Sombra do Amor: A Redenção de Eduardo e Adriana romance Capítulo 140

A fragrância intensa e o sabor doce e refrescante do vinho tinto de alta graduação deslizaram pela garganta, apaziguando a fúria e o medo que fervilhavam dentro de Adriana Barbosa, fazendo-a sentir-se imensamente mais confortável.

Ela havia corrido todo o percurso e agora, exausta, segurava a cintura enquanto tentava recuperar o fôlego. Olhando para Norberto Guimarães e Jairo Lino, ela disse: "Eu quero ir para casa, aqui é muito perigoso, principalmente a floresta atrás da montanha! E aquele desgraçado do Eduardo Rodrigues, só sabe me intimidar e fazer brincadeiras comigo. Não quero vê-lo nem por um segundo!"

"..."

Jairo Lino estava tão atônito que mal conseguia prestar atenção ao que ela dizia, apenas observava atentamente cada movimento dela.

Sra. Barbosa, a senhora acabou de beber uma taça inteira de vinho tinto forte, tem certeza de que está bem?

Norberto Guimarães a viu sair elegante e impecável, mas retornar com o vestido desarrumado e os cabelos soltos, como se tivesse sido brutalmente manuseada, o que o chocou profundamente. Palavras-chave ditas por ela - ‘Eduardo Rodrigues’, ‘a floresta atrás da montanha’, ‘brincadeiras comigo’, ‘eu não quero…’ - desencadearam uma avalanche de pensamentos em sua mente!

Não pode ser, pode?

Eduardo seria tão bestial assim?

Embora ele esperasse que Eduardo ficasse encantado ao ver a bela Adriana, nunca imaginou que ele chegaria ao ponto de, naquela floresta, forçá-la...

Isso é um absurdo!

"Adriana, você está bem?"

Ele perguntou preocupado, e Adriana Barbosa, com um olhar furioso no rosto, apontou para si mesma: "Eu pareço bem para você?"

Ela quase morreu de medo de uma cobra e de Eduardo Rodrigues!

"...Você não parece."

Obviamente, ela havia sido maltratada.

Ela nunca imaginou que Eduardo, depois de tantos anos de contenção, teria uma explosão tão terrível!

Norberto Guimarães sentiu um calafrio percorrer sua espinha, afinal, foi ele quem colocou Eduardo Rodrigues nesse caminho: "Adriana, você não vai me culpar, vai?"