A voz de Natacha estava baixa quando ela disse:
— Não deve acontecer. Agora, Joyce e aqueles homens estão trancados no porão do Clube Nuvem. Enquanto meu irmão estiver aqui, ele não vai deixar o Manuel cometer nenhum crime.
...
Do outro lado.
Manuel estava sentado ao lado da cama de Rosana, olhando em silêncio para o rosto pálido como a neve da mulher.
Rosana estava com os olhos fechados, e mesmo dormindo, suas sobrancelhas permaneciam franzidas, tensas.
Manuel, com dor no coração, estendeu a mão. Ele delicadamente afastou os fios de cabelo do rosto de Rosana e, em um tom suave, disse:
— Rosa, me desculpe...
Manuel sabia que Rosana não o ouviria.
Mas somente quando ela estava adormecida, ele se sentia com coragem suficiente para pedir desculpas.
Quando Rosana estava acordada, com aquele olhar carregado de sofrimento e amargura, Manuel não conseguia pronunciar uma única palavra. Só restava nele uma sensação esmagadora de arrependimento.
Se soubesse que chegariam a esse ponto, talvez, como Natacha sugeriu, ele realmente teria deixado Rosana ir.
Mas agora, tudo já estava feito, e não adiantava mais falar nada.
O olhar de Manuel permanecia fixo no rosto frágil e pálido de Rosana, sem se desviar. Se passou um tempo antes que Rosana acordasse de um pesadelo, um grito saindo de sua boca, o que fez o coração de Manuel apertar de dor.
— Rosa, não tenha medo, estou aqui. — Manuel segurou a mão de Rosana, tentando acalmá-la.
Ela abriu os olhos um pouco, e ao ver que era Manuel, perguntou, com a voz fraca:
— E a Natacha?
Manuel hesitou por um momento, suspirando antes de responder:
— Rosa, a Natacha também tem sua família. Ela não pode ficar aqui com você 24 horas. Mas eu estarei sempre aqui. Não vou embora. — Manuel esperava, no fundo, que ao acordar, Rosana o procurasse, que visse que ele estava ali, e não o ignorasse, fingindo que não o via, tentando manter distância dele. Ele falou, em um tom suave. — Rosa, me deixe ficar com você, por favor. Eu vou cuidar de você, prometo.
Rosana não respondeu. Seus olhos estavam vazios, como se olhasse para o nada.
— Pode entrar. — Manuel pensou que era a Glória trazendo a canja ou talvez uma enfermeira para dar a medicação intravenosa em Rosana.
Porém, ao abrir a porta, a surpresa foi grande: era a Sra. Maria.
— Mãe? — Manuel ficou chocado e perguntou. — O que você está fazendo aqui?
A Sra. Maria, com um jarro térmico na mão, respondeu:
— Eu soube que a Srta. Rosana teve um problema. Vim vê-la! Afinal, essa menina também é um membro da família Marques. — E, enquanto falava, entregava o jarro térmico para Manuel. — Fiz uma bebida nutritiva para ela, com a ajuda da empregada. Você devia insistir para ela tomar. E você também deveria beber um pouco, não se esforce tanto.
Os olhos de Rosana, que estavam tão vazios, finalmente demonstraram uma reação.
Ela lentamente voltou o olhar para a Sra. Maria. Não parecia acreditar que ela fosse tão bondosa.
Rosana sempre sentiu que, quando a Sra. Maria aparecia, algo ruim estava prestes a acontecer.
Manuel também achou o comportamento de sua mãe estranho.
Ele sabia muito bem o quanto a Sra. Maria odiava Rosana, mais do que ninguém. Estava preocupado que a presença dela pudesse afetar o emocional de Rosana ou, pior ainda, que dissesse algo que não deveria.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...