Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite! romance Capítulo 1955

A voz de Naiara finalmente soou pelo telefone.

— Lorena, o que foi que você disse antes? Quem engravidasse do filho de Duarte, seria quem sorriria por último! — A voz de Naiara estava cheia de orgulho, transbordando de provocação. — Que pena, eu já estou com cinco semanas de gravidez. Então, dessa vez, mesmo que Duarte vá embora, ele não vai levar você, só vai me levar a mim. Porque só eu sou a mãe do filho dele!

Ao ouvir o orgulho na voz de Naiara, elas finalmente entenderam o motivo da mudança de ideia de Duarte.

Lorena deixou um sorriso escapar pelo canto dos lábios. Ela pensou que Naiara fosse uma oponente fraca e que não precisaria mais se preocupar com ela.

No entanto, Lorena percebeu que havia acertado ao usar Naiara nesse jogo.

Ouvindo o som satisfeito e arrogante da mulher, Lorena respondeu, calma:

— Então, desejo que a Srta. Naiara consiga o que deseja. Só espero que não tenha um filho bastardo.

Lorena sabia que, ao provocar Naiara dessa forma, ela a faria continuar a engravidar de Duarte.

Se Naiara conseguisse se casar com Duarte, então, Lorena finalmente se livraria dele e teria um futuro livre.

Naiara, furiosa ao ouvir as palavras de Lorena, respondeu com raiva:

— Fique tranquila, eu vou me casar com Duarte. E, quando isso acontecer, vou te convidar para o nosso casamento!

Lorena fingiu não se importar e, com deboche, disse:

— Srta. Naiara, você tem certeza disso? Eu acho que Duarte vai esconder você para sempre, mantendo você como amante, longe dos olhos de todos. Você não é a que sempre criticou Domingos, dizendo que ele era filho bastardo? Você não tem medo de que seu filho acabe virando um bastardo também?

Naiara, achando que Lorena estava apenas falando por ciúmes de sua gravidez, riu de forma arrogante e respondeu:

— Lorena, você vai ver! Se eu não conseguir me casar com Duarte antes de dar à luz, eu mudo de sobrenome e coloco o seu!

Com confiança, Naiara terminou a ligação, enfurecida.

O sorriso de Lorena se alargou ainda mais.

Ela nunca imaginou que Naiara poderia ser tão útil para ela.

Agora, Lorena até queria encontrar uma oportunidade para agradecer a Naiara.

Gradualmente, ela percebeu que os olhos de Ademir estavam fixos nela.

Lorena percebeu o olhar surpreso e complexo nos olhos negros de Ademir, e imediatamente guardou o sorriso que estava em seu rosto.

"Será que Ademir vai pensar que sou uma mulher calculista e cruel?"

Teodoro, que observava os dois, falou com um tom de resignação:

— Chega, vocês duas, podem ir agora. Não acham que conversar sobre isso na casa dos outros é um pouco falta de educação?

Lorena ficou tão vermelha que parecia que a vergonha a consumia, e rapidamente desviou o olhar de Ademir, desejando poder desaparecer em uma fenda do chão.

Já Ademir manteve a calma, como sempre, pegando as chaves do carro e, olhando para Lorena, disse:

— Vamos, eu te dou uma carona.

Lorena seguiu Ademir até o carro.

Até que entraram no veículo, Ademir não disse uma palavra. Lorena podia sentir que ele não estava muito feliz.

Desde que Duarte disse "Eu te amo", Ademir parecia estar irritado.

— Dr. Ademir... — Lorena falou em um tom suave, quase como uma criança que tinha feito algo errado. — Não importa o que Duarte tenha dito, eu não vou mais me apaixonar por ele.

Agora, Ademir olhou para Lorena, levantando uma sobrancelha e perguntando:

— Rena, a partir de agora, vou cuidar de você.

Lorena assentiu com força, seus olhos ficaram inexplicavelmente úmidos, brilhando com lágrimas.

Era como se uma pessoa que tivesse caminhado por muito tempo no deserto finalmente encontrasse uma fonte de água.

Lorena falou, com a voz embargada:

— Dr. Ademir, obrigada.

Ademir corrigiu ela:

— Por favor, me chame pelo meu nome. Caso contrário, fica estranho, como se eu estivesse namorando um paciente.

Lorena ficou um pouco envergonhada, mas ainda assim obedeceu e tentou dizer o nome de Ademir:

— Ademir.

— A partir de agora, é assim que eu quero ser chamado. — Ademir sorriu satisfeito e ligou o carro.

Lorena se sentou em silêncio ao lado de Ademir, observando seu rosto de perfil com um olhar quase sonhador.

Neste momento, Lorena sentiu uma felicidade profunda.

Foi então que Ademir, pelo retrovisor, percebeu que um carro estava os seguindo.

Ademir fez questão de pegar um caminho mais longo, mas percebeu que o carro ainda estava atrás deles, a uma distância.

Foi aí que Ademir se certou e disse:

— Estamos sendo seguidos!