Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite! romance Capítulo 811

Joaquim parecia querer olhar para Natacha mais uma vez, como se assim pudesse gravar para sempre sua imagem e, em outra vida, ainda pudesse encontrá-la novamente:

— Natacha, sinto muito. Sinto muito por ter te machucado por tanto tempo. — Joaquim curvou os lábios num sorriso amargo. — Se eu fosse você, provavelmente também não me perdoaria. Tudo o que aconteceu hoje é o castigo que mereço. A única coisa que me consola é poder me levantar agora e te proteger, assim como Gabriel fez.

— Não! Joaquim, não faça isso, eu não quero que você faça isso! — As lágrimas de Natacha escorriam sem parar enquanto sua voz rouca implorava. — Eu não te culpo mais, eu te perdoo! Não ouça o que Rafaela disse, por favor, solte a faca!

Mas Joaquim não soltou a faca. Apenas sorriu e disse:

— Você precisa acreditar, Natacha. Não importa quando, sempre que eu puder te proteger, farei isso sem hesitar. Não é só Gabriel que pode fazer isso, eu também posso.

Rafaela já não suportava mais ouvir a conversa deles, o ódio brilhando em seus olhos, quase se transformando em chamas.

“Joaquim está fazendo isso de propósito. Ele está me provocando, só para me fazer sofrer ainda mais!”

De repente, Rafaela puxou Natacha da cadeira e a faca pressionada contra o pescoço dela já havia cortado sua pele.

Joaquim gritou:

— Rafaela, você prometeu que deixaria Natacha ir! Se você a matar, eu farei você pagar!

Tremendo de raiva, Rafaela olhou para Joaquim com ódio e disse:

— Então enfie logo essa faca no seu próprio coração! Eu quero ver você morrer com meus próprios olhos! Caso contrário, quem vai morrer é a Natacha!

Enquanto o sangue manchava o pescoço pálido de Natacha, Joaquim franziu as sobrancelhas.

Ele olhou profundamente para Natacha, se despedindo com uma calma que parecia estranha:

— Adeus, Natacha. Cuide bem de Otília e Adriano. Eu te amo.

No segundo seguinte, a lâmina brilhante perfurou sem hesitação o peito de Joaquim.

— Não! — O grito desesperado de Natacha ecoou pela sala.

Mas ela estava amarrada e sequer conseguia se libertar do aperto de Rafaela.

Natacha viu, impotente, o corpo alto de Joaquim cair diante dela, enquanto o sangue que manchava a camisa branca dele parecia também perfurar o coração dela com a mesma lâmina.

“Por que as pessoas que me amam vão embora uma por uma? Por que Deus é tão cruel comigo?”

Natacha, em um surto de desespero, gritou para Rafaela: