Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite! romance Capítulo 1965

As palavras de Ademir deixaram Natacha em silêncio.

Após um longo tempo, Natacha disse a Ademir:

— Se Rena realmente gosta de você, e você também gosta dela, então eu espero que vocês sejam felizes. Mas, Ademir, meu irmão também é uma vítima. Naquela época, ele ficou em coma por cinco anos, fugindo de inimigos. Se ele estivesse acordado, jamais teria permitido que Rafaela matasse o Dr. Gabriel.

Ademir não esperava que, até esse momento, Natacha ainda tentasse justificar Duarte.

Ele sempre pensou que Natacha fosse uma pessoa sensata. Trabalharam juntos por muitos anos, e Natacha sempre foi muito dedicada ao trabalho, com uma inteligência emocional bastante equilibrada. No entanto, quando se tratava de Duarte, Natacha, inexplicavelmente, cometia o mesmo erro repetidamente.

Ademir rebateu:

— E antes dele cair em coma? Se não fosse ele quem alimentou os desejos de Rafaela, se não fosse ele quem teve um filho com ela, você acha que Rafaela, uma mulher, teria tanta influência? Mesmo que Duarte não soubesse de nada, onde está o erro de Lorena? Ela deveria ter suportado os abusos e o cativeiro dele?

Natacha suspirou profundamente, incapaz de responder uma palavra sequer.

Sim, mesmo que o passado de Duarte tenha sido lamentável, Lorena não tinha obrigação de curá-lo, de cuidar de seus machucados. O amor sempre foi algo mútuo, de vontade recíproca. Nessa história, quem mais sofreu foi Lorena, arrastada para tudo isso, mas, felizmente, encontrou Ademir.

Natacha acenou com a cabeça e disse:

— Eu admito, você tem razão. Mas, será que você pode me prometer uma coisa? Não machuque meu irmão.

Ademir, impassível, respondeu:

— Quando os culpados são punidos, todos dizem que são inocentes. Mas eu acredito que os verdadeiros inocentes, aqueles que realmente sofreram as consequências, são os mais injustiçados.

Após essas palavras, Ademir se virou e foi embora, sem perder mais tempo em discussões com Natacha.

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