Ao pensar em tudo isso, Duarte sentiu a satisfação da vingança crescendo dentro de si. Ele disse a Enrico:
— Prepare o jato particular, estaremos prontos a qualquer momento para ir ver o velho pela última vez.
...
No hospital.
Desde que Joaquim acordou, Natacha pediu licença do trabalho e o acompanhava todos os dias. Sob seus cuidados atentos, Joaquim se recuperava um pouco mais a cada dia.
Duas semanas depois, Joaquim já conseguia andar novamente. Nesse dia, Natacha trouxe Otília e Adriano para visitá-lo.
Os dois pequenos nem imaginavam o perigo que seus pais haviam enfrentado recentemente. Ao ver o pai vestindo o pijama de paciente, Otília, curiosa, perguntou:
— Papai, por que você e a mamãe ficam revezando no hospital? Vocês estão brincando de algum jogo?
Natacha estava prestes a explicar, mas Joaquim sorriu e disse:
— Sim, estamos jogando um jogo.
— Então eu também quero brincar com vocês! — Otília riu e correu para o pai, tentando pular em seus braços, mas Natacha a impediu.
Se ajoelhando, Natacha pegou a filha no colo e falou suavemente:
— Papai está fingindo ser o paciente. E você sabe que os pacientes são muito fracos... Será que ele consegue te carregar, com todo esse peso que você ganhou comendo tanto? Não quer cansar o papai, né?
Otília fez um biquinho, mas concordou:
— Tudo bem, mamãe, faz sentido.
Adriano, porém, era mais esperto. "Antes, eu tinha certeza de que papai e mamãe não se davam muito bem... Como agora eles parecem tão harmoniosos?"
Intrigado, Adriano se aproximou de Joaquim e perguntou baixinho:
— Papai, eu disse que a mamãe era de coração mole, não disse? Mas você está fingindo tão bem que até parece que está realmente doente! Aposto que a mamãe acredita que você está doente de verdade. Quando entrei aqui, quase acreditei também!
Joaquim apertou as bochechas de Adriano e disse:
Joaquim entendeu imediatamente a intenção de Natacha e recusou:
— O Xavier é meu assistente, não um enfermeiro ou cuidador. Você acha que dar banho em mim faz parte do trabalho dele?
Natacha queria muito rebater, mas sabia que Joaquim tinha razão. Afinal, Xavier era o assistente da Grupo Camargo, e não um empregado doméstico. Depois de hesitar por um longo momento, ela corou e sugeriu, sem jeito:
— Então... Que tal você aguentar alguns dias sem tomar banho? Na verdade, não faz tanta diferença, você não vai sair, e ninguém vai te ver aqui no quarto do hospital.
Joaquim suspirou e, fingindo estar abatido, respondeu com um tom de falsa piedade:
— Deixa pra lá, eu vou me virar e tomar banho. Não aguento ficar tantos dias sem me lavar!
— Espera aí! — Natacha correu atrás dele, preocupada, e o lembrou. — Quando for tomar banho, cuidado para não molhar o ferimento. Todo o seu peito não pode ser molhado, senão a ferida pode infeccionar!
Joaquim parou de andar, aproximando seu rosto bonito dela de propósito, e falou com um tom provocador:
— Ah, eu não posso garantir que não vou molhar a ferida. Mas, pensando bem, minha esposa é a cirurgiã que me operou, não é? Se eu estragar os pontos, ela pode me operar de novo sem problema!

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...