Sombra do Amor: A Redenção de Eduardo e Adriana romance Capítulo 303

Ela poder gostar dele já era o maior presente que o destino poderia lhe oferecer. Ele mal tinha tempo de se sentir grato, como poderia sequer pensar em culpá-la?

"Não é da sua conta!"

Jairo Lino e Bruno Castro viraram a cabeça ao mesmo tempo, em um gesto coordenado, e pressionaram o botão para descer.

"Que maravilha, que maravilha, finalmente o presidente e a Srta. Barbosa ficaram juntos."

Ao chegar ao térreo, Jairo Lino ainda estava meio atordoado, tão feliz que quase bateu de cabeça em uma coluna, mas por sorte Bruno Castro o segurou.

"Assistente Lino, mesmo que o presidente e a Srta. Barbosa estarem juntos seja algo bom, você não precisa ficar tão feliz assim, não é?"

"Você não entende."

Jairo Lino acenou com a mão.

Desde que se tornara assistente do presidente e descobrira seu segredo, ele ansiava por esse momento todos os dias. Agora, ao vê-los finalmente juntos, ele estava mais feliz do que se tivesse recebido uma promoção e um aumento.

Especialmente porque a Sra. Barbosa havia mais uma vez trazido o presidente de volta das profundezas do inferno.

O céu estava pesado e uma chuva torrencial assolava a cidade, enquanto um raio iluminava o grande escritório através das janelas do chão ao teto, iluminando a silhueta de um casal que se abraçava fortemente.

Eduardo Rodrigues abraçava Adriana Barbosa, sentada na mesa do escritório, com uma mão em seus cabelos molhados, pressionando sua nuca, forçando-a a aceitar seu beijo ardente e tumultuado.

Seus beijos, ao contrário do que sempre acontecia, não eram violentos ou dominadores, mas tinham um toque de ternura, como se ele estivesse saboreando a presença dela, saboreando lentamente sua doçura e seu hálito, fazendo com que Adriana Barbosa fechasse involuntariamente os olhos, tentando retribuir.

A tentativa cuidadosa e desajeitada da jovem, como um anzol envenenado, incitava violentamente o desejo do homem, inflamando-o, rompendo sua máscara de delicadeza e revelando uma face dominante e feroz.

"Um pouco."

Ela notou que a camisa dele, encharcada pela chuva por tê-la abraçado com tanta força, grudava em sua pele, formando uma grande mancha úmida, e, um pouco envergonhada, tocou-a de leve: "Eduardo Rodrigues, acho que molhei você com a água do meu corpo".

Ao dizer isso, inocente e confusa, foi como jogar uma faísca de fogo no óleo, reacendendo o desejo no homem.

Eduardo Rodrigues, com os olhos estreitos e profundos, olhou para ela, insinuando: "Então eu deveria molhar você também?"

Hein?

Adriana Barbosa o olhava confusa, o que ele queria dizer? Ela já não estava molhada? Toda encharcada pela chuva.