Seu Amor Verdadeiro romance Capítulo 230

POV da Bella:

Daquele dia em diante, tornei-me temporariamente vizinha do Klein.

Todos os dias, eu fazia algumas tarefas domésticas e, ocasionalmente, compartilhava alguma comida com ele.

Klein adorava a Lucky e sempre comprava roupas, leite em pó e brinquedos para ela.

Quando a Lucky completou seis meses, tentei alimentá-la com mais leite em pó, mas o amor dela pelo leite materno estava além da minha imaginação.

A pequenina não quis beber leite nem comer alimentação complementar, por isso continuou no leite materno.

Eu insisti em dar leite em pó para ela porque eu tinha que encontrar um emprego. Eu não aguentava mais ficar em casa e tinha que ganhar dinheiro para nos sustentar.

Embora pudesse usar uma bomba para tira leite e armazenar, ainda assim era extremamente inconveniente.

Eu sabia que o Klein estava disposto a me ajudar incondicionalmente mas, se eu quisesse levar uma vida respeitável, teria de andar com as minhas próprias pernas.

Ouvi uma batida na porta.

"Como está Lucky? Eu a ouvi chorando. Ela não está se sentindo bem?" Klein perguntou freneticamente.

"Eu estava tentando dar leite à ela." Expliquei.

"O leite materno é o melhor alimento para o bebê. Você devia continuar amamentando ela!" disse Klein.

"Ah, não, Klein. Ela tem que se acostumar com outros alimentos além do leite materno." Insisti, mas ele não ouviu.

Ele se virou, entrou no quarto principal, pegou Lucky no colo e voltou com ela.

Meu coração doía. Lucky estava chorando tanto que dava pena. Quando ela me viu, suas mãozinhas tocaram seu rosto e ela chorou ainda mais.

Klein a colocou em meus braços e disse: "Dê a ela um pouco de leite!"

Eu insisti: "Ela já tomou leite uma vez hoje. Espera, ela vai tomar o leite em pó."

Klein disse: "Bella, o que você está fazendo é muito cruel. A Lucky tem apenas seis meses. Ela deveria estar nos braços da mãe, aproveitando o leite materno."

Eu não queria ver a Lucky tão triste, mas precisava muito trabalhar.

Minha residência atual, bem como minha vida, incluindo todas as minhas despesas, estavam sob a responsabilidade do Klein.

Depois de alguns minutos de silêncio, Klein disse: "Não tem problema se você quiser sair e trabalhar. Você tem um certificado de contabilidade e muitas empresas precisam de funcionários talentosos como você. Por acaso, a empresa de um amigo meu está recrutando. Você não quer que eu te apresente à ele? A empresa dele é nova, então não deve ter muito trabalho. Claro, o salário e os benefícios não serão muito altos, mas acho que seria o ideal para você. Eles oferecem duas horas de descanso ao meio-dia, então você pode voltar para amamentar a Lucky. Assim, não precisa se preocupar com ela e ainda pode trabalhar. O que você acha?"

Ao ouvir a pergunta de Klein, olhei para ele, um pouco hesitante: "Eles precisam mesmo de uma contadora? Você não está dizendo isso apenas para me ajudar?"

Klein riu: "Você pode ir conhecer a empresa. Se gostar, pode se candidatar para a vaga. Se não gostar do serviço, pode pedir demissão."

"Está bem, obrigada." Como as coisas chegaram a esse ponto, só me restava concordar.

Na verdade, eu também tinha me candidatado para um emprego pela Internet há alguns dias mas, assim que a empresa descobriu que eu tinha uma filha de seis meses, eles encontraram uma desculpa para dizer que eu não atendia às necessidades. Na verdade, eles estavam preocupados que a bebê afetasse o meu trabalho.

Agora que eu tinha a chance de amamentar a Lucky e ir trabalhar, é claro que estava disposta a aceitar.

Na manhã seguinte, fui à empresa do amigo do Klein.

A princípio, ele insistiu em ir comigo, mas recusei.

Eu estava lá à trabalho e não queria que ele se envolvesse mais, então insisti em ir sozinha.

Observei a empresa por dois dias e vi que o que Klein tinha dito era verdade. A empresa tinha acabado de ser fundada e não havia muitos funcionários. Como a divisão do trabalho não era clara, tomei a iniciativa de assumir algumas responsabilidades.