Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite! romance Capítulo 538

Assim que deu um passo, Natacha sentiu seu pulso ser segurado firmemente por Duarte. O toque era firme e determinado, fazendo ela se virar de repente, surpresa e assustada. Seus olhos se arregalaram, e ela disse, nervosa, com a voz trêmula:

— Me solte, ou eu vou gritar por ajuda.

Duarte, mantendo seu olhar fixo nela, não parecia intimidado. Sua voz grave e firme soou ameaçadora, mas também carregava um tom de sinceridade:

— Já que você não quer mais ser incomodada por mim, por que não acabar com minhas dúvidas? Ou será que a senhorita também acredita que é minha irmã, e por isso tem medo de fazer o exame de sangue?

A pergunta de Duarte foi um golpe no coração de Natacha, despertando todas as suas dúvidas e medos sobre seu passado. Ela sabia que não podia confiar cegamente em Duarte, especialmente depois de tudo o que havia acontecido com Daniela. Seus olhos, antes cheios de determinação, agora mostravam um conflito interno profundo. Pensando por um momento, ela respondeu com firmeza, mas ainda insegura:

— Tudo bem, eu aceito fazer o exame, mas vamos ao hospital que eu escolher. Além disso, não vou no seu carro. Vamos de táxi.

Duarte, conhecido por seu temperamento explosivo e repulsa a negociações, se surpreendeu ao ouvir tantas condições de Natacha. No entanto, ele apenas sorriu, um sorriso que não alcançava seus olhos, e concordou:

— Está bem, do jeito que você quiser.

Sua aceitação surpreendentemente rápida deixou Natacha ainda mais desconfiada, mas ela decidiu seguir adiante.

Dentro do táxi, o silêncio entre os dois era evidente. Natacha olhava pela janela, suas mãos inquietas sobre o colo. Duarte, por sua vez, observava ela de canto, tentando decifrar seus pensamentos.

Quando chegaram ao hospital onde Natacha estava estagiando, ela respirou fundo, tentando acalmar seus nervos.

No hospital, a coleta de sangue foi rápida.

Duarte entregou a ela um cartão de visita após o procedimento, sua expressão agora mais suave, mas ainda com uma intensidade que fazia Natacha se sentir desconfortável. Ele disse:

— Quando tivermos os resultados, eu te aviso. Este cartão tem meus contatos, caso precise de alguma coisa, pode me ligar.

Duarte então deixou o hospital.

— Não se preocupe com isso, eu mesmo resolvo. — Respondeu Duarte, com um olhar complexo. De repente, ele perguntou. — E o Joaquim? Ele ainda está no hospital?

— Depois que confirmou que a Srta. Rafaela e o bebê estavam bem, ele foi embora, mas deixou alguém cuidando das coisas por lá. — Respondeu Caio.

Duarte pensou em seu filho, seu primeiro filho em 30 anos, que ainda não tinha visto. A ansiedade e a expectativa encheram seu coração. Ele pegou seu casaco e saiu apressado, seus passos ecoando pelo corredor enquanto sua mente fervilhava com pensamentos e emoções conflitantes.

...

No Hospital.

Rafaela já estava completamente acordada. A primeira coisa que fez foi perguntar por Joaquim, mas quem estava lá era Xavier. Sua expressão estava marcada pela angústia e frustração, seus olhos ardendo de raiva.

— Cadê o Joaquim? Por que ele não veio? — Rafaela olhou furiosa para Xavier, acusando ele com cada palavra. — Você não contou para ele que eu estava em perigo, né? Pode apostar que, quando Joaquim souber que você tentou esconder isso, ele não vai te perdoar!