Sombra do Amor: A Redenção de Eduardo e Adriana romance Capítulo 346

Assim que ela afastou a mão, Eduardo Rodrigues quis voltar a se aproximar e pressioná-la contra si, mas temia que, continuando assim, acabaria por não resistir e...

"Adriana, Adriana, meu amor~"

De repente, a voz dele se tornou grave e sedutora, enquanto o nariz afilado roçava constantemente o rosto delicado dela, como um cachorrinho tentando agradar o dono e implorando por uma recompensa, deixando Adriana Barbosa completamente indefesa.

"Estou aqui."

"Eu quero um beijo..."

"..." - Adriana Barbosa: "Da última vez..."

Ela mal tinha começado a falar quando suas palavras foram completamente engolidas pelo homem.

"Adriana?"

"Adriana!"

Lá embaixo, Filipe Barbosa procurava por Adriana Barbosa, mas mesmo vasculhando todo o jardim de trás, não conseguiu encontrar nem sinal dela.

"Onde ela está?"

"Dona Bárbara não disse que ela estava admirando as flores..."

Ele murmurou para si mesmo, e de repente, como se lembrasse de algo, um lampejo passou pelos seus óculos de lentes planas.

Atrás do jardim há um lago. Adriana... ela não teria feito uma loucura...

Ele correu para o lago, acelerando os passos, mas quando chegou à margem, encontrou as águas calmas e sem qualquer sinal de perturbação, apenas um salgueiro na margem balançando freneticamente, cobrindo algo de forma suspeita e claramente anormal.

Curioso, ele se aproximou e pôde ver vagamente sob a árvore... um casal se abraçando e se beijando intensamente, com uma paixão ardente, completamente absorvidos um pelo outro, sem perceber sua aproximação.

No meio da noite, as gerações mais jovens de hoje realmente sabem como se divertir...

Ele estava prestes a se virar quando seus passos congelaram.

Espera aí!

Aquela cauda peluda e curta, não parecia com o pijama de coelhinho da Adriana?

O punho de Filipe Barbosa parou no ar, olhando para ela com incredulidade, enquanto Adriana Barbosa desviou o olhar, com os lábios trêmulos, sabendo que, de acordo com as rígidas regras da família, estar naquela situação na frente do irmão significava estar em sérios apuros!

Mas, mesmo estando em sérios problemas, era melhor do que ver Eduardo Rodrigues apanhar!

"Eduardo Rodrigues não me forçou, eu... eu consenti."

"O quê?!" - Filipe Barbosa gritou: "Como você pode ter consentido!"

Adriana Barbosa baixou a cabeça, como um animalzinho que fez algo errado e espera ser repreendido, suas mãos torcendo nervosamente o tecido do pijama.

No passado, sempre que ela fazia algo errado, bastava agir dessa forma e o irmão invariavelmente ficava do lado dela e a perdoava. Talvez fosse esse o caso dessa vez também?

"Mas a verdade é que eu consenti..."

"Absurdo!"

Dessa vez, não houve perdão, apenas uma explosão de raiva.