Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite! romance Capítulo 532

Gabriel ajudava Natacha a entrar na casa, seu braço ao redor dela oferecendo suporte e conforto. Ela estava visivelmente abalada, seus olhos arregalados de medo e o corpo tremendo de frio e choque.

— Esta é minha aluna. — Explicou Gabriel, tentando manter a calma na voz. — Ela passou por uns apuros. Mãe, pode ir descansar. Vou pedir para prepararem um quarto de hóspedes para ela.

Lorena, com o rosto cheio de preocupação, observava Natacha.

— Está muito frio lá fora, a menina está tremendo. — Disse, seu tom cheio de compaixão. — Vamos fazer um pouco de chá de gengibre para ela, não quero que ela pegue um resfriado.

— Obrigado, mãe. Deixo isso com você. — Gabriel olhou para sua mãe com gratidão.

Depois que Lorena saiu, Gabriel voltou sua atenção completamente para Natacha. Ele a conduziu até uma cadeira, e ela se sentou pesadamente, como se suas pernas não pudessem mais suportar seu peso. Com uma voz gentil e cheia de cuidado, ele perguntou:

— Natacha, pode me contar o que aconteceu esta noite? Que perigo você enfrentou?

Natacha apenas balançava a cabeça vigorosamente, seus olhos se enchendo de lágrimas. Ela estava tão perturbada que não conseguia falar. Sua mente estava um turbilhão de medo e vergonha. Como poderia contar ao seu professor que quase foi atacada por um marginal? Ela se defendeu a tempo, mas não antes de ser tocada de forma inapropriada. Cada lembrança fazia seu corpo tremer ainda mais. Se não fosse sua rápida reação, poderia ter sido ainda pior.

— Tudo bem, você não precisa dizer. Mas e o Joaquim? Você está esperando um filho dele. Como ele pode deixar você vagando pelas ruas à noite? Onde ele está? — Gabriel questionou, sentindo a raiva crescer dentro de si.

As perguntas incessantes de Gabriel deixaram Natacha sem resposta. Ela apertou as mãos com força no colo, as unhas quase cravando na pele. Ela também não sabia onde Joaquim estava. Apenas sabia que ele a havia enganado, dizendo que estava no trabalho.

— Por favor, Gabriel, não pergunte mais. — Implorou Natacha, sua voz quebrando em meio ao choro. — Eu não sei, eu não sei de nada! Estou tão cansada, só quero tomar um banho. Preciso de um banho! — As lágrimas escorriam livremente pelo seu rosto, cada palavra carregada de desespero.

Ela se sentia suja, mesmo que o marginal não a tivesse violado. Só o fato de ele ter tocado nela fazia com que se sentisse imunda. Era como reviver o trauma daquela noite no Clube Nuvem, onde foi forçada por um homem desconhecido. Cada toque indesejado, cada momento de terror estava gravado em sua mente.