Marcella ficou surpresa.
Era a primeira vez que Felipe falou com ela em alto e bom som.
Um vislumbre de ressentimento passou pelo fundo dos olhos de Marcella: "Eu disse algo errado novamente."
No entanto, Felipe, não a repreendeu, apenas disse: "Eu não quero ouvir mais nada sobre Natalina e Armando."
...
Natalina estava sentada no carro de Armando, novamente tensa.
O ambiente dentro do carro estava silencioso.
"Tio Armando, por que você veio aqui de repente?" - Natalina hesitou por um momento, mas decidiu perguntar.
Afinal de contas, Armando nunca havia visitado a filial antes, sua presença repentina hoje certamente significava que algo estava acontecendo.
E, por causa dela, ele estava atrasado.
Armando dirigiu sem desviar o olhar e, com os lábios ligeiramente entreabertos, disse: "Reunião".
Natalina acenou com a cabeça: "Então, você vai voltar?"
Ela perguntou com cautela.
Armando não respondeu, apenas continuou dirigindo com um semblante frio.
O silêncio reinou dentro do carro.
Natalina apertou o cinto de segurança.
"Você se demitiu..."
Armando de repente quebrou o silêncio com uma pergunta.
Natalina acenou instintivamente com a cabeça: "Sim".
Ela não queria mais ter nenhum vínculo com Felipe, por isso pedir demissão era a melhor opção.
O semblante de Armando pareceu melhorar um pouco e ele assentiu: "De fato, essa empresa não é tão boa assim".
Natalina ficou intrigada.
A subsidiária não era do Grupo Ferreira?
"Venha comigo."
Armando falou novamente, sua voz carregada de um leve incentivo.
Natalina se surpreendeu: "O quê?"
O que significava ir para ele?
E mais, por que Armando confiou nela sem hesitar e a levou consigo quando estavam na empresa?
Será que...
O semblante de Natalina mudou.
No sinal vermelho à frente, Armando se virou para olhá-la: "Você precisa tratar a doença da sua avó e também me pagar. Você não pode ficar desempregada para sempre. Posso lhe oferecer um novo emprego."
A voz de Armando fez os olhos de Natalina se arregalarem.
Um novo emprego?
Armando estava lhe oferecendo um novo emprego?!
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