Lilian lembrou que seu avô não era alguém que admitia derrota. Ele acordava às cinco da manhã todos os dias para se exercitar. Embora não fosse tão jovem, ele ainda estava em boa forma. Na época em que Lilian era pequena ele não apenas poderia ficar em pé, como correria tão rápido quanto o vento.
No entanto, agora estava em uma cadeira de rodas. Ele não gostava de ficar muito sentado, estava sempre de pé ou andando. Mesmo que ele dissesse que não era nada, era evidente que sentia muita dor por usar uma cadeira de rodas.
"Tudo bem!". Alfredo ficou envergonhado quando Lilian olhou para seus joelhos, então ele puxou o cobertor sobre o colo. “Quanto tempo se passou desde que você deixou a família Lodge?”.
“Faz sete ou oito anos, eu acho”. Os olhos de Lilian escureceram quando o avô perguntou isso a ela.
“Para ser preciso, já se passaram sete anos e três meses”, respondeu Heitor prontamente.
Lilian ficou perplexa de como seu irmão sabia com tanta exatidão esse tempo.
“Parece que você conseguiu se acostumar com a vida lá fora. Isso é bom”.
Ela estava surpresa com as palavras de Alfredo. Imaginou que eles iriam discutir ou brigar, mas isso não aconteceu. Ele parecia mais um avô comum e gentil.
"Vovô…".
"Você tem um novo namorado?". A conversa mudou quando ele fez uma pergunta pessoal.
Ela ficou meio sem jeito por um momento e acenou com a cabeça, "Sim”.
“Ele te trata bem?”. Alfredo perguntou novamente.
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