Lorena jamais imaginou que os problemas de Duarte seriam resolvidos tão rápido.
E não apenas isso assim que ele voltasse dessa viagem de negócios, eles se casariam.
Num instante, Lorena se sentiu como um balão esvaziado.
Duarte ergueu o queixo dela e perguntou, fitando ela profundamente:
— O quê? Você não está feliz?
— Não é isso. — Com medo de despertar suspeitas ou irritá-lo, Lorena forçou um sorriso e respondeu. — Só não esperava que o problema fosse resolvido tão depressa.
Duarte a envolveu em seus braços e suspirou, satisfeito:
— É que eu quero te dar uma vida tranquila... Não quero que se case comigo carregando preocupações.
O coração de Lorena tremeu um pouco.
Sim, às vezes, ainda se emocionava com certas atitudes e palavras de Duarte.
Mas ela já não sabia mais distinguir o que, vindo dele, era verdadeiro e o que era apenas ilusão.
Sempre que pensava no fato de que Duarte entregou um antídoto tão precioso para Naiara usá-lo em experimentos, enquanto a deixava sofrer com a dor da amnésia, uma pontada fina e aguda perfurava o coração de Lorena.
...
Na manhã seguinte, Duarte arrumou suas malas e partiu para a Cidade Y.
Antes de sair, ele instruiu:
— Rena, deixei uma grande equipe na Cidade M, e também deixei Enrico aqui. Eles vão te proteger. Se acontecer qualquer coisa, perigo ou qualquer outro problema, você pode procurar Enrico.
Lorena olhou para Duarte. Nos olhos negros dele, havia apenas preocupação e relutância em partir.
Naquele instante, ela amoleceu e perguntou:
— Essa viagem para a Cidade Y será perigosa? Enrico é seu braço direito... Se ele não for, você vai conseguir lidar com tudo sozinho?
Apenas essa pequena demonstração de preocupação fez Duarte se sentir imensamente feliz.
Ele a puxou para um abraço apertado e respondeu:
— Enrico é o homem em quem mais confio. Deixá-lo aqui me dá mais tranquilidade. Caso você corra perigo, eu talvez não consiga chegar a tempo para te salvar.
Às vezes, realmente não sabia lidar com esse jeito impulsivo de Duarte ele fazia o que queria, sem dar a menor chance para que ela reagisse.
O beijo dele era intenso e urgente. Lorena sentiu que lhe faltava o ar, como se fosse sufocar. Só então, Duarte se afastou por um breve momento... Apenas para tomá-la nos braços novamente e voltar a selar seus lábios com ainda mais força.
Ela sempre soube que Duarte era um homem dominado pelo desejo.
Mas isso não significava que estava acostumada a isso.
Quando o beijo finalmente terminou, as mãos de Lorena haviam amassado a camisa dele, e seus lábios estavam úmidos, como se tivessem sido pintados com brilho.
Os olhos de Duarte escureceram, carregados de desejo. Por um instante, pensou em levá-la ali mesmo, sem se importar com nada.
Mas o tempo era curto, e ele não teve escolha senão se conter.
Afinal, o que Lorena dissera ainda ecoava em sua mente.
Ela realmente se preocupava com ele.
E, mais do que isso, estava disposta a se casar com ele mesmo que os obstáculos ainda não tivessem sido eliminados.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...