Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite! romance Capítulo 588

Natacha colocou a caixa ao lado do travesseiro de Joaquim e disse:

— Uma coisa tão valiosa assim, com tanta gente no hospital, não perca isso.

Joaquim olhou profundamente para Natacha e disse:

— Nesse meu estado, como vou me preocupar com isso? Melhor assim, você guarda esse Diamante Azul para mim.

Natacha não pensou muito e assentiu com a cabeça, dizendo:

— Tudo bem, quando sua esposa chegar, eu entrego o Diamante Azul para ela. Ou quando você sair do hospital, eu devolvo para você.

— Não precisa. Acho que a cor do Diamante Azul combina mais com você do que com ela.

Os olhos de Joaquim estavam cheios de carinho, mas Natacha fingiu não perceber.

Natacha sorriu e disse:

— Esse Diamante Azul parece ser muito valioso. Se eu aceitasse algo assim, nossa relação realmente não teria explicação.

Enquanto conversavam, alguém bateu na porta.

Dois policiais uniformizados disseram:

— Vocês são o Sr. Joaquim e a Srta. Susan?

— Sim, eu sou Susan. — Natacha foi até eles e perguntou: — Vocês vieram por causa do incidente de ontem?

Os policiais assentiram e disseram:

— Sim, o suspeito já está sob nossa custódia. Queremos entender melhor a situação e ver como está o estado do Sr. Joaquim.

Natacha os levou para o quarto e contou aos policiais o que havia acontecido no dia anterior.

Ao pensar sobre o ocorrido, Natacha ainda sentia um pouco de medo e disse:

— É o seguinte, eu vivi no exterior por muitos anos, então não conheço bem as leis e regras daqui. Embora eles tenham tentado me machucar ontem, foi o Sr. Joaquim que corajosamente me salvou e acabou ferido. Então, acho que ele deve decidir se quer ou não processar o agressor, não é?

Joaquim se apressou a acrescentar:

— Fico feliz por ter te salvado!

O rosto de Natacha ficou imediatamente constrangido. "Joaquim é realmente o presidente de uma grande empresa? Por que as palavras dele me deixam tão desconcertada?"

Até os policiais pareceram conter um sorriso, mas ainda assim, um deles perguntou com seriedade:

— Sr. Joaquim, se precisar de um advogado, pode processá-lo o quanto antes. Vamos avaliar a gravidade de seus ferimentos. Se você acha que não são graves e decide não processar, podem resolver isso entre vocês.

Os policiais nunca tinham visto alguém ser esfaqueado por um criminoso e ainda perdoá-lo. Por isso, a última frase foi apenas uma sugestão.

Joaquim pensou por um momento e disse:

— Façam o que devem fazer, mas não vou processá-lo. Por favor, digam a ele que foi a Dra. Susan quem o perdoou. Caso contrário, se decidíssemos processá-lo, ele provavelmente ficaria preso por muito tempo.

— Entendido, passaremos sua mensagem para ele.

Após concluírem o depoimento, os policiais fizeram um comentário de despedida e saíram.

Em seguida, Joaquim percebeu que Natacha o observava com um olhar surpreso e perplexo.

— Por que você está me encarando? — Joaquim franziu a testa e perguntou. — Tenho algo no rosto?

— O que houve?

— Nada. — Joaquim rapidamente voltou a si e disse. — Eu penso como você, mas o motivo mais importante é que quero te proteger, não quero que você vire o centro das atenções. A verdade certamente será descoberta, e eu acredito em você.

Natacha sentiu como se seu coração tivesse se aberto uma pequena fresta, permitindo que raios de sol penetrassem.

Nesse momento, Joaquim parecia ter um significado especial para Natacha.

Natacha finalmente esboçou um sorriso suave e disse a Joaquim:

— Obrigada. — Em seguida, ela foi até a varanda e ligou para a enfermaria. — Verifique imediatamente se as prescrições do paciente estão de acordo com os medicamentos administrados. Além disso, quero todos os registros diários do progresso dele.

Natacha sempre teve confiança em sua medicação. O medicamento havia passado por testes celulares, experimentos com animais e, recentemente, por ensaios clínicos, todos com sucesso. Não deveria falhar em um único paciente. Mesmo que a condição do paciente não melhorasse, não seria a medicação que causaria a morte.

...

Enquanto isso, no Clube Nuvem.

Enrico, com uma expressão grave, disse:

— Rafaela, temos um problema. Não conseguimos mais pegar o medicamento da Susan!

— O que quer dizer com isso? — Rafaela franziu a testa e perguntou irritada. — Esse processo sempre foi tranquilo. O que aconteceu?

Enrico suspirou, com um toque de culpa:

— Aquele garoto morreu por nossa causa. Agora, Susan reforçou o controle sobre os medicamentos. Todos os remédios estão no cofre dela e é a própria Susan quem os administra aos pacientes. Não há como nossos infiltrados trocarem os medicamentos.

Rafaela não esperava que a situação se desenrolasse dessa forma. A morte do garoto não a afetou muito, mas a questão crucial para ela era que não poderiam mais conseguir os medicamentos para Domingos. O que fariam agora?