Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite! romance Capítulo 1655

Os olhos de Manuel se tornaram um pouco mais profundos, e ele falou com seriedade:

— Silvestre não vai conseguir escapar, mas quanto ao Dedé, a polícia apenas o levou para uma investigação de rotina. Se em 48 horas não houver provas de que ele tenha participado do colapso da Ponte da Cidade M, a polícia terá que soltá-lo. E você precisa saber que, quando Silvestre estava responsável pela construção da Ponte da Cidade M, Dedé ainda era uma criança. Se eu não estiver enganado, dessa vez, Silvestre provavelmente vai assumir toda a culpa para proteger o Dedé.

Rosana ficou surpresa e, aflita, perguntou:

— Então você está dizendo que ainda há uma possibilidade de Dedé reviver a família Godoy?

Ela sabia que, se Dedé saísse da prisão, poderia acabar cometendo algo ainda mais horrível.

Manuel a acariciou levemente nas costas, tentando confortá-la:

— Não tenha medo. Mesmo que Dedé seja libertado, isso não muda o fato de que ele é culpado. Assim que encontrarmos a mãe de Durval, conseguiremos condenar Dedé. E, por enquanto, vou enviar seguranças para proteger você e seu pai. Não precisa se preocupar com nada, entendeu?

Rosana ainda estava um pouco assustada, mas, com Manuel ao seu lado, sentia que tudo ficaria bem.

Nesse momento, Natacha ligou, apressando eles a irem para o Clube Nuvem, pois Duarte já tinha preparado o champanhe.

Rosana sorriu para Manuel e disse:

— Tão tarde assim, ainda vamos beber champanhe?

— Não é para celebrarmos? Afinal, a família Camargo, com seus três filhos, Joaquim e Natacha, estão todos saindo tão tarde, não podemos ser mal-educados. — Manuel puxou Rosana, pegou as chaves do carro e disse. — Vamos lá!

Eles abriram a porta animados.

No entanto, no segundo seguinte, tanto Manuel quanto Rosana ficaram paralisados.

Porque Tamires estava parada na porta, seus olhos negros pareciam sem foco, olhando fixamente para eles.

Claramente, as palavras que haviam acabado de dizer, Tamires já havia ouvido.

Hoje poderia ser considerado o dia em que a família de Tamires sofreu uma calamidade.

Mas, ao invés de oferecer algum tipo de apoio, eles estavam indo celebrar com champanhe.

As lágrimas de Tamires desceram silenciosamente por seu rosto, enquanto ela permanecia ali, imóvel, sem dizer uma palavra.

Rosana e Manuel se entreolharam. Embora soubessem que não estavam errados, o olhar de Tamires ainda os fazia sentir um peso no peito.

Rosana suspirou profundamente e, olhando para Manuel, disse:

— Assim, você conversa com ela primeiro. Eu vou esperar no carro.

Manuel designou seguranças para acompanhá-la, garantindo que fosse levada até o estacionamento com segurança.