Ser Dominado Pela Minha Louca Esposa Médica romance Capítulo 384

O crepúsculo envolveu a terra, e o céu foi gradualmente tingido de um profundo azul-violeta, cobrindo lentamente o barulho e a grandeza do dia. Uma lua minguante, como um gancho de prata cruelmente mordido pelos anos, pendurou-se silenciosamente nos galhos.

Márcio voltou para o Alto da Colina e se trancou no quarto, deitou-se no sofá, imóvel, como uma marionete sem alma. O tempo passava, segundo a segundo, e ele apenas sentava, estupidamente, ouvindo seu próprio coração bater. Tum-tum! Denise! Tum-tum! Denise! Cada batida do coração acompanhada por esse nome, cada som de "tum-tum" parecia tornar-se um estrondo louco de trovão, sacudindo cada nervo, cada célula dele!

Ele fechou os olhos, sentindo como se tivesse caído em um buraco de gelo invencível, continuamente afundando... mas nunca alcançando o fundo. A forte sensação de queda fez sua cabeça girar, pensamentos confusos, um frio nas costas; ele agarrou o copo de uísque na mesa de centro e bebeu-o de um só gole. O forte álcool queimou sua garganta, ele colocou o copo de lado, desanimadamente enterrou a cabeça nas mãos, seus dedos correndo pelos cabelos, não apenas buscando algum conforto, mas como se tentasse desembaraçar aquelas memórias complicadas e misturadas.

Ele sacudia a cabeça, e com ela, uma camada atrás da outra de memórias, ácidas, doces, amargas, picantes! Sua cabeça zumbia com muitas vozes. “Márcio, por que você me chama de batatinha? Você acha que sou muito escura, feia?” “Você não sabe que as meninas mudam muito ao crescer? Um dia, vou ficar mais clara, mais bonita, eu prometo.” “Márcio, quando eu ficar bonita, vou te procurar, você não pode me esquecer!”

Uma pequena sombra apareceu diante dele, parada sob uma árvore de pêssegos em flor, com flores rosadas adornando os galhos. O sol penetrava pelas nuvens esparsas, e cada pétala parecia revestida por um brilho dourado suave, de uma beleza embriagadora. Ela vestia um simples vestido estampado, com duas tranças, pele morena, olhos grandes e límpidos, como se toda a primavera estivesse encapsulada neles.