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Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite! romance Capítulo 1626

Ao retornar para casa, Ivone contou tudo a Antônio.

Antônio, ao ouvir, explodiu em gritos:

— Com certeza foi o Lorenzo quem contou para a Rosana! Como é que eu acabei criando um filho desses?

— Não, não foi o Lorenzo. — Ivone, ainda querendo defender o filho, falou, já sem muita esperança. — A Rosana disse que a informação veio de uma amiga dela, que descobriu isso, e o Lorenzo não tem nada a ver com isso. Por favor, não vá pensar mal dele.

Antônio, fora de si, gritou com ainda mais raiva:

— Então me diga, Ivone, onde foi que o Lorenzo estava desde que fugiu ontem à noite? Se ele não foi atrás da Rosana, por que é que ele não tem coragem de voltar para casa?

Ivone, sem respostas, apenas chorou e disse:

— Antônio, talvez eu devesse tentar... Eu me ofereço para doar um dos meus rins à Gisele. Afinal, eu realmente nunca cumpri com a minha responsabilidade como mãe da Rosana.

Mal Ivone terminou de falar, Antônio a empurrou com força, fazendo com que ela caísse no chão, derrubando um vaso que estava ao lado.

Antônio não se preocupou em ajudar a esposa no chão, e, com raiva, disparou:

— Eu vejo que você ainda tem sentimentos pelo seu ex-marido e pela filha dele! Se não fosse assim, você já teria pensado em convencer a Rosana a doar o rim! Agora, prefere doar o seu rim do que pedir para ela fazer isso. Eu realmente me enganei com você! Se eu soubesse disso, teria usado meu jeito, e talvez já tivéssemos resolvido tudo isso!

Após essas palavras, Antônio saiu furioso, deixando Ivone sozinha, sentada no chão da sala, chorando desesperada.

Nesse momento, Dalila desceu as escadas. Ela olhou para a mãe com desprezo e disse:

— Você mereceu isso! Não conseguiu nem cuidar da Rosana, não pode culpar o pai por agir assim com você!

Ivone olhou para a filha, surpresa, mas seus olhos estavam repletos de decepção.

— Dalila, como você pode falar assim comigo? Eu fiz tanto por vocês, tudo que fiz foi por vocês, por este lar!

— Cala a boca! — Dalila respondeu friamente. — Vocês vão deixar a herança para o Lorenzo, a Gisele ficou doente e desde pequena vocês só se preocuparam com ela. E o que eu recebi em troca? Não venha dizer que fez tudo por mim, você fez tudo por Lorenzo e Gisele!

Depois dessas palavras, Dalila pegou sua bolsa e saiu, como se o problema de Gisele não tivesse nada a ver com ela.

Dentro do veículo, Antônio a observava, com um sorriso cruel nos lábios, ao ver a mulher inconsciente.

— Se eu soubesse que seria tão fácil, nunca teria me preocupado tanto. Vamos, nos levem ao hospital! — Disse ele com um tom de desprezo.

Antônio, no entanto, não se dirigiu ao hospital público, afinal, lá havia muita gente. Se Rosana se recusasse, os médicos provavelmente não teriam coragem de realizar a remoção do rim sem seu consentimento.

Portanto, Antônio gastou uma pequena fortuna para garantir que a cirurgia fosse feita em um hospital privado.

Quando chegaram ao hospital, porém, o anestesista informou Antônio que, para uma cirurgia sob anestesia geral, era necessário que a paciente estivesse em jejum por 8 a 12 horas, para evitar o risco de asfixia devido à aspiração de alimentos ou líquidos.

Antônio, irritado, exclamou:

— Não há outra forma? Por que precisamos esperar tanto tempo? Qual é a chance real de isso acontecer? Se for algo pequeno, podemos fazer a cirurgia agora mesmo!

— Sr. Antônio, por favor, se acalme. — O médico explicou com firmeza. — A chance não é grande, mas já vimos vários casos em que isso aconteceu. Se ocorrer, a morte da paciente seria praticamente certa. E se eu realizar a cirurgia sem garantir que a paciente esteja adequadamente preparada para a anestesia, posso não só perder minha licença médica, como também ser preso.

Diante da postura irredutível do médico, Antônio, irritado, teve que ceder.

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