Seu Amor Verdadeiro romance Capítulo 205

POV da Bella:

Quando Herbert olhou para mim com dúvida e decepção nos olhos, fiquei mais nervosa.

Eu sabia que tinha que tomar uma decisão imediatamente. Não podia deixar o Herbert continuar me importunando, ou nunca teria uma vida pacífica.

Levantei-me e caminhei até ele pé ante pé.

Olhei para ele e respondi: "Meu filho precisa de um pai e de uma família normal!"

A expressão no rosto dele ficou feia e enlouquecida. Ele puxou Klein e parecia querer bater nele, mas não se atreveu.

Herbert empurrou Klein para o lado e esmurrou a parede.

Eu virei a cabeça para não olhar para ele.

Klein estava um tanto atordoado e olhava fixamente para mim.

Então, ele levantou a cabeça e riu. "Desejo felicidade eterna à vocês!"

"Obrigada." Respondi, falando alto.

Herbert olhou para mim e para o Klein, se virou e caminhou até a porta.

Ele parou, virou as costas para nós e disse com raiva: "Mas não se esqueça de pensar no bebê que está na sua barriga quando fizer amor com ele."

Depois, ele começou a se afastar.

Vi o sangue na mão dele e meu coração doeu.

Embora as palavras dele fossem como facas afiadas e a atitude dele em relação a mim fosse negativa, ainda assim fiquei com o coração partido quando vi que ele tinha se machucado.

Eu me amaldiçoei pelos meus sentimentos estúpidos.

Por que não o esqueci? Meu lado racional estava me dizendo para não ter mais sentimentos pelo Herbert, mas o meu coração não obedecia de jeito nenhum.

Depois que o Herbert foi embora, a sala ficou muito silenciosa.

Estávamos apenas o Klein e eu.

Alguns minutos depois, Klein veio até mim e disse, com culpa na voz: "Me desculpe, Bella. Eu disse algo que não deveria?"

Rapidamente neguei com a cabeça: "Não, eu que disse algo que não deveria ter dito. Me perdoe, Klein. Eu só queria impor limites à ele, então deixei tudo subentendido. Não leve isso a sério!"

Klein ergueu a mão e coçou a nuca. Rindo, ele disse: "Tudo bem. Não me importo. Na verdade, esperava que o que você disse pudesse ser verdade."

De repente, senti um pouco de tontura. Toquei minha cabeça e achei que fosse cair.

Klein estendeu a mão para me segurar, então gritou freneticamente: "Bella, o que foi? Você está bem?"

Klein me carregou até o quarto principal. Então, ouvi ele chamando o médico, ansioso.

Uma hora depois.

Eu estava deitada na cama grande do quarto silencioso. Klein estava parado na ponta da cama, o rosto cheio de nervosismo. Um médico de jaleco branco estava me examinando. Eu também estava muito nervosa, pois tinha sangrado um pouco.

Naquele momento, senti muita culpa. Eu não deveria ter ficado com raiva do Herbert. Minha condição física não era muito boa e, se algo acontecesse com o bebê, me arrependeria muito.

Depois que o médico terminou de me examinar, Klein perguntou freneticamente: "Doutor, como ela está?"

Olhei para o médico e ouvi atentamente o diagnóstico.

Ele empurrou os óculos e respondeu: "Há sinais de aborto espontâneo no feto."

Ao ouvir isso, sentei-me em estado de choque e implorei: "Doutor, por favor, salve o meu filho!"

"Doutor, existe alguma maneira de salvá-lo?" Klein franziu a testa.

O médico disse com uma cara séria: "A gestante não pode passar nervoso e precisa ficar de cama por pelo menos mais duas semanas. Vou tentar o meu melhor, mas não posso garantir que a criança resista."

"Claro, doutor." Klein disse apressadamente.

Depois de mandar o médico embora, Klein voltou ao quarto.

Deitada na cama, meus olhos estavam cheios de medo e preocupação.

Klein sentou-se ao lado da cama, querendo pegar minha mão, mas desistiu e me aconselhou: "Não se preocupe. O médico fez parecer mais grave do que é. Se você fizer o que ele mandou, vai ficar tudo bem."

Fui obrigada a acreditar naquilo.

Klein gentilmente me consolou: "Não se preocupe. Vou mandar alguém fazer uma comida deliciosa para você. Não precisa se preocupar com nada. Tudo o que você precisa fazer é descansar."

Eu balancei a cabeça e disse, me sentindo culpada: "Sinto muito por incomodá-lo novamente, mas não tenho escolha agora. Tenho que ficar aqui e continuar te importunando. Eu não tenho outro lugar para ir..."

Nesse momento, não consegui segurar as lágrimas.

Nunca me senti tão desamparada na minha vida.

Quando eu era criança, minha família era muito pobre e minha vida era difícil, mas eu sempre fui muito determinada.

Quando cresci, passei por muitos contratempos: fui espancada e xingada pelo meu pai, intimidada, forçada a me mudar, quase fui estuprada, mas nunca me senti tão indefesa e apavorada.

Neste momento, a criança na minha barriga era a minha vida. Eu não suportaria perder outro bebê!

Mas parecia que, além do Klein, não havia mais ninguém que pudesse me acolher e cuidar bem de mim. O Klein me salvou.

Como cheguei nessa situação? Nada tinha dado certo nos últimos anos.

Eu não me importava com a minha carreira nem com a minha família, só queria orar a Deus: "Salve a criança em minha barriga, esta é toda a minha esperança!"

Klein pegou dois lenços de papel e os entregou para mim. Então, ele aconselhou pacientemente: "Você pode continuar morando aqui. Minha casa é muito grande e, na verdade, me sinto muito sozinho. Tenho que te agradecer por ter vindo e aquecido essa casa!"

Ao ouvir isso, sorri: "Você é tão engraçado."

Klein levantou-se de repente: "Você não ouviu o que o médico disse agora há pouco? Você não pode passar nervoso. Fique calma. Vou mandar a Jane ficar ao seu lado todos os dias. Não queremos mais nenhum incidente."

Ao ouvir essas palavras, concordei. Esfregando minha barriga, pensei: "Tenho que aceitar todas as gentilezas do Klein. Não posso mesmo ter outros incidentes."

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