Rosana quase pensou estar sonhando.
— Manuel... — Murmurou ela, chamando o nome dele com voz fraca.
Foi somente quando se viu envolta naquele abraço quente e familiar que Rosana percebeu que, de fato, Manuel estava ali para salvá-la.
Manuel a segurou em seus braços, com os lábios firmemente pressionados em uma linha fina, e um olhar congelante, como o inverno. Com passos rápidos, ele levou Rosana para o quarto que havia reservado.
Ao colocá-la na cama, Manuel se preparava para voltar e lidar com Cristóvão e Luciano. No entanto, foi interrompido ao sentir a mão dela segurar a sua.
— Não vá, Manuel... Não me deixe... — Murmurou Rosana, quase inconsciente, chamando-o com súplica.
Seus cabelos negros se espalhavam pela cama branca como algas flutuantes, e seu rosto, normalmente pálido, agora se tingia de um rubor intenso. A pureza e a sedução se misturavam em uma harmonia arrebatadora.
Foi então que Manuel notou o efeito da droga erótica em Rosana.
Ele pegou o celular e ligou para Cláudio, ordenando com uma voz fria:
— Resolva o que aconteceu aqui. Quanto a Cristóvão, em uma semana quero que a reputação dele esteja arruinada. Tanto na Cidade M quanto na Cidade D, ele não terá mais onde se esconder. Está claro?
Após delegar a situação a Cláudio, Manuel deixou o celular de lado.
— Manuel... — Implorou Rosana, segurando a camisa dele e se pressionando contra o peito dele. — Por favor, me ajude... Eu... Eu não aguento mais, isso é insuportável.
Naquele instante, Rosana parecia uma pequena criatura ferida, e seu olhar suplicante extinguiu o autocontrole de Manuel.
A respiração dele começou a ficar pesada, e os beijos ardentes sufocaram os pedidos desesperados de Rosana.
No fundo, Rosana já o considerava sua única salvação, se entregando inteiramente a Manuel.
...
Se lembrando da noite anterior, quando, em seu desespero, Manuel apareceu para tirá-la daquele pesadelo, uma onda de gratidão a dominou, levando ela às lágrimas.
Ela olhou para ele em silêncio, enquanto as lágrimas desciam de seus olhos, sem controle.
Manuel suspirou, se aproximando lentamente e a envolvendo em seus braços. Ele acariciou seus cabelos com carinho, transmitindo uma sensação de segurança inabalável.
— Acabou. Eu estou aqui com você. — Murmurou ele, com uma voz grave e reconfortante, que só Manuel possuía.
Após um longo tempo, Rosana ergueu o rosto molhado de lágrimas e olhou para ele, questionando:
— Como você soube que eu estava em perigo ontem? Como chegou tão rápido para me salvar?
Por um breve instante, um brilho estranho passou pelos olhos de Manuel. Ele não podia admitir que mandara alguém seguir Rosana, tampouco revelar que já conhecia o verdadeiro caráter de Cristóvão há muito tempo.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...