Solange segurou a mão de Melissa e disse a Joaquim:
— A propósito, a irmã de Melissa tem uma reunião de pais hoje. Veja só, uma criança tão pequena e os pais não se importam, deixando a irmã mais velha ir à reunião no lugar deles. A escola da irmã dela fica perto do Grupo Camargo. Que tal você levá-la até lá?
Melissa abaixou a cabeça, permanecendo em silêncio, mas, em seu coração, ela estava ansiosa. "Finalmente terei uma oportunidade de ficar a sós com Joaquim. Preciso aproveitar bem esse momento."
Joaquim, no entanto, parecia relutante. Ele franziu o cenho e disse:
— Ela pode pegar o metrô. Vou fazer uma inspeção na filial esta manhã, e não passarei pelo Grupo Camargo. Não está no meu caminho.
Solange insistiu:
— A estação de metrô é tão longe daqui, e além disso, qual linha do metrô de Cidade M não está sempre lotada? Vamos, faça isso por mim, só desta vez. Você pode me ajudar com isso, não pode?
Enquanto conversavam, Natacha observava atentamente as interações entre Solange e Melissa. Depois do aviso de Dora naquela manhã, uma ideia absurda começou a surgir em sua mente. Mas, ao refletir, ela achou improvável. Melissa ainda era tão jovem...
Mesmo assim, Natacha decidiu intervir e disse:
— Mãe, já que o caminho de Joaquim não é o mesmo, eu posso levar Melissa até a escola. — Solange e Melissa ficaram momentaneamente surpresas. Natacha sorriu levemente e continuou. — Melissa, eu te levarei até a escola da sua irmã mais tarde.
Por dentro, Melissa estava frustrada, mas não ousou recusar a oferta de Natacha. Ela murmurou em voz baixa:
— Obrigada, senhora.
Solange forçou um sorriso e comentou:
— Natacha, você anda tão ocupada... Agora tem tempo?
Natacha manteve o sorriso e respondeu:
— Se é um pedido seu, mãe, eu faço o possível para deixá-la satisfeita. Joaquim e eu somos marido e mulher, se eu levar Melissa, é o mesmo, não acha?
Joaquim riu de Natacha, ainda que irritado com sua provocação. De repente, ele a puxou pela cintura e, sem aviso, deu uma mordida firme em seus lábios, dizendo:
— Não se esqueça, você também é jovem e bonita. Pra que eu iria querer outra? Pra arranjar problema pra mim mesmo?
As vozes animadas dos dois, enquanto brincavam dentro da sala, foram ouvidas por Melissa, que estava parada na porta.
As palavras de Joaquim fizeram o coração de Melissa se encher de tristeza. Ela nunca tinha imaginado que, aos olhos de Joaquim, ela era tão insignificante.
Mordendo o lábio inferior, Melissa quase começou a chorar. Com medo de que Dora a pegasse novamente ouvindo suas conversas, decidiu descer as escadas e esperar por Natacha na sala de estar.
Ela sabia que Joaquim não a levaria. Sem escolha, Melissa apenas o observou se afastar e sair de casa.
Quando Natacha finalmente desceu, Melissa manteve os olhos baixos, sem ousar encará-la, e seguiu em silêncio até o carro. No caminho até o colégio, Natacha, pelo retrovisor, observava a menina sentada no banco de trás. "Melissa é tão jovem, tão frágil. Será que ela realmente tem outras intenções, como Dora sugeriu?" Pensou Natacha.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...