surpreso com o estado de Octávio, sua voz um pouco hesitante, "Ela... foi ao banheiro."

Só então Octávio voltou seus olhos para os sacos de papel na mesa.

"Comprou o bolo?"

"Acabei de pedir para alguém ir buscar, deve estar chegando em breve."

Alicia assentiu, "Claro."

Octavio levantou as sobrancelhas e olhou para ela, "Que tal uma parte das suas ações?"

"Claro." Alicia pegou a caixa de bolo e a colocou ao seu lado, sem hesitar na resposta.

Octavio olhou para ela novamente, seu sorriso diminuindo um pouco. "Um pedaço de bolo vale uma empresa inteira?"

"O que é meu também é seu, não é? No fim das contas, eu ganhei um bolo, não foi?"

Octavio não respondeu, apenas se recostou no sofá, observando-a enquanto ela comia o bolo calmamente.

"Você tem ideia do que representa um por cento das ações do Grupo Martinez?"

Alicia inclinou a cabeça, pensativa. "Provavelmente muito, muito dinheiro, certo?"

Octavio apertou os lábios. "Exato. Um grande valor multiplicado por um por cento pode igualar ao lucro de pelo menos dez anos de um hotel cinco estrelas, sem contar o potencial de valorização futura."

"Ah, não é à toa que é o Grupo Martinez."

Alicia não demonstrou surpresa; ela sabia desde pequena que a Família Martinez era rica.

"Mas, veja bem, este é o Grupo Martinez do meu pai, e no futuro será o seu Grupo Martinez. Se depender de mim, acho que nem cem hotéis cinco estrelas seriam suficientes para eu gastar tudo."

Alicia riu e olhou para Octavio. "Então, vou precisar que você trabalhe bastante, meu querido marido."

Os olhos de Octavio se estreitaram levemente. "Como você me chamou?"

"Marido, não é?"

Alicia respondeu como se fosse óbvio.

Octavio olhou para o bolo em suas mãos. "O bolo está bom?"

"Muito bom."

"Você comeu bastante, não está enjoada?"

"Depois deste, não vou comer mais. Mas se não era para eu comer tanto, por que comprou tanto?"

"Para garantir que você tivesse bastante, mas não para comer tudo de uma vez. No quarto ao lado tem artigos de higiene."

Ele apontou para a sala de descanso escondida.

Alicia colocou a última fatia de bolo na boca e suspirou satisfeita, dando uma leve batida na barriga.

"Vou ter que ir à academia mais tarde."

Octavio lançou um olhar para sua barriga lisa e apertou os lábios.

Alicia abriu a porta da sala de descanso, e assim que entrou, sentiu uma pressão quente contra suas costas.

Ela quase foi empurrada para dentro do quarto e, instintivamente, virou a cabeça com curiosidade. Uma força envolveu sua cintura, e antes que percebesse, ela estava pressionada contra a parede.