Segundo Casamento，CEO só me quer? romance Capítulo 2117

Angie ficou surpresa, "Convidado especial? Quem poderia ser considerado um convidado especial pelo Renato?"

Mesmo que soubesse, o garçom não revelaria essa informação a eles.

No entanto, ficou claro que a garota à frente tinha uma relação próxima com o jovem senhor.

"Divirtam-se, e se precisarem de algo, por favor, fiquem à vontade para pedir."

"Sim, claro!"

Angie começou a relaxar, a tensão diminuiu um pouco, e restou apenas uma forte sensação de expectativa.

"Será que hoje teremos algum programa especial?"

Era evidente que Angie estava ansiosa.

Os eventos organizados pelo Renato raramente decepcionavam.

Porém, escolher esse tipo de lugar para um encontro pela primeira vez deixou as meninas animadas, enquanto os rapazes se sentiam um pouco desconfortáveis.

Afinal, o objetivo do encontro era algo mais sério, uma busca por amor verdadeiro. Mostrar muito interesse por esse tipo de lugar, ou parecer muito à vontade, poderia arruinar qualquer romance nascente.

Eles se entreolharam, sentindo-se um pouco tensos.

Os olhos vivos de Angie varreram o andar térreo, e quando o garçom trouxe as bebidas, ela recuou um pouco, sentando-se ao lado do sofá, olhando para os rapazes do outro lado.

As duas garotas ao lado já haviam começado a conversar, e Angie percebeu que o foco delas estava mais no rapaz sentado em frente à Lea.

Era o rapaz que havia pedido passagem para eles antes, vestindo-se de forma limpa e organizada, com a pele mais clara que a dos outros rapazes, traços faciais refinados, transmitindo uma sensação de humildade e gentileza, como uma brisa de primavera, calorosa e suave.

Mesmo em um lugar um pouco caótico e barulhento, ele se destacava, mas de uma maneira que não parecia fora de lugar.

Os olhos de Angie brilharam, e ela deu uma cotovelada em Lea, pegando um copo de vidro e entregando-o a ela, aproveitando a oportunidade para sussurrar:

"Amiga, o rapaz à sua frente, Osiris Veiga, é o galã do curso de finanças, entrou direto com uma bolsa de estudos, foi destaque na lista de alunos notáveis, conquistando o título de galã da turma."

Lea pegou o copo, deu um gole suave e, percebendo que tinha pouco álcool, suspirou aliviada.

"Você está tão bem informada, mas por que ainda não está namorando?"

Angie fez uma careta, "É que eu fico sem jeito de dar em cima dos calouros..."

"E agora, já se sente à vontade?"

"Ah... agora, se quiser achar alguém na universidade, só resta procurar entre os calouros, né? A idade chega para todo mundo..."

Lea riu, "Você tem só alguns anos..."

"Pois é, deixa eu te contar, tem muitas garotas atrás do Osiris, ele facilmente conseguiria uma namorada linda se quisesse. Mas, em dois anos, ele nunca teve namorada, e essa é a primeira vez que participa de um encontro."

"Então, boa sorte."

Angie balançou a cabeça, olhando para Lea com um olhar malicioso, piscando e fazendo caretas.

Lea olhou confusa para Angie, "O que foi agora?"

"Quando pedi para convidá-lo, adivinha de quem eu usei o nome?"

Lea: "Não faço ideia."

Angie deu de ombros, "Se não consegue adivinhar, deixa pra lá. Não foi em meu nome, de qualquer forma."

Nesse momento, os rapazes do outro lado começaram a puxar assunto com Angie e Lea.

Lea tinha uma personalidade que variava entre ser reservada e extrovertida.

Às vezes, era muito calma e quase não falava, respondendo só quando perguntada.

Outras vezes, era cheia de energia, capaz de animar qualquer ambiente.

Tudo dependia do seu humor, e também das pessoas ao seu redor.

Hoje, claramente, ela não estava no seu melhor, estava quieta e falava pouco.

Mas, aos poucos, à medida que todos se familiarizavam, o ambiente foi ficando mais descontraído, e depois de algumas bebidas misturadas, ela começou a relaxar.

Com as brincadeiras, ela também começou a sorrir.

Quando estava prestes a preparar sua própria bebida, uma mão limpa e clara se estendeu, tirando a garrafa de suas mãos.

"Você não deveria beber mais."

Lea levantou o olhar, era Osiris, que estava sentado à sua frente.

Ele estava sério, e ao levantar a mão, despejou refrigerante no copo dela.

"Este lugar é muito agitado, é melhor as garotas beberem menos."

Angie, sempre atenta, rapidamente se aproximou, dando uma cotovelada discreta em Lea.

Sob o olhar atento de Lea, ela deu uma rápida olhada para as garotas ao lado, que já estavam vermelhas de tanto beber, e então levantou as sobrancelhas para Lea.

Embora não tenha dito nada, a mensagem estava clara.

Aquelas garotas ali tinham bebido muito mais do que ela, então por que ele não estava tentando impedi-las?

Antes que Lea pudesse reagir, a música no palco parou repentinamente e o DJ, todo moderno, anunciou o programa especial daquela noite.

Enquanto os artistas subiam ao palco, uma onda de aplausos tomou conta do lugar.

Eram alguns cantores e dançarinos com certa fama no mundo do entretenimento.

Vestindo vestidos curtos de franjas prateadas, eles exibiam movimentos sensuais e cheios de energia, respondendo aos gritos animados da plateia.

"Uau…" Lea comentou admirada, "Renato sempre surpreende. Mesmo com o mesmo tipo de show, quando traz celebridades, é outra coisa."

Mas quanto mais assistia, mais sentia que havia algo estranho.

O show começou a pender para um estilo de fantasia provocante.

Os trajes dos dançarinos eram variados: uniformes de aeroporto, enfermeiras, marinheiros, até mesmo uniformes escolares.

Os aplausos aumentavam, os ânimos se acendiam, e os dançarinos, um a um, desapareciam do palco.

Angie ficou atônita, segurando o copo enquanto observava, "...Caramba, o Renato realmente sabe causar! Se continuar assim, logo teremos um desfile de lingerie... Vamos, vamos brincar de alguma coisa!"

"Boa ideia! Já que estamos aqui, vamos jogar algo que combine com o clima, certo?"

Outra garota propôs com entusiasmo, e Angie acenou decididamente, "Vamos nessa!"

Podia ser mais ousado que o show dos famosos?

"Quem perder, toma uma dose pura."

"Combinado!"

No camarote do segundo andar, cinco mulheres vestidas de forma diferente estavam em frente à mesa, com sorrisos encantadores nos rostos.

Octavio segurava um cigarro entre os dedos, a fumaça cinzenta obscurecendo levemente suas feições marcantes. Seus olhos estreitos observaram de soslaio o homem junto à janela, cujo semblante estava sombrio, e soltou uma risada leve.

Ele inclinou-se para apagar o cigarro no cinzeiro. "Parece que não há nada que agrade ao Sr. Kuno."

Disse ele, levantando o braço de maneira despreocupada, "Então prossiga com o próximo grupo."

Kuno lançou-lhe um olhar frio, "Não é fácil preparar algumas pessoas, você realmente gastou bastante só para me provocar."

Aquelas mulheres eram jovens, claramente recém-chegadas ao meio, perseguindo seus sonhos a qualquer custo.

Trazê-las aqui sem reservas era claramente jogar suas vidas no fogo.

Manipulando as vidas dos outros, sem um pingo de culpa.

Octavio apenas sorriu suavemente, recostando-se na cadeira enquanto brincava com um isqueiro de platina em suas mãos.

"Servir ao Sr. Kuno é uma honra para elas. Caso contrário, Sr. Kuno, me diga do que gosta, e eu trago alguém que atenda ao seu gosto."

Kuno não estava interessado em prolongar a conversa.

"Eu a levarei para casa."

Kuno, contendo a raiva, disse friamente: "Ela está morando comigo agora. Vai levá-la para minha casa?"

Osiris ficou surpreso, olhando para Lea com um olhar interrogativo.

Lea rapidamente explicou: "Ele está morando na casa dos meus avós agora. Ele é como um irmão para mim desde a infância..."

A explicação apressada de Lea fez Kuno franzir a testa.

Renato, ao lado, observava curioso e um pouco chocado, olhando de um para o outro.

Para um observador externo, não importava a relação atual dos dois, as palavras de Kuno tinham um tom intencional, e como homem, era uma declaração de domínio, uma expressão clara de possessividade.

Embora não soubesse por que David e Octavio tinham decidido juntar pessoas decentes para uma noite inusitada, a situação talvez acabasse dando certo de algum jeito...

Renato levantou uma sobrancelha, suspeitando que Octavio poderia estar tramando algo e David tinha se envolvido.

"Osiris, você e os outros podem ir. Estou com Angie, não se preocupem."

Lea temia que a situação, se prolongada, pudesse se complicar ainda mais.

A maneira como Renato falou não inspirava muita confiança.

Osiris ficou em silêncio por alguns segundos, depois assentiu, "Então me mande uma mensagem quando chegar em casa."

Lea assentiu, "Certo."

Os dois foram levados para um camarote no segundo andar.

Assim que Angie entrou no camarote e viu o homem sentado no centro do sofá, seus olhos se arregalaram de medo. Ela ficou paralisada, incapaz de se mover ou mesmo de respirar.

"G... Grande irmão... o que você está fazendo aqui?"

"Hehe... haha... então, o convidado especial do Renato é você, hein..."

David tinha uma expressão séria, sem mostrar emoções, mas seu olhar fazia o medo crescer dentro das pessoas, a ponto de gelar os ossos.

"Foi você que organizou isso?"

Ao ouvir a pergunta de David, Angie quase começou a chorar.

"Irmão... esta é a minha primeira vez, juro que é a primeira vez na vida... Eu não vou fazer de novo... nunca mais..."

"Eu acho que sua ousadia é maior do que seu juízo," David comentou calmamente, lançando-lhe um olhar superficial.

Angie encolheu os ombros, lágrimas escorrendo pelo rosto. "Eu realmente não vou mais fazer isso..."

David não respondeu. O som de um isqueiro sendo aceso ecoou.

Kuno, sentado ao lado, acendeu um cigarro.

Depois de alguns segundos de silêncio, David levantou-se lentamente e dirigiu-se para a porta com suas longas passadas.

Ao passar por Angie, ele deixou escapar uma frase gélida: "Em casa, alguém vai te colocar na linha."

Angie enxugou as lágrimas e seguiu David, quase tropeçando de nervosismo.

Octavio também se levantou, olhando para Renato, que estava inquieto ao lado. Ele deu um chute suave na perna de Renato.

"Vamos."

Renato hesitou: "Mas..."

Octavio lançou-lhe um olhar frio, e Renato, compreendendo, seguiu Octavio para fora do camarote.

O grande camarote ficou silencioso, restando apenas Kuno e Lea.

Kuno estava de pé, parecendo uma criança que havia feito algo errado.

Lea estava sentada, emanando uma presença tensa, sem dizer uma palavra, aparentemente esperando que ele falasse primeiro.

Kuno deu uma tragada profunda no cigarro, mas não sabia o que realmente esperava ouvir dela naquele momento.