Ser Dominado Pela Minha Louca Esposa Médica romance Capítulo 380

Seus dedos tremeram violentamente, e a certidão de casamento caiu no chão, produzindo um som surdo. Aquela cor vermelha vívida se destacava sob a luz, parecendo uma lâmina afiada, ferindo seus olhos.

"Isso é impossível, como pode ser..."

"Como pode ser eu, certo? Se ao menos você pudesse encontrar um segundo em sua agenda lotada para olhar esta certidão de casamento, nunca confundiria sua própria esposa!"

Denise retirou a máscara e os óculos escuros, revelando o rosto que era idêntico ao da foto de casamento. Era tão familiar, no entanto, naquele momento, parecia tão distante, como se houvesse um mundo intransponível entre eles.

Seu olhar era profundo e complexo, havia um alívio de quem se liberta e uma tristeza suave. Ela o olhava calmamente, como se estivesse observando um velho sonho que estava prestes a desaparecer.

Seus olhares se encontraram no ar, naquele momento, cada expressão dela parecia dizer que entre eles, tudo havia terminado!

Ele parecia ter sido atingido por um raio, paralisado no lugar, com o olhar fixo nela, tentando encontrar nos olhos dela uma pista, uma esperança de que tudo aquilo não fosse verdade. Mas o olhar dela era demasiado firme, com uma indiferença que desanimava, como se o gelo se formasse nos olhos e se estendesse até o coração.

De repente, sua mente foi inundada por uma força invisível, enchendo-se de vozes, todas dela — queixas, insatisfações, ressentimentos... Essas emoções batiam em seu peito como martelos, incessantemente.

"Sua esposa é feliz? Você a trata bem? Você cumpriu suas obrigações como marido? Você já foi gentil com ela? Sabe o que significa ser um marido? 'Marido' significa 'dentro de um metro', quão distante você está de sua esposa todos os dias?"

"Como você pode ser um substituto? Você é o verdadeiro, meu marido!"

"Você é meu marido, só por hoje vou chamar assim, depois nunca mais."

"Chamar de marido não vai fazer você perder um pedaço, avarento! Tudo bem, depois disso não vou mais chamar, mesmo que você peça, não vou chamar! Você não é meu marido, você é Márcio, um iceberg, um demônio, uma tartaruga, um idiota!"

"Eu estava pensando em passar um agradável aniversário de casamento com o presidente Fonseca, mas acabou dando errado, sinto muito."

Ele lentamente soltou o punho cerrado, cada movimento parecia incrivelmente pesado. À medida que seus dedos relaxavam, a certidão de divórcio caía pesadamente, exatamente em cima da certidão de casamento ao lado.

Denise se inclinou gentilmente para pegá-los, entregando-os ao advogado que estava atrás dela, e depois virou-se para o homem ao seu lado, forçando um sorriso que parecia casual.

"Márcio, eu te devolvi sua liberdade, e agora você também virou página para mim."

Ela falou de maneira estável, calma e natural, como se também estivesse esperando por este momento há muito, muito tempo.