Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite! romance Capítulo 1806

Natacha suspirou, exausta:

— Eu também não sei, realmente não ouso especular. Agora, só podemos esperar.

— Por que isso aconteceu? — Lorena, de repente, começou a chorar, soluçando enquanto falava. — Naquele dia, nós íamos pegar nossa certidão de casamento! Mas, na noite anterior, eu fiquei brava com ele e passei a noite inteira assim. Seu irmão me disse para não ficar chateada, falou que eu parecia estar indo para um funeral! Mas eu não escutei... Ainda provoquei ele, dizendo que casar comigo não era diferente de ir a um enterro. A culpa é toda minha...

Natacha tentou consolá-la:

— Lorena, não fale assim. Afinal, ninguém poderia imaginar que algo assim aconteceria.

Lorena enxugou as lágrimas, mas ainda se culpava e se arrependia:

— Naquela manhã, eu ainda me senti aliviada quando Duarte precisou sair às pressas e não teve tempo de pegar a certidão de casamento comigo. Se eu soubesse que isso aconteceria, nunca teria deixado ele ir. Duarte já tinha até preparado o anel de noivado, mas não me entregou... Dá para imaginar o quanto as minhas palavras devem ter magoado ele naquele dia.

— Lorena... — Natacha pousou delicadamente a mão no ombro dela e perguntou. — Você ainda odeia meu irmão? Acha que, se Duarte acordar, ainda há uma chance para vocês?

Lorena ficou em silêncio por um longo tempo, parecendo hesitante com as palavras de Natacha. Só depois de refletir bastante, ela respondeu:

— Se casar com Duarte pudesse trazer ele de volta, eu aceitaria sem hesitar. Apesar de ele ter mentido para mim, de ter me magoado... Duarte sempre foi bom comigo, e isso eu nunca esqueci.

Os olhos de Natacha também se encheram de lágrimas. Ela pensou: “Se ao menos meu irmão pudesse ouvir o que Lorena acabou de dizer...”

Olhando para a cama de hospital, onde seu irmão permanecia inconsciente, Natacha soltou um suspiro desamparado.

Foi então que algo lhe veio à mente.

— Ah, Lorena, tem uma coisa que eu gostaria de te pedir. — Ela hesitou por um instante antes de continuar. — Com meu irmão nesse estado, acho que vou precisar ficar no hospital o tempo todo, não consigo voltar para casa. Lá, além de Domingos, há mais três crianças, totalizando quatro. Tenho medo de que Joaquim não consiga dar conta sozinho. Você poderia cuidar de Domingos por alguns dias?

— Eu? — Lorena arregalou os olhos, surpresa.

Natacha se apressou em dizer:

— Se você não quiser, não tem problema, eu penso em outra solução. Sei que a situação de Domingos é delicada.

— Não, você me entendeu mal. — Lorena explicou. — Não é que eu não queira. Eu só nunca cuidei de uma criança antes... Tenho medo de não conseguir cuidar bem do Domingos. Mas, se você confiar em mim, posso tentar. Você já falou com ele? Ele aceitou?

Natacha sorriu, aliviada:

— No dia em que voltamos do hospital, Domingos comentou que você não era como ele imaginava. Parece que ele gostou de você.

Ao ouvir isso, Lorena tomou sua decisão:

— Tudo bem, eu tento cuidar do Domingos. Se eu tiver dificuldades, te aviso.

Ela pensou consigo mesma: “Se eu puder ajudar cuidando do Domingos, de certa forma, também estarei ajudando Duarte... Afinal, ele já me ajudou a cuidar da Sra. Lopes no passado.”

Assim, Natacha pediu a Joaquim que levasse Domingos até ela.

Afinal, algo tão grave tinha acontecido com Duarte, e não demoraria para Domingos descobrir.

Ele sempre foi uma criança muito madura para a idade. Quando Joaquim se machucou, Domingos foi o primeiro a perceber o que estava acontecendo e insistiu para ir vê-lo.

Dessa vez, Joaquim já havia conversado com Domingos e preparado ele para a situação antes de levá-lo ao hospital.

Diante da cama, vendo o pai inconsciente, Domingos não demonstrou a dor profunda que eles esperavam.

No fundo, era compreensível. O laço entre Duarte e Domingos sempre foi frágil.

Quando o céu escureceu, Natacha olhou para Lorena e disse:

— Vou levar vocês para casa.

Lorena segurou a pequena mão de Domingos e perguntou com suavidade:

— Domingos, tudo bem para você ficar comigo por um tempo?

O menino assentiu obedientemente.

— Papai já me contou no caminho.

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