Sombra do Amor: A Redenção de Eduardo e Adriana romance Capítulo 217

"Ah~"

"Ah ah......"

Depois de um momento, ele finalmente soltou uma risada distante e se levantou para ir ao banheiro.

Adriana Barbosa se assustou com o sorriso indescritivelmente sinistro dele.

Olhando para as costas dele, ela não pôde deixar de se lembrar da última vez em Fernando de Noronha, quando o convidou para a cerimônia de noivado. Naquela ocasião, ele parecia ter sofrido um golpe fatal e insuportável. Mas agora... seu corpo parecia estar repleto de uma alegria inacreditável.

"Eduardo Rodrigues, o que aconteceu com você?"

Ela o seguiu rapidamente, mas tudo o que viu foi uma porta fechada e o som de água corrente lá dentro.

A água fria do chuveiro encharcou o cabelo do homem, escorrendo por seu rosto esculpido até o peito exposto, encharcando completamente seu traje e estimulando cada nervo, cada célula de seu corpo.

Realmente, é verdade...

Tudo é verdade, não é uma alucinação.

Ele sempre pensou que Adriana amava Cássio Dantas mais do que tudo, e é por isso que, desde pequena, ela sempre esteve perto dele, compartilhando todas as tristezas e alegrias de sua vida, preparando surpresas e presentes só para ele, mesmo em momentos de perigo, ela não hesitava em se colocar diante dele...

Por isso, ele nunca ousou se aproximar, nunca esperou que ela pudesse olhar para ele.

Mas agora ela lhe diz que não gosta tanto assim de Cassio Dantas!

‘Bum——’

Um punho bateu fortemente na parede, provocando inúmeras gotas d'água.

O arrependimento extremo e a alegria se misturaram, tornando-o incapaz de controlar suas emoções. Se ao menos ele soubesse disso antes...

Adriana Barbosa, ao ouvir o barulho alto, ficou alarmada e encostou o ouvido na porta do banheiro: "Eduardo Rodrigues, você está bem? Você não caiu, não é?"

No espelho embaçado, as gotas de água foram lentamente enxugadas pelo homem, revelando um rosto sombrio que finalmente deixou de lado a máscara e a contenção.

De agora em diante, Adriana só poderia ser dele.

"Eduardo Rodrigues, se você não for embora agora, eu vou..."

Ansiosa, Adriana Barbosa estava prestes a abrir a porta quando Eduardo Rodrigues saiu.

Ele havia vestido um novo terno branco, com uma aparência fresca e elegante, sem apresentar nenhum sinal de anormalidade, apenas o cabelo um pouco úmido.

"Já tomou banho?

Por que ele de repente tomou banho enquanto estava comendo? E ainda em casa, vestido tão formalmente.

Era a primeira vez que ela o via de terno branco, e inexplicavelmente era... tentador, como um príncipe nobre de um antigo castelo europeu, absurdamente bonito.

"Ah?"

Eduardo Rodrigues: "Eu gosto de chamar você de Adriana, você não gosta?"

"Eu... não me importo, só que antes você me pediu para escolher alguns apelidos, e você que quis chamar Adriana."

Adriana Barbosa estava um pouco confusa, franzindo a testa levemente, quando viu ele se aproximar alguns passos, sua figura alta e imponente a cobriu completamente com sua sombra, seus olhos se estreitando ligeiramente: "De agora em diante, só eu posso chamar você de Adriana, ninguém mais pode, tudo bem?"

"…Ah."

Adriana Barbosa observou os olhos dele, que pareciam ter algo prestes a saltar para fora, sentindo que ele havia mudado de alguma forma depois de sair do banheiro.

Ele havia se tornado... mais assertivo?

"Sente-se, vou secar seu cabelo para você".

"Está bem."

Eduardo Rodrigues sentou-se em frente ao espelho, e Adriana Barbosa pegou uma toalha seca e o secador de cabelo, primeiro secando o cabelo dele com a toalha e depois ligando o secador de cabelo no ar quente.

O ar quente soprou nos cabelos curtos, densos e escuros como o ébano do homem, e Adriana Barbosa passou as mãos por eles, sentindo a textura levemente áspera de seus cabelos. Ela se lembrou de algo que sua mãe havia lhe dito uma vez, que as pessoas com cabelos ásperos também são duras de coração, mas ela sempre achou que Eduardo Rodrigues tinha uma natureza muito suave e gentil, especialmente a maneira como ele olhava para ela...

Especialmente agora, ele sentado calmamente em frente ao espelho, deixando-a arrumar seu cabelo bagunçado pelo vento, que ligeiramente cobria seus olhos e sobrancelhas claros e nobres, dando-lhe um ar inocente e adorável. Ah, como ela adoraria ter um filho tão bonito e bem-comportado assim no futuro!