Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite! romance Capítulo 247

Natacha, nervosa, se aninhou no peito de Joaquim, suas pequenas mãos agarrando firmemente a camisa dele.

- Estou um pouco cansada e... Com sono. Esta noite, você poderia...?

Joaquim olhou para ela com um olhar suave, percebendo o cansaço nos olhos dela. Ele se inclinou e beijou suavemente a ponta do nariz dela, um gesto cheio de carinho.

- Claro, não vou tocar em você.

Natacha o olhou com um misto de surpresa e desconfiança. Como ele poderia ser tão imprevisível? Na noite anterior, ele tinha sido tão agressivo, mas agora parecia atender a todos os seus caprichos. Seu coração bateu mais rápido, seus olhos refletindo uma leve ondulação de emoção. Mas havia uma voz dentro dela, uma advertência persistente:

“Natacha, você não pode se deixar levar de novo! Será que você realmente está disposta a ser madrasta?”

Joaquim a deitou na cama com cuidado, ajeitando os travesseiros para que ela pudesse se sentir confortável. Ele a cobriu com um cobertor macio, suas mãos fortes, mas gentis. Indicando que ela deveria descansar primeiro, ele se dirigiu ao banheiro para se lavar.

Natacha, no entanto, não conseguia dormir. Sua mente estava inquieta e seu coração, agitado. As sombras dançavam nas paredes do quarto, enquanto ela se remexia, tentando acalmar seus pensamentos confusos.

Ela não conseguia deixar de pensar que, embora ele tivesse errado primeiro, fazendo Rafaela engravidar, ela ainda se sentia culpada. Lamentava ter passado o contato de Joaquim para Laura e se arrependia de ter usado o amor e a atenção dele para se vingar de Rafaela. A culpa a corroía por dentro, como uma serpente insidiosa, sussurrando em seu ouvido.

Agora, ela não tinha escolha a não ser continuar a agradá-lo, esperando que ele não descobrisse suas pequenas manipulações. Se ele descobrisse, certamente não a perdoaria com facilidade. Ela conhecia a intensidade do temperamento de Joaquim e sabia que estava brincando com fogo.

Perdida nesses pensamentos, ela ouviu o som da água no banheiro cessar. Seu corpo se enrijeceu, o coração batendo acelerado. Fechou os olhos rapidamente, fingindo estar dormindo, temendo que, se ele a visse acordada, quisesse fazer amor. Ela respirou fundo, tentando manter a respiração estável e regular.

Joaquim saiu do banheiro, caminhando levemente até a cama. Ele se deitou ao lado dela, uma mão firme e carinhosa envolvendo sua cintura. Seu corpo estava quente, e ela podia sentir o ritmo constante do coração dele contra suas costas. Ele exalava um cheiro fresco de sabonete e loção pós-barba, um aroma que a tranquilizava e a deixava inquieta ao mesmo tempo.

Ele sussurrou com gentileza em seu ouvido, sua voz baixa e rouca:

- Natacha, você tem todo o direito de sentir ciúmes. Eu sei que você tem passado por muitas dificuldades. Mas, por favor, não me afaste mais, está bem?

O coração de Natacha doeu com aquelas palavras, e ela sentiu lágrimas brotando em seus olhos. Cada palavra dele parecia perfurar seu coração, carregada de um peso emocional que ela não podia ignorar.