Enrico percebeu que Duarte agora havia voltado toda a sua atenção para Zeca, dissipando suas suspeitas em relação a Naiara, e só então pôde finalmente relaxar.
...
Cidade Y.
Assim que Duarte chegou à Mansão da família Moreira, viu Naiara correndo em sua direção com um sorriso no rosto.
— Eu não te mandei voltar para a escola? — Duarte fechou o rosto na mesma hora e a repreendeu. — O que está acontecendo com você? Toda hora volta para cá!
Naiara deu de ombros e respondeu:
— Eu sei que você só me mandou embora porque tem medo que a Lorena fique com raiva. Mas eu simplesmente não quero voltar para a escola. Você está aqui sozinho, e eu fico preocupada. Então, decidi voltar para te esperar.
A expressão de Duarte se fechou ainda mais, e suas sobrancelhas se franziram profundamente.
— Isso não tem nada a ver com a Lorena. Eu mandei você voltar porque não quero que atrapalhe seus estudos. Além disso, aqui é perigoso. Eu posso me virar sozinho, mas você insiste em voltar. Em vez de me ajudar, só me traz mais problemas!
Naiara fez um bico e o acusou:
— Duarte, agora eu sou um problema para você? Antes da Lorena aparecer, nós éramos tão próximos! Por que agora, só porque ela chegou, eu nem posso mais voltar para a Mansão da família Moreira?
Duarte suspirou, balançando a cabeça.
— Esquece, não vou discutir com você. Passei horas no avião, estou exausto. Vou descansar um pouco.
Naiara ficou olhando para as costas de Duarte enquanto ele se afastava, apertando os punhos com força.
"Com certeza, enquanto Duarte voltava, a Lorena deve ter falado com ele de novo, pedindo para se afastar de mim. Caso contrário, ele jamais me trataria com tanta frieza. Antes, bastava eu ficar irritada, e ele logo vinha me acalmar com toda a paciência do mundo..."
...
Assim que entrou no quarto, Duarte pegou o telefone e ligou para a escola de Naiara.
Ele queria entender que tipo de colégio era aquele, que permitia que uma aluna voltasse para casa com tanta frequência. Como ficavam os estudos? Ela ainda pretendia se formar?
— Duarte, você está aí dentro? Sou eu, Naiara. — A voz dela soou delicada, com um tom de manha. — Não fica bravo comigo, tá bom? Eu vim pedir desculpas… Que tal isso? Daqui a alguns dias, eu volto para a escola, pode ser?
Se ela não tivesse mencionado a escola, talvez Duarte até conseguisse se acalmar um pouco. Mas assim que ouviu essa palavra, se sentiu tratado como um completo idiota.
Se não tivesse ligado para o colégio hoje, ainda estaria sendo enganado por ela.
Seu olhar ficou assustador.
— Entre.
Naiara abriu um sorriso e entrou no quarto com um ar travesso.
— Duarte, olha só! Eu mesma fiz essa bandeja de frutas com muito carinho! Dá um sorriso, vai! Se ficar sempre com essa cara fechada, você não fica nada bonito.
Duarte a observou friamente e disse, com voz gelada:
— Coloque a bandeja ali. Agora, se ajoelhe.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...