Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite! romance Capítulo 3

Natacha olhou apressada para ele, se engasgando ao dizer:

- Você precisa me ouvir, ontem eu...

- Chega. – Joaquim interrompeu ela, seus olhos caindo nas marcas vermelhas em seu decote.

Estava claro que eram marcas deixadas depois de transar com alguém. Sua voz era calma e cruel, continuando. – Eu também tenho responsabilidade por deixar você sozinha por esses dois anos. Não culpo você por fazer isso. Mas, Natacha, a família Camargo não pode aceitar uma mulher suja como matriarca.

Natacha ficou atordoada, todas as suas explicações pareciam vazias agora.

Era verdade que quem acreditaria em explicações para isso?

Além disso, mesmo que ela provasse que foi tramada por Daniela e Marta, ela ainda estaria suja.

Natacha forçou um sorriso amargo, dizendo:

- Então, você quer dizer que... O divórcio?

Joaquim concordou com calma:

- Do lado do meu avô, eu espero que você seja clara sobre querer se divorciar. Posso dar a você uma última chance de manter sua dignidade, para que ele não saiba que você estava traindo.

Natacha sentiu seus olhos ardendo e doloridos naquele momento, ela lutou para segurar as lágrimas.

Depois de um tempo, ela respirou fundo e disse:

- Então... Você pode me responder uma pergunta?

- Diga.

Os olhos do homem eram profundos como o mar, não revelando nenhuma emoção.

Natacha olhou para ele, perguntando com a voz trêmula:

- Você tem alguém lá fora? Depois de dois anos de casamento, você sente algo por mim? Se não fosse por ela, você me amaria?

Os olhos de Joaquim se apertaram de leve e ele disse com calma:

- Desculpe, no dia do nosso casamento, eu te disse. Tudo que eu posso te oferecer é o título de Sra. Camargo.

Ele não respondeu diretamente à pergunta dela.

Mas Natacha era uma mulher, e seu instinto dizia a ela que Joaquim já tinha alguém em mente.

- Nos próximos dias, vou pedir ao advogado para preparar o acordo de divórcio. Você assina, e então pode explicar para o meu avô.

Joaquim falou do divórcio com tanta casualidade, como se estivesse falando sobre o que iriam jantar naquela noite.

Depois de dizer isso, ele saiu do quarto sem olhar para trás.

Natacha sentiu uma frieza ao seu redor.

Era verão escaldante, mas por que ela se sentia como se estivesse em um lugar congelante?

O que deixava ela desesperada não era o pedido de divórcio de Joaquim, mas sim o fato de ele pensar que ela estava traindo, ainda assim, ficando tão calmo.

Ela sabia que sua calma não vinha de sua educação refinada, mas porque ele simplesmente não amava ela.

Natacha estava tonta agora, percebendo que seu casamento acabaria assim, embora não quisesse desistir.

Pegando o celular, ela ligou para sua melhor amiga.

- Rosana, você terminou o trabalho? Eu... Eu...

A voz de Natacha ficou presa na garganta, se sentindo cheia de injustiça, incapaz de falar.

Rosana percebeu que algo estava errado com ela, mas hesitou em dizer:

- Natacha, hoje à noite tenho uma entrevista para fazer, então vai demorar um pouco. Que tal eu te mandar o endereço? Você pode vir me ver. Depois que eu terminar a entrevista, podemos conversar, tudo bem?

- Tudo bem.

Depois de concordar com Rosana, Natacha imediatamente saiu de casa.

Seguindo o endereço enviado por Rosana, ela estacionou o carro em frente a um estúdio de dança.

Segundo diziam, essa entrevista era porque o estúdio estava abrindo naquele dia e a proprietária queria fazer uma grande divulgação, então organizou uma entrevista com um repórter da TV Cidade M.

Rosana, ao ver Natacha, correu para o carro dela e entrou.

- Essa dona do estúdio é muito inconveniente. Originalmente, o corte da fita e a abertura deveriam ser de manhã. Eu já poderia estar livre do trabalho hoje cedo. Mas por causa de ela mudar o horário, estou aqui trabalhando até tarde para essa entrevista. Quem já viu uma abertura de negócios à noite?