Teodoro hesitou por um momento e, brincando, disse:
— Por que você está tão nervoso? Se eu não soubesse, até acharia que você gosta da Lorena!
A voz de Ademir se fez mais grave:
— Não estou brincando com você!
— Tá bom, eu te falo. — Teodoro voltou a ficar sério, falando com firmeza. — Esse Duarte realmente tem algo errado. A Lorena provavelmente está mesmo sendo mantida prisioneira por ele!
Ademir perguntou, ansioso:
— Você fez o que eu te disse? Deu o celular para a Lorena? E sobre a loja de instrumentos, você falou com ela?
— Fica tranquilo, já falei tudo com ela! — Teodoro respondeu. — Hoje avisei o Duarte, amanhã ele não deve mais manter a Lorena presa. Mas, nesses últimos dias, eu fiz uma pesquisa sobre esse Duarte. Ele tem um histórico com a nossa delegacia. E o Clube Nuvem dele também já causou problemas.
...
Enquanto isso, na mansão.
Depois que Teodoro saiu, Lorena passou novamente por mais uma rodada de tortura por parte de Duarte.
Embora o homem não tenha batido ou xingado Lorena, ele usou os métodos cruéis que sempre utilizava para humilhá-la e forçá-la.
— Lorena, você quer tanto morrer assim? — Duarte se inclinou sobre ela, suas palavras geladas. — Você acha que um simples policial pode te salvar? Eu te digo, não tem chance!
Lorena forçou um sorriso amargo nos lábios e respondeu:
— Mas você, agora há pouco, ficou com medo, não foi? Duarte, quem comete crimes, por mais poderoso que seja, sempre tem medo da polícia.
O rosto de Duarte ficou ainda mais sombrio, e ele olhou para Lorena com um olhar penetrante.
— A minha paciência tem limites. Nunca tolerei como estou tolerando você. Lorena, eu gosto de você, mas você não deveria usar meu carinho para me machucar tanto assim!
A resistência de Lorena contra Duarte parecia agora ter se intensificado, uma camada a mais havia sido acrescentada, e o medo que sentia dele crescia, mais e mais, a cada pensamento que passava pela sua mente.
À noite, Duarte ainda a abraçava enquanto dormiam, sem se importar se Lorena queria ou não. Porém, o medo de Lorena aumentava ao pensar na possibilidade de Duarte ter tirado uma vida. Sentia um arrepio na espinha, um calafrio gelado.
O mundo de Lorena sempre foi simples. Ela acreditava que as pessoas à sua volta fossem como ela, também simples, fáceis de compreender.
...
No dia seguinte, finalmente Duarte permitiu que Lorena fosse à loja de instrumentos musicais. Afinal, Teodoro já começava a suspeitar dele, e, para se livrar da atenção da polícia, Duarte teve que ceder e deixar Lorena sair.
No entanto, mesmo assim, os seguranças de Duarte a seguiam. Eles estavam vestidos com roupas comuns, como se fossem apenas pedestres, fazendo com que fosse impossível provar que estavam de fato a vigiando.
Lorena, de repente, percebeu o quanto Duarte parecia ter experiência no jogo contra a polícia. Ele parecia saber exatamente como esconder os rastros, como provar sua inocência e, principalmente, como desaparecer dos olhos dos policiais.
Se não fosse por seu envolvimento constante com a polícia ou por suas ações ilícitas, como um simples cidadão poderia ter tanto domínio sobre a forma de enganar os agentes da lei?

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...