Pátio da família Anderson.
Dois homens a empurraram na frente de John, que estava sentado em uma cadeira de rodas.
Laura esbravejou: "O Sr. Anderson é realmente capaz de tudo, até de um sequestro em pleno dia!"
Os dois homens a soltaram e seus pés tocaram o chão. Seu tornozelo estava doendo, mas manteve-se firme, resoluta.
John acenou com a mão e todos foram embora.
Ele disse friamente: "Sente-se".
"A cadeira da família Anderson é tão cara que não posso me dar ao luxo de me sentar nela."
"Laura Anderson, você está tentando me irritar?"
"Já disse, meu nome é Laura Green."
"Mesmo que seu sobrenome seja Green, você é da família Anderson."
"É por isso que sempre me sinto mal."
John a encarou enquanto dava um tapa na cadeira de rodas e a repreendia: "Como ousa!"
"Por que me trouxe aqui?", perguntou friamente, sem se preocupar em tratá-lo como Sr. Anderson.
"Por que você está com William?"
"É assunto meu."
"O quê? Você precisa de dinheiro?"
Ela o encarou. Aos olhos de seu pai, era apenas por dinheiro que ela se associava aos ricos.
Que piada!
"Você não aprendeu nada de bom com sua mãe, apenas coisas ruins."
Os olhos de Laura ficaram frios. "O que você quer dizer com coisas ruins?"
"Flertando com as pessoas. Será que, como filha ilegítima, você está sonhando em ser uma Walton?"
Ela agarrou o punho com força, as unhas cravando sua carne. Seu corpo inteiro tremia por causa de suas palavras.
Ela caminhou até a pequena mesa de centro ao lado de sua cadeira de rodas e a virou.
O jogo de chá, o copo d'água e o iPad caíram no chão com um estalo.
John olhou para ela sem pestanejar.
Ela foi em direção a John. "Uma pessoa como você não tem direito de falar da minha mãe, porque você é sujo, então não me traga a este lugar nojento nunca mais. Tenho medo de não poder me limpar depois."
Depois que terminou, ela virou-se e saiu mancando.
John disse friamente: "Laura, estou avisando, termine imediatamente com William, se não, não me culpe."
Ela ficou parada e ergueu as sobrancelhas, olhando para ele com desdém. “Em mim também há outra coisa que minha mãe não tem. Aprendi sozinha a não gostar de ouvir advertências dos outros. Jamais obedecerei a você. Quero ver o que vai fazer."
Espere, um dia ainda vou tirar você das nuvens. Farei você se arrepender do que nos fez, a minha mãe e a mim.
Depois de deixar o pátio da família Anderson, ela deu apenas alguns passos e se sentou na beira da estrada por causa da dor no tornozelo.
Quanto mais pensava sobre isso, mais chateada ficava.
Quem estava lá dentro era seu pai biológico.
Ele a amarrou. Viu seu pé machucado, mas em nenhum momento perguntou se ela estava com dor.
Ela estava triste. Encolheu-se escondendo o rosto entre os joelhos, as lágrimas caíam incontrolavelmente.
Por que todos tinham uma casa, exceto ela?
Por que o pai de outras pessoas era amável e amoroso com suas filhas, mas seu pai a tratava como uma inimiga?
Por que ela era incapaz de ter ser feliz?
Tornar-se filha ilegítima não era culpa dela. Quem havia cometido o erro foi ele, por que ela deveria pagar por isso?
"Psiu, oii!?..."
Na frente dela, alguém gentilmente cutucou sua cabeça.
Ela ergueu a cabeça e viu William.
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