Sombra do Amor: A Redenção de Eduardo e Adriana romance Capítulo 413

"Eduardo, não se preocupe! Adriana está na fazenda, Cassio Dantas não vai encontrá-la..."

Norberto Guimarães falava até que, de repente, sua figura desapareceu da sala de reuniões.

"Desculpa, Senhorita Lino, vamos ter que assinar o contrato outro dia."

Ele saiu apressado, correndo atrás.

"Isso..."

Norah Lino ficou pasma com a cena, completamente atônita.

Desde que conheceu o Presidente Rodrigues, ele sempre foi reservado e distante, como se nada pudesse afetá-lo emocionalmente. No entanto, a frieza e a aura sombria que emergiram de seus olhos por um instante realmente a assustaram.

Na W3, um Rolls-Royce preto cortava o vento, zumbindo ao passar, enquanto pedestres e árvores se tornavam meras ilusões. O acelerador estava no máximo, e as mãos do homem, segurando o volante, tremiam a cada tom de ocupado do celular.

'Tum... Tum, tum, tum... Desculpe, o número discado está temporariamente fora de serviço.'

'Tum... Tum, tum, tum... Desculpe, o número discado está ocupado.'

Adriana, Adriana, atenda o telefone, por favor...

Ela vai ficar bem, tem que ficar!

"...Por que se irritar por tão pouco? Depois, pensando bem, pra quê? Se outros se irritam, eu não me irrito, irritação só traz doença, e se eu me irritar, quem vai ficar feliz?"

"Os outros não sabem, mas Bernardo certamente ficaria muito feliz!"

Adriana Barbosa estava deitada no tapete, repetindo para si mesma "Não se irrite", quando de repente ouviu alguém a chamar distante.

"Adriana, Adriana, Adriana!"

Eduardo Rodrigues?

Ele finalmente voltou!

Com um estrondo, a porta foi escancarada.

Por que ele não reagiu?

Adriana Barbosa soltou-se dele, confusa, apenas para ver... o homem estava pálido como papel, seu olhar sombrio e profundo, assustadoramente sério.

"Eduardo Rodrigues, o que houve?"

Não pode ser... ela realmente o assustou?

Eduardo Rodrigues demorou para reconcentrar o olhar, lentamente voltando a si, pouco a pouco sentindo o ritmo do coração dela e a temperatura de suas mãos.

"Você... não se assustou comigo, né?"

Adriana Barbosa gaguejou, seguindo o olhar dele até a casca de uma melancia, "Isso é suco de melancia vermelha que eu e Bernardo colhemos no quintal, o que acha, parece real?"

Antes que terminasse, o homem afastou seu braço bruscamente e caminhou em direção ao escritório.