Sem Retorno Novela Completa romance Capítulo 186

Capítulo 186 

O coração de Vanessa deu um salto. [Murilo, você também sente que o Marcos parece–lhe muito familiar?] 

[Eu tive um sentimento especial quando o vi na transmissão ao vivo, mas não tenho certeza… 

[Há muito poucas pessoas que podem me fazer sentir assim. O professor é um, e você também. Agora, Marcos também me deu essa sensação. Eu quero saber sua verdadeira identidade.] 

Murilo 

expressou seus sentimentos. 

[Está bem, Murilo. Marcos me deu seu número de celular durante a cerimônia de premiação. Coincidentemente, também tenho algo a perguntar a ele.] 

[Vou procurar Marcos e investigar sua verdadeira identidade. Murilo, aguarde minha resposta.] 

[OK. Vanessa, tenha cuidado e proteja–se.] 

Depois de se mudarem para um novo hotel, Dias usou de algumas artimanhas para permitir que Vanessa se registrasse sem usar a carteira de identidade. 

Vanessa acompanhou Dias na turnê de Meridonia a noite inteira e passaram por vários lugares. 

No dia seguinte, Vanessa levantou–se e lavou–se. 

Vanessa pegou o telefone e ligou para Marcos. 

O toque de Marcos era uma alegre melodia de Natal. 

[Jingle bells, jingle bells, jingle todo o caminho…] 

Vanessa olhou pela janela novamente enquanto esperava que Marcos atendesse. 

Parecia que ia nevar. 

Falando nisso, o Natal estava chegando. 

Nos Natais anteriores, Vanessa tinha passado com a família Faro. 

Naquela época, embora a família Faro odiasse Vanessa, eles ainda permitiam magnanimamente que Vanessa participasse da ceia familiar de Natal por causa de seus laços de sangue. 

Os presentes preparados para Vanessa eram tudo o que Vitória não queria depois de escolher. 

Mesmo assim, Vanessa, que não havia perdido as esperanças para a família Faro naquela época, ainda era grata a eles. Vanessa guardava os presentes como tesouros e não ousava abri–los. 

Vanessa estava pensando muito à frente de novo. 

Com 

quem e onde Vanessa iria passar o Natal dessa vez? 

No momento em que Vanessa estava pensando profundamente, a ligação foi atendida. 

“É a Vanessa?” 

Marcos já havia adivinhado a identidade da pessoa do outro lado da linha. 

“Como você sabia que era eu? É só porque era um telefonema desconhecido?” 

“Porque apenas as pessoas que eu escolhi, podem ligar para este número privado.” 

Percebendo que Marcos dava tanta importância a ela, Vanessa ficou um pouco lisonjeada. 

Ao mesmo tempo, Vanessa se preocupava cada vez mais com a verdadeira identidade de Marcos. 

“Marcos, você deixou esse número porque quer ser meu amigo, certo? 

“Eu liguei como você sugeriu. Vamos nos encontrar e conversar, ok?” 

“Claro. Dê–me sua localização e eu pedirei ao motorista para buscá–la.” 

“OK.” 

Depois de desligar, Vanessa foi para a sala ao lado e contou isso à Dias. 

“Nessa, você tem certeza que quer ir? Embora eu não ache que Marcos seja uma pessoa ruim, ele é muito misterioso.” 

“Não se esqueça do seu verdadeiro personagem. Você é a Rainha da Darknet. Se você for para um território desconhecido sozinha e algo acontecer, seria muito perigoso.” 

Dias era bastante calmo e racional. Ele podia ver a gravidade do problema. 

“Então, vou deixar o meu problema de segurança em suas mãos.” 

Vanessa deu de ombros e lançou a Dias um olhar confiante. 

“Dias, com você por perto, do que eu posso temer? Que piada.” 

! 

“Você… É minha culpa por mimá–la demais. Então, você se tornou tão destemida agora. Você não se importa com sua segurança tanto quanto antes.” 

“Nessa, valorize mais sua vida. Seus lindos anos de glória ainda estão começando.” 

Dias estendeu a mão e çutucou a cabeça de Vanessa, impotente. 

“Não se preocupe, Dias. Prezo minha vida mais do que qualquer outra pessoa. Só vivendo posso ver vocês todos os dias e viver feliz e livremente.” 

“Acredito que o Marcos não é uma pessoa ruim. Ele é igualzinho ao Murilo e me dá uma sensação muito especial…” “Claro, só por precaução, já pensei em um plano B. Com você me protegendo, estou cheia de confiança.” 

“Já que você diz isso, só posso concordar.” Dias suspirou impotente, mas estava muito feliz por Vanessa confiar tanto nele. Vanessa enviou a localização para Marcos. 

Uma hora depois, um Rolls–Royce estendido apareceu na entrada do hotel. 

Vanessa entrou no carro e acenou para Dias. 

Dias respondeu a Vanessa com um gesto de OK. 

O motorista era um velho de sessenta anos. Ele usava óculos e exalava uma aura cavalheiresca. 

A julgar pela cor da pele e aparência, ele era do Brasil. 

“Senhorita Vanessa Faro, eu sou o mordomo do Marcos. Apenas me chame de Gildo“, Gildo falou respeitosamente. Vanessa assentiu. 

A viagem foi silenciosa. 

O carro dirigiu para uma mansão e a atmosfera ao redor parecia bastante fria. 

Talvez fosse por causa do inverno. 

O inverno em Meridonia era muito frio. 

Todas as folhas caíram e as árvores pareciam nuas. 

A neve da noite anterior comprimiu as folhas e a fonte congelou no gelo. 

Vanessa entrou na villa na mansão liderada por Gildo. 

Era como uma villa de estilo inglês do século passado. Apenas a decoração exalava um forte senso de história. 

Depois de tirar o blusão, Vanessa abriu o zíper da jaqueta. 

Vanessa tirou as luvas e as colocou no bolso antes de entrar com as mãos nos bolsos. 

Vanessa se sentia muito mais aquecida na villa. 

Eles atravessaram o hall de entrada e Vanessa olhou em volta. 

A decoração interior da villa era a mesma da aura de Marcos e da atmosfera revelada por todo o solar. 

Havia muito poucas coisas na villa. 

Exceto pelas necessidades da vida, não havia mais nada. 

Gildo parecia ter percebido as dúvidas de Vanessa e tomou a iniciativa de explicar: “O Sr. Marcos costuma fazer viagens de negócios ao redor do mundo por causa do trabalho. Ele não passa muito tempo na mansão. Ao mesmo tempo, ele não gosta de comprar coisas inúteis“. 

Vanessa não pôde deixar de sorrir. “Esse hábito dele é semelhante ao de alguém que conheço“. 

“Sra. Vanessa Faro, por favor, espere aqui um momento. Vou avisar ao Sr. Marcos. Ele deve estar descansando a essa hora.” 

“OK.” 

Depois que Gildo saiu, Vanessa olhou ao redor da sala. 

O olhar de Vanessa de repente parou em uma pintura. 

Havia uma camada de céu azul e nuvens brancas na pintura, e a bandeira nacional verde brilhante tremulava ao vento, que era um verde fluorescente, escaldante e tinha uma espécie de vitalidade infinita. 

Vanessa podia sentir quanta alma, atenção e energia Marcos havia investido para pintar este quadro. 

Assim como Vanessa, Marcos também era patriota. 

“Você gosta desta pintura?” A voz de Marcos com suavidade veio através. 

Vanessa se virou e viu Marcos se aproximando enrolado em um cobertor e segurando uma xícara de café fumegante na 

mão. 

Marcos teve a iniciativa de explicar: “Não gosto do inverno, principalmente do inverno de Meridônia. É muito frio. E tenho um pouco de medo do frio“. 

Vanessa sorriu. “Eu posso ver.” 

Sentaram–se no sofá. 

Gildo também fez uma xícara de café para Vanessa e trouxe para ela. 

E Gildo também preparou alguns lanches para eles. 

“Gildo costumava ser um dos principais baristas de uma empresa pública de café. Depois que ele se aposentou, eu o contratei como meu mordomo.” 

“O café de Gildo é o melhor café do mundo. Nenhum se compara ao dele. Experimente.” 

Gildo abaixou a cabeça respeitosamente após ser elogiado por Marcos. “Sr. Marcos, você me lisonjeia demais“. 

Vanessa pegou o café e deu uma tragada. O rico cheiro do café enchia o ar e era extremamente refrescante. 

Vanessa tomou um gole e instantaneamente sentiu o amargor do café derreter em seu paladar, produzindo uma reação química maravilhosa. 

Era melhor que o café no Revolve Café em São Paulo. 

Gildo deve ser um barista top. 

“Tem um gosto ótimo, obrigada.” 

Depois de largar a xícara, Vanessa olhou para Marcos, pretendendo ir direto ao ponto. 

“Marcos, posso perguntar qual é o seu nome verdadeiro?”