Lorena não conseguiu evitar um sorriso doce. Pelo jeito, Duarte também não devia ter um histórico amoroso muito extenso.
Caso contrário, ele já saberia que tirar fotos de uma garota era algo básico.
Depois, os dois escolheram um filme de romance, compraram alguns petiscos e entraram no cinema juntos.
Esses filmes românticos costumavam ser bem monótonos, sempre com histórias parecidas.
Lorena assistia com total fascinação, enquanto Duarte, por outro lado, sentia um tédio imenso. Ele simplesmente não conseguia se interessar.
E, sinceramente, ele não entendia como Lorena conseguia chorar tanto!
No filme, o protagonista hesitava demais para agir, e a protagonista, apesar de gostar dele, insistia em não admitir seus sentimentos.
Duarte ficou impaciente só de assistir. No final das contas, Lorena mergulhou completamente na história, chorando copiosamente, enquanto ele... Só conseguia olhar para ela.
Para Duarte, sua Lorena era muito mais interessante do que qualquer filme.
De tempos em tempos, ele lhe passava um lenço para enxugar as lágrimas.
Se não fosse por ela ao seu lado, Duarte tinha certeza de que já teria adormecido naquele cinema.
Quando o filme terminou, Lorena ainda estava presa na emoção da história, sem conseguir voltar à realidade.
Dois amantes que se amavam, mas que, por causa do orgulho e da suposta dignidade, acabaram não ficando juntos.
— Lorena, para de chorar... Daqui a pouco você vai se desidratar.
Duarte tentou consolá-la, sem entender muito bem o motivo de tantas lágrimas. Para ele, esses filmes eram feitos para enganar garotas emotivas.
Lorena secou os olhos com o lenço e olhou para ele.
— Você não sentiu nada? Esse filme foi tão emocionante!
Duarte pigarreou e concordou, acompanhando o sentimento dela:
— Sim, foi bem emocionante... Mas, sabe como é, eu sou homem. Se eu começasse a chorar junto com você, ia pegar meio mal, né?
Ao saírem do cinema, Lorena ainda parecia imersa na história.
No caminho, ela perguntou, com a voz suave:
— Nada... Esquece. — Ele a puxou para mais perto, envolvendo ela em seus braços. — Só tenho medo de te perder.
Lorena se lembrou das cenas do filme e sentiu ainda mais forte a felicidade daquele momento.
Ela não precisava enfrentar despedidas nem sentir dor.
Com a voz cheia de ternura, respondeu:
— Você nunca vai me perder. Nós prometemos, lembra? Não importa o que aconteça, enfrentaremos tudo juntos. Ninguém vai soltar a mão do outro.
— Sim... Vamos enfrentar tudo juntos.
Mas, no fundo, Duarte pensou: "Eu preciso encontrar um momento para contar sobre Domingos."
Ele não queria que Lorena o visse como um mentiroso.
O que aconteceu com o irmão dela... Essa verdade ele jamais teria coragem de revelar. Mas Domingos era uma pessoa real, alguém cuja existência não poderia esconder para sempre.
Quando voltaram para casa, naturalmente, se entregaram ao desejo mais uma vez.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...