Resumo de Capítulo 2 – Uma virada em Sequestrada pelo Alfa-Perdição de GoodNovel
Capítulo 2 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Sequestrada pelo Alfa-Perdição, escrito por GoodNovel. Com traços marcantes da literatura Lobisomem, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Suas palavras não tiveram o efeito que no passado haviam tido sobre mim. A palavra “órfã” já não me afetava mais como antes. Enquanto eu olhava para aquele macho, para aquele Alfa dos lobos negros tudo que eu sentia era raiva e repulsa.
Ele havia tratado Marius e a todos a sua volta como lixo, havia tratado a mim como lixo. Um lobo cruel e sanguinário.
Kilian se levantou da poltrona com sua postura ereta e orgulhosa, seus olhos fixos em mim como se eu não passasse de um gatinho assustado. De uma presa fácil para ele. Seu olhar de Jasper desceu para a faca de prata que eu empunhava de modo defensivo e ele sorriu.
— Isso é para mim? — ele perguntou, quase como se sentisse lisonjeado.
— O que você acha? — respondi entredentes.
Eu ainda estava parada a uma distância particularmente segura dele, mas sabia que ele poderia diminuir aquela distância em um segundo.
“Não temos chance contra ele, devíamos fugir.” Selene anunciou em minha mente.
“Eu não vou fugir nunca mais.” rebati.
Se ele me atacasse, eu o faria no mínimo sangrar.
— Você está diferente, Jane. É por causa da sua loba? Você parece mais selvagem que o normal. — Pronunciou ele e começou a caminhar pela pequena sala.
Seus dedos percorreram a mesa que continha o abajur, em seguida ele passou pela estante de livros e foi até o pequeno sofá turquesa.
Sem qualquer hesitação, o macho se deitou e suspirou fechando os olhos por alguns segundos.
Eu realmente não era uma ameaça para ele? Aquele macho imbecil estava se deitando no meu sofá e ainda relaxando fechando os olhos.
— Eu podia cortar sua garganta com essa faca em um segundo. — Ameacei.
Sem abrir os olhos, Kilian respondeu:
— Karen morreu. E Tristan desapareceu, junto com Meg e Lucian.
Eu teria soltado a faca de tamanho choque se não fosse o meu treinamento essas semanas na academia de Eldryn.
Engoli em seco e um milhão de perguntas giravam em minha mente, mas eu me concentrei no fato de que estava sozinha com um lobo negro, o mesmo que há um ano me sequestrou e me arrastou para sua alcateia repleta de escravas.
Me mantive firme encarando-o, e esperando suas próximas palavras.
Lentamente, o macho abriu os olhos e fixou seu olhar em mim.
— Chegue mais perto, Jane. — Ele disse, sua voz mais baixa e grave.
Seu rosto na meia luz estava sereno, seus cabelos escuros habilmente cortados, suas feições tão parecidas com as de Marius que eu senti vontade de chorar. Mas afinal, Marius havia puxado suas características dele, seu pai.
Os olhos que eu tanto amava haviam sido herdados de Kilian, aquele macho monstruoso.
— O que você quer? — perguntei de modo hostil, mas em minha mente eu ainda pensava em Tristan, Meg, até mesmo em Lucian. E Karen, oh, pobre Karen. Eu me lembrava dela, em sua coleira estava escrita o nome de Kilian.
Kilian se sentou no sofá totalmente virado em minha direção, a sala estava apenas iluminada com a luz do abajur que não era o suficiente, as janelas estavam fechadas e isso tornava aquele momento ainda mais sufocante.
— Eu disse, chegue mais perto. — Seu olhar estava semicerrado agora, seus olhos perigosos e seu tom me dizia que aquilo era uma ordem.
— Não. E eu perguntei o que você quer. — Rebati.
Apenas um segundo, foi o tempo que ele levou para se levantar do sofá e avançar contra mim, e eu levei meio segundo para cravar a faca em sua perna.
Eu esperava que Kilian urrasse de dor ao sentir a prata em sua carne, queimando e destruindo, mas apenas sua expressão demonstrou um pouco de dor, mas sua força não diminuiu em nada.
O macho me segurou pelos braços e me jogou contra o sofá.
Cai com toda a força de costas e antes que pudesse se levantar, Kilian se colocou sobre mim, me segurando no lugar com o peso do seu próprio corpo. Sem se importar com a faca ainda em sua perna direita, ou o sangue que jorrava.
Seu corpo era enorme, repleto de músculos e pesado, eu estava imobilizada.
— Acha mesmo que uma faquinha de prata na minha perna poderia me deter? Jane, você é uma idiota. — Ele zombou, agora seu rosto a centímetros do meu.
Então era assim que eu morreria? Estaria olhando para olhos quase iguais aos de Marius, mas sem ser os dele?
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