Ela não quis atender, deixando o telefone tocar.
Rebeca sabia que Samuel Batista não tinha paciência; se ela não atendesse, ele normalmente não ligaria de novo.
No entanto, desta vez, Samuel Batista quebrou sua própria regra.
Ela ignorou a primeira ligação, mas a segunda veio logo em seguida.
Se não atendesse agora, já seria falta de educação.
— Diretor Batista, precisa de alguma coisa? — Rebeca Ribeiro atendeu, com uma voz distante e fria.
Nada como antes.
Samuel Batista franziu a testa, conferiu na tela se tinha ligado para o número certo, só então perguntou:
— Onde você está?
— Não estou me sentindo bem, então vou ficar em casa. Desejo que se divirtam bastante.
Assim que terminou, Rebeca estava pronta para desligar.
Mas ouviu a voz de Beatriz Luz do outro lado, perguntando a Samuel Batista:
— A Rebeca não vem? Samuel, será que a Rebeca não gosta de mim?
Logo depois, Samuel Batista falou com um tom ríspido e cortante:
— Rebeca Ribeiro, pare com isso. Todos já chegaram, só falta você. Quer se destacar de todo mundo?
— Eu...
— Tem vinte minutos para chegar. Se não vier, não precisa mais aparecer na empresa.
Ele desligou sem esperar resposta.
Rebeca ouviu o sinal de ocupado e, de repente, sentiu vontade de rir.
Era só uma ausência em um evento de boas-vindas, e Samuel Batista já ameaçava demiti-la.
Afinal, de que serviram todos os seus anos de dedicação e esforço?
E a gastrite severa que adquiriu negociando projetos, bebendo por obrigação?
...
Quando Rebeca Ribeiro chegou ao Água de Fogo, o clima no salão reservado estava animado.
Rui Passos fazia questão de animar ainda mais, instigando Samuel Batista e Beatriz Luz a brindarem juntos.
Samuel Batista, com um tom carinhoso que não lembrava em nada a frieza do telefonema, respondeu:
— Não exagera.
— Samuel, está com medo de brincar? Se estamos aqui é para relaxar! Todo mundo já bebeu, não é justo você não participar.



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