Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite! romance Capítulo 787

As palavras de Adriano foram como uma pedra pesada caindo no coração de Natacha, provocando uma tempestade de emoções.

Ela se sentiu ainda mais triste, como se estivesse falhando com seus filhos.

Olhando para os olhos esperançosos das duas crianças, Natacha não conseguiu reunir forças para dizer "não".

Quando Joaquim percebeu que Natacha havia cedido, sua animação foi maior do que a dos próprios filhos.

Natacha, desconcertada, lançou a ele um olhar e disse:

— Eu e Otília vamos dormir neste quarto. Você leva o Adriano para dormir com você.

Mas Otília protestou:

— Eu também quero dormir com o papai! Mamãe, podemos todos dormir juntos?

Adriano prontamente concordou:

— Isso! Eu e a Otília no meio, e vocês dois nas pontas. A cama do papai é bem grande!

Joaquim quase não conseguiu segurar o riso ao ouvir a proposta dos filhos. "Essas crianças, como podem ser tão adoráveis?" Pensou ele, segurando a risada com esforço. Já Natacha estava mortificada com a situação, o rosto queimando de vergonha.

Ela respondeu com firmeza:

— Não, papai e mamãe não podem dormir juntos. Só pessoas casadas podem fazer isso, entenderam?

Adriano olhou para ela com uma expressão curiosa e perguntou:

— Mas se você e o papai não dormiram juntos, como eu e a Otília nascemos?

Vendo que Natacha estava prestes a se irritar, Joaquim interveio rapidamente, fingindo estar bravo:

— Adriano, como você fala assim com sua mãe? Crianças não podem dizer esse tipo de coisa!

Adriano deu uma risadinha tímida e lançou um olhar furtivo para Otília, que imediatamente puxou a mão de Natacha e implorou:

— Vamos, mamãe! Só por uma noite... Deixa a gente sentir como é ter os dois pais juntos, por favor?

Natacha suspirou, batendo levemente na cabeça da filha, sem saber o que fazer.

No final, ela não conseguiu resistir aos pedidos dos filhos e acabou aceitando. Juntos, ela, Otília e Adriano foram para o quarto de Joaquim.

Ao entrar no quarto principal, Natacha foi invadida por uma sensação de familiaridade.

Embora ela tivesse esquecido muitos detalhes do passado, desde o momento em que colocou os pés naquela mansão, tudo parecia estranhamente conhecido.

Joaquim não havia contado a Natacha que, desde sua partida, nada na mansão havia sido trocado. Tudo permanecia como estava antes de ela sair.

Natacha, sem qualquer sinal de sono, estava deitada parcialmente apoiada na cama.

Com Otília em seus braços, ela acariciava levemente as costas da menina, ajudando ela a pegar no sono.

Não demorou muito para que os dois pequenos adormecessem.

Natacha colocou Otília debaixo do cobertor, ajeitando cuidadosamente os cantos para que ela ficasse bem aquecida, e se levantou da cama com suavidade.

— Natacha! — Chamou Joaquim, em voz baixa. — Aonde você vai?

Natacha respondeu friamente:

— Você realmente acha que só porque Otília e Adriano pediram, eu dormiria com você?

As palavras de Natacha foram como um balde de água fria, molhando Joaquim da cabeça aos pés. Olhando para as duas crianças dormindo profundamente, ele não teve coragem de perturbá-las, então, segurando Natacha pelo braço, a levou até a pequena sala de estar ao lado.

Joaquim, irritado, começou a falar:

— Por que você tem que agir assim? Você viu com seus próprios olhos o quanto as crianças desejam uma família completa. Você realmente quer me levar ao tribunal?

Os olhos de Natacha estavam frios, sem traço algum de emoção, quando ela respondeu com indiferença:

— Foi você que me forçou a isso! Foi você quem tirou o Adriano de mim, quem quer lutar pela guarda dos meus filhos. Mas, Joaquim, esses dois foram gerados por mim! Eu quase perdi a vida para trazê-los ao mundo!