POV da Bella:
Agachei-me, agarrei o braço do Lucas e perguntei, nervosa: "Você se machucou? O ferimento na cabeça é sério?"
Lucas sorriu e respondeu: "Mamãe, você se preocupa tanto comigo."
Eu não sabia como responder, afinal, ainda não tinha o resultado do exame.
"Foi só um raladinho, mas o papai se machucou muito. Ele quebrou o braço!"
Enquanto falava, Lucas se virou e ergueu a mãozinha para tocar o braço engessado do Herbert.
Lentamente, me levantei e olhei para o gesso sem emoção nos olhos.
Connor disse: "Sinto muito, Srta. Stepanek. Tivemos um acidente de carro no caminho para cá e o Sr. Wharton e o Lucas tiveram que ir ao hospital. Foi por isso que nos atrasamos."
Então, eu disse: "Como não é nada sério, vou levar Lucas para tirar sangue."
Segurei a mão dele e nos viramos. Lucas olhou para o Herbert repetidas vezes e gritou: "Papai, espere por mim!"
Herbert acenou com a mão.
Fui até a sala onde eles tiram sangue, me virei, agachei e disse, sorrindo: "Lucas, não precisa chorar quando forem tirar sangue!"
No entanto, ele era como um pequeno adulto, então levantou o braço e disse: "O papai disse que eu sou um homem. Não posso chorar quando tirarem o meu sangue e também tenho que proteger a mamãe!"
Franzi os lábios, sorri, toquei a cabeça dele e o elogiei: "Você é um menino tão bom!"
Eu tinha que admitir que o Herbert educou bem o Lucas. Ele era muito corajoso e gentil. Se ele fosse mesmo o meu filho, eu ficaria ainda mais impressionada.
Nos sentamos em frente à janela e, quando a enfermeira pegou a agulha longa, senti que o Lucas tremeu, como era de se esperar.
Cobri os olhos dele com a mão e estiquei o braço dele para a enfermeira.
Quando a agulha perfurou o braço delicado do Lucas, eu também virei meu rosto. Sempre fui forte, mas não suportei olhar para aquilo.
Logo, a enfermeira tirou o sangue. Depois, peguei o algodão com álcool da mão dela e pressionei no braço do Lucas.
Ouvi a voz infantil dele dizer: "Mamãe, por que você está chorando?"
Rapidamente enxuguei minhas lágrimas: "Eu não estou chorando."
"É claro que está chorando. Mamãe, você mentiu. Você não é uma boa menina." As mãozinhas gorduchas do Lucas envolveram o meu pescoço.
"O coração da mamãe doeu porque você foi picado por uma agulha." Eu disse rapidamente.
Lucas bateu palmas alegremente e disse: "Você falou que é a minha mamãe!"
Eu não sabia se ria ou se chorava. Eu tinha caído na armadilha de uma criança.
Então, foi a minha vez de tirar sangue.
Quando a enfermeira estava com a agulha na mão, Lucas cobriu os meus olhos com as mãos e disse com sua voz infantil: "Mamãe, fique bem. Não tenha medo. Já vai passar!"
Com o carinho dele, esqueci da dor e o abracei mais apertado.
Logo, a enfermeira terminou de tirar o sangue. Sentei-me na sala de espera com o Lucas e a mãozinha gordinha dele pressionou o buraco da agulha no meu braço com uma bola de algodão embebida em álcool.
"Tem que apertar a bola de algodão por um minuto, se não pode sair mais sangue!" Lucas disse, piscando seus grandes olhos redondos.
"Você é muito inteligente!" Eu disse, sorrindo.
Lucas deu um tapinha no peito e disse: "Fiquei no hospital desde que tinha um ano. Acabei de receber alta. Conheço muito bem essas coisas".
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