Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite! romance Capítulo 10

Finalmente, o carro chegou ao velório.

No centro, estava exposta a foto da avó de Rafaela.

O velório estava cheio de pessoas, inclusive as duas mulheres que agrediram Natacha de manhã.

Elas choravam alto, desesperadas.

A aparência desleixada e o comportamento selvagem dessas pessoas eram completamente opostos a Rafaela.

Ao lado do incensário, Rafaela, vestida de branco, se ajoelhava queimando papel.

Ela derramava lágrimas silenciosas, comovente de se ver.

Natacha observava tudo com indiferença, mesmo com a avó de Rafaela falecida, ela não sentia nem um pouco de simpatia.

Joaquim fez um gesto para ela seguir ele.

Ele entrou na capela primeiro e foi até Rafaela, ajudando ela a se levantar.

- Rafinha, eu trouxe a Natacha. – Disse Joaquim com um tom extremamente gentil e carinhoso. – Espero que você possa aceitar as desculpas dela.

Rafaela lançou um olhar furtivo para Natacha antes de erguer seus olhos marejados de lágrimas e se engasgar:

- Joaquim, eu nunca quis competir por nada, mas por que sua esposa teve que ser tão implacável? Ela me odeia, tudo bem, mas por que matar minha avó?

Natacha riu com frieza, longe de parecer arrependida. Ela olhou com desprezo para Rafaela e disse:

- Onde estão as provas? Eu matei sua avó? Você não quer competir? Por que veio até o meu laboratório me contar sobre o romance entre você e meu marido? Por que me pressionou para me divorciar?

Joaquim ficou surpreso por um momento. Ele deveria ter percebido que Natacha não iria se desculpar tão facilmente.

Agora, não só ela não se desculpava, como também estava piorando a situação!

Ele deu um olhar de advertência para Natacha e disse entre os dentes:

- Cale a boca!

Naquele momento, Natacha tirou o celular e ativou a gravação de vídeo, o apontando para Joaquim e Rafaela.

- Quer processar? Quer me processar? Está bem, se você não conseguir me processar hoje, eu processarei você por difamação! – Disse Natacha, em tom frio. – E as feridas no meu rosto, viu? Foi obra dos seus parentes. Isso se chama agressão em grupo. Vocês não vão escapar!

Rafaela, fingindo ser a vítima, se encostou no peito de Joaquim, chorando com tristeza.

- Natacha, você está louca? Estamos em um velório! – Repreendeu Joaquim.

Natacha já estava preparada para jogar tudo para o alto. Ela lançou um olhar desafiador para ele, sem medo, dizendo:

- E você, sim, abrace ela bem forte. Quando for a hora do divórcio e da divisão de bens, tudo isso será útil. Vou perguntar ao meu advogado qual é a punição para o parceiro infiel!

Rafaela piscou discretamente com um olhar sinistro para um parente.

Esse parente era um jovem com aparência de delinquente.

Ele avançou de repente e arrancou o celular de Natacha, o jogando com força no chão.

Em seguida, ele empurrou ela para o chão, forçando ela a se ajoelhar diante da foto da avó.

- Você, essa mulher venenosa e sem coração, com uma moral médica tão baixa, peça desculpas de verdade! Se ajoelhe e peça desculpas para minha avó!

Natacha não esperava que essas pessoas humilhassem ela em público.

Claro que ela não ia se submeter.

Mas sua força não era páreo para a do jovem vigoroso.

Vendo que ela não colaborava, o homem de repente levantou o punho.

Natacha apertou com firmeza os olhos, esperando pelo impacto do soco.

Ela sabia que não tinha como escapar.

Mas o soco nunca veio.

Com cautela, Natacha abriu os olhos e viu Joaquim parado na sua frente, interceptando o punho do homem.

Seus olhos claros estavam cheios de surpresa.

Provavelmente ela não esperava que Joaquim interviesse em seu favor, não é mesmo?

Até Rafaela ficou surpresa.

Apenas momentos atrás, Joaquim confortava ela com gentileza, abraçando ela.