Srta. Carter romance Capítulo 2

Ella:

Após virem me buscar, sou levada á uma casa que eu já conhecia.

É a casa do tio Júlio.

Tio Júlio era legal, sempre brincava comigo e me fazia rir mas acho que namorada/esposa dele não gostava de mim.

Não sei oque eles são, pois não se casaram como papai e mamãe, mas moravam juntos e tinha uma filha da minha idade chamada Patrícia.

Acho que Patrícia também não gosta de mim, sempre que íamos brincar ela me bate ou me empurra.

Nunca falei pra ninguém porque não quero que briguem com ela.

Patrícia é a primeira que eu vejo quando eu desço do carro, logo atrás dela esta sua mãe Roberta e tio Júlio do lado, ele tem um sorriso triste no rosto.

Assim como eu.

Ele vem até mim e me abraça como se eu fosse a coisa mais importante do mundo.

- Tudo vai ficar bem minha anjinha, você está com sua família iremos cuidar de você - tio Júlio fala.

Foi nesse momento que eu percebi que meus pais não voltariam mais.

Mas oque eu não sabia era que a única pessoa que era da minha família naquela casa era a que estava me abraçando, mas não demoraria muito pra eu descobrir.

E não demorou.

10 anos depois.

Já havia se passado mais de 10 anos que eu estava naquela casa, e quando meu tio não estava presente minha vida era um inferno.

Roberta definitivamente não gostava de mim.

Patrícia com toda certeza me odiava.

Pelo menos tio Júlio ainda era o mesmo comigo, e como falta pouco tempo pros meus 18 meu tio deu entrada na minha faculdade, irei cursar arquitetura, como sempre quis, agora seguirei os passos de meu pai.

Minha formatura do ensino médio era pra ter ocorrido em dezembro no final do ano, que foi a uma semana. Mas houve problemas com a organização do evento, um acidente com o palco e mais algumas coisas e acabaram adiando a formatura pra depois das festividades de final de ano.

Hoje é dia 8 de janeiro. Meu aniversario é daqui a três dias, no mesmo dia da formatura.

Estou tão feliz, me formo e fico adulta no mesmo dia, e três semanas depois vou pra faculdade.

Não podia estar mais feliz...

- Rafaela?!- Roberta grita comigo.

Me viro pra ela que está segurando uma bandeja nas mãos com bolachas, bolos e chá.

- Sim tia Roberta? - digo, sei que ela odeia que a chamo de tia.

- Não comece garota, minhas amigas chegaram, leve a bandeja e sirva elas, não me faça passar vergonha, já não basta fazer com que meu marido te sustente e pague sua faculdade, não me faça ter que pedir desculpas em seu nome e sentir vergonha sempre que as pessoas falarem de você.

- Jamais faria isso, agradeço a tudo que o tio Júlio fez e faz por mim.

-ótimo, eu que agradecerei quando você for embora dessa casa e não voltar nunca mais.

Ela diz indo pra sala.

A sigo com a bandeja em mãos, vejo senhoras de todo tipo, mas todas elas tem algo em comum.

O dinheiro de seus marido e a vontade de falar da vida alheia.

Coloco a bandeja em cima da mesinha e lhes sirvo o chá.

- Parece que treinou muito bem a sua sobrinha Roberta - ouço uma senhora bem chique falar, ela carrega um colar tão grande em seu pescoço que acho que se ela se inclinar um pouquinho pra frente cai de cara no chão.

- Ela é sobrinha somente do meu marido, vive as nossas custas, acredita que até a faculdade dela agora ele vai pagar. - diz Roberta e meu sangue já ferve.

Por mais que eu tenha a respeitado nos primeiros anos que estive aqui ela sempre faz de tudo pra me estressar, há dois anos deixei de ser harmoniosa com ela e passei a devolver todas as ofensas que me dava. Como minha mãe dizia " PRA QUERER TEM QUE SE DAR" ela não me respeitava e quando eu retrucava exigia respeito.

Mas não vou deixá-la me humilhar na frente dessas senhoras.

- A senhora tem razão, sou sobrinha somente do tio Júlio, pois nem casada com ele você é. - digo e saio da sala.

ouço ela me chamando brava de volta pra sala, assim que chego no hall de entrada da casa pois iria dar uma saída e relaxar sinto alguém puxar meus braços e me virar a forca.

- Sua vadiazinha, além de eu colocar a comida em sua boca, você me falta com o respeito na frente de outras pessoas? - ela grita - agora vou te dar uma lição que está precisando faz muito tempo.

Mal da tempo de processar as palavras dela e sinto o seu tapa em meu rosto.

Minha bochecha queima, tenho certeza de que apanharia mais se a campainha não tocasse.

Ela me olha com raiva e abre a porta.

Nela esta parada um policial.

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