Status: Namorada de Mentinha Seis

sprite

? Alex

Estamos a quase duas horas na estrada E Amanda é uma excelente companhia! o tempo todo ela está animada, cantando e conversando, não tenho tempo de ficar entediado ao volante. O vento bagunça seus cabelos, agora cor de mel e ela tenta fazer um rabo de cavalo, mas devido a ação do vento lhe atrapalhando, acaba ficando meio torto.

_ Quer água, tá um calor, né? _ fala enquanto mexe na caixa términa, na parte de trás do carro.

_ Eu aceito. _ Ela me passa uma garrafinha já aberta, e eu tomo alguns goles, sem tirar os meus olhos da estrada. Chegamos em Búzios duas horas e meia depois, porém continuo dirigindo até chegar a casa de minha mãe. Estaciono na lateral da casa e pego minha mochila e uma pequena mala de Amanda.

_ Uau, isso aqui é lindo! _ diz referindo-se ao jardim, com uma variedade imensa de plantas e de flores que, dona Clara cuida pessoalmente. Logo mais a frente tem um lago artificial, que fica bem nos fundos da casa. Seguimos pela latera, para a frente e a porta se abre antes que eu toque a campainha.

_ Filho! _ Mamãe fala, me abraçando apertado e eu retribuo o seu carinho. _ Que bom que você veio, meu querido! _ Como se eu tivesse escolha! Ralho mentalmente. Ela olha para atrás de mim e abre um sorriso ainda maior. _ Esta deve ser Amanda. _ fala, puxando a garota para os seus braçços. _ Me chamo Clara Village, e sou a mãe de Alex e de Alberto.

_ É um prazer, senhora Village! Sou Amanda Albuquerque.

_ Albuquerque, da agência de advogados?

_ Essa mesma. _ Ela rir e minha mãe parece encantada com a minha amiga.

_ Ah, meu Deus, que coincidência boa! Guilherme é um dos nossos representantes na empresa.

_Ah, que feliz coincidência!

_ Então mãe, já podemos entrar? _ Resolvo encerrar esse tricô entre as duas mulheres. Ela olha para mim, caindo na real.

_ Ah, claro, entrem por favor! _ diz e se afasta da porta, nos dando passagem. _ Alex, eu escolhi o último quarto do corredor para vocês _ avisa, enquanto caminha na nossa frente. Olho para Amanda e ela me olha.

_ Vamos ficar no mesmo quarto?_ inquire perto do meu ouvido e mamãe continua. _ O primeiro quarto ficou com Alberto e Ângela, o segundo é o meu, o terceiro ficou para os pais de Ângela, então o último fica com vocês. Espero que não tenha problema. _ Volto meu olhar para Amanda que parece completamente sem ação. Limpo a garganta, chamando sua atenção.

_ Não tem problema, mãe, não é amor?_ Ela dirige seu olhar para minha mãe, força um sorriso e olha para mim outra vez.

_ Ah, é claro que não tem problema Clara, posso chama-la assim, não é?

_ Sim, pode, minha querida.

Subo as escadas com uma Amanda silenciosa ao meu lado. A casa de minha mãe é do estilo americanizada, por fora ela é toda de madeira, pintada de branco, e por dentro é forrada com uma fina camada de gesso, pintada em tons pastéis. O assoalho e a mobiliada são rústicos, mas de um modo elegante e aconchegante. Quando chegamos ao último quarto, no final do corredor, Amanda me ajuda abrindo a porta e me dá passagem. Ela entra logo em seguida e fecha a porta atrás de si. A primeira coisa que olha é a cama de casal, estilo colonial e com dossel.

_ Vamos dividir a mesma cama?_ questiona, sem tirar seus olhos do objeto.

_ Por que, está com mendo de dormir ao meu lado? Que eu saiba a caçadora aqui e você! _ Ela volta seu olhar para mim, parece desconcertada. Quem diria que eu viveria pra ver Amanda de Almeida Albuquerque sem graça?

_ Estou habituada a dormir sozinha _ retruca.

_ Sério, olha só Amanda, não se preoculpe com isso agora. A noite eu monto uma cama para mim no chão, melhor assim?

_ Ah, não é justo, Alex. Tudo bem a gente dividir.

_ Por mim não há problema dormir no chão _ Insisto.

_ A gente resolve isso depois, o que temos pra fazer agora?

_ Não sei, vamos descer pra ver a programação de Dona Clara. _ Deixamos nossa bagagem em cima do divã, que fica próximo a cama e descemos as escadas, encontrando Alberto sentado em um sofá de couro verde, conversando com um senhor corpulento, com um bigode estranho na cara. Observo seus cabelos grisalhos e as bochechas rosadas. O homem se levanta ao ouvir nossos passos na escada.

_ Alex, Amanda, vocês já chegaram! _ Bel vem ao nosso encontro e abraça a minha amiga e depois a mim. _ Venham, quero que conheça Pedro, o pai de Ângela. _ O homem sorri, olhando Amanda da cabeça aos pés. _ Pedro esse é o meu irmão, Alex, de quem estávamos falando.

_ Espero que de bem! _ Interrompo meu irmão com humor e estendo uma mão para o senhor.

_ Sempre Alex, você é o meu único melhor amigo. E esta é Amanda, a namorada do meu irmão. _ Ele nos cumprimenta, a mim com um aperto de mão e a Amanda com um abraço que parecia não ter fim e no final, beija seu rosto.

_ Sua namorada é linda, Alex! _ comenta, e eu a puxo para mais perto de mim.

_ Obrigado, Pedro! Foi um prazer conhecê-lo.

_ A minha esposa, Maria Rosa está no quarto. Tadinha, está enjoada com essas viagens longas!

_ Ah, que pena! Espero que ela não fique o final de semana inteiro enjoada. _ Amanda fala com tom sarcástico e eu a olho duro. _ Não seria justo, não é? Tadinha! _ Ela tenta concertar a situação. _ E a Ângela, sua noiva?

_ Ela só virá a noite. _ Alberto informa. _ Sabe como é, vida de modelo. _ Amanda sorri e assente.

_ Amanda venha conhecer a propriedade, você vai amar tudo isso aqui! _ Convido.

_ Ótima ideia, Alex! Mostre para Amanda a nossa casa. _ Bel diz com empolgação na voz. Forço um sorriso e seguro sua mão e saimos de casa.

_ O que pretendia fazer?_ quationo assim que saímos da casa.

_ O que?

_ Amanda você ficou jogando indiretas para o pai da Ângela!

_ Eu?! _ Ela quase grita, apontando para o próprio peito, fazendo uma cara de indignada.

_ Amanda, você prometeu! _ Ela respira fundo.

_ Tá , tudo bem! Eu vou me comportar, mas é que ele tem uma cara de salafrário! _ ralha apontando na direção da casa.

_ Não pode dizer isso de uma pessoa, só de olhar pra ela.

_ Ah, eu não erro nunca! Tenho faro pra isso. _ Fecho meus olhos, pedindo a Deus paciência.

_Amanda, pelo amor de Deus, prometa! _ insisto.

_ Alex...

_ Promete, Amanda! _ Ela revira os

_ Ok, eu prometo! _ diz, fazendo o sinal da cruz com os dedos, e os

_ Assim que eu gosto de ver, menina boazinha!_ falo, puxando-a para os meus braços e beijo seus cabelos. Aproveitamos o momento para passearmos pelo jardim. Mostro para Amanda as flores premiadas de mamãe, sua coleção de vasos chineses, que ela usa apenas para enfeitar o jardim, a fonte no centro do lago, projetado por meu pai e construído por um arquiteto francês, e os peixes que habitam no lago.

_ Nossa, lá em casa também tem um jardim lindo, mas nada como isso aqui! É simplesmente fantástico!

Meu pai construiu quando mamãe teve uma crise de depressão. Ela quase morreu e encontrou nas plantas um motivo para viver.

_ Ela teve depressão?

foi quando a minha irmã morreu. Ela tinha quinze anos na época, se envolveu com um play-boy. Eles estavam fazendo um racha quando o acidente aconteceu. Os dois morreram na hora.

_ Nossa, isso é muito forte, coitada de sua mãe!

Acho que ela ainda não superou essa perda. Eu e o Bel tivemos medo de uma recaída quando papai morreu, mas conseguiu passar por essa. Todos os dias ela vem aqui e se dedica as plantas por horas.

_ Minha mãe sempre diz que quem se dedica a cuidar das plantas, é uma pessoa cheia de amor.

é assim. Clara sente o fato de eu ter saído de casa.

_ Porque saiu de casa?

_ Pelo mesmo motivo que você. Eu precisava de espaço, de viver a vida do meu jeito e ela jamais aceitaria o meu jeito de viver.

_ Entendo. Parece que somos gêmeos, não é? Os mesmos gostos, maneira de viver, não é engraçado isso? _ Olho para Amanda de uma forma diferente. Ela pode até não querer pronunciar a palavra, mas parecermos almas gêmeas, isso me causa até um arrepio. Mudo os meus pensamentos.

_ Quer ir na praia?

_ Ah, não vão, não. _ Mamãe aparece no meio das flores. _ Preparei um lanche pra vocês. Vieram de longe, devem estar com fome.

_ Na verdade, estou faminta, Clara. _ Amanda diz e mamãe abre um sorriso contente.

_ Bom, então vamos comer, dona Clara _ ralhoo._ O que temos de bom

_ Torta de maçã, com creme de avelã, que você adora, e suco de laranja e também temos figos frescos e alguns petiscos.

isso é uma banquete! Tudo isso por minha causa ou por causa

é sempre que você vem aqui, então quero que sinta saudades de casa, para vir com mais frequência _ comenta com humor, mas eu sei o quanto isso a afeta. Beijo e abraço minha mãe e ela se aconchega em meus braços. Na cozinha encontramos Alzira, ela é cozinheira daqui de casa desde que eu tinha meus seis anos e faz manjares que fazem os deuses passar vergonha perto

Alex, ou meu Deus, a quanto tempo!? _ Alzira contorna a mesa e me abraça apertado, contra o em corpo imenso e

Ou Alzira, também senti saudades! _digo com dificuldade e respirar e ela me solta, beijando o meu rosto várias vezes. Amanda rir da sua atitude, chamando-lhe a

Deixe-me apresentá-la, essa é Amanda, minha

_ Alex, ela é linda!

Obrigada! _ Amanda diz, e eu assisto o seu rosto corar. Porra, é lindo vê-lo

crianças, sentem-se e comam a vontade. Soube que vieram do Rio de Janeiro

foi uma aventura em tanto! _ Comento. Alzira para e nos olha por um tempo, me deixando sem graça. _ O que foi?_

Vocês, são tão lindinhos juntos, não é,

São sim, faço o maior gosto desse namoro. _ As mulheres riem. Eu olho para Amanda, sentada a e eu forço um sorriso engolindo em seco. Mamãe segue para sala e Alzira volta ao fogão então eu e Amminha frente e forço um sorriso. Sinceramente, pensei que fingir esse namoro seria mais fácil, mas pelo que vejo vai ser bem

????

hora do almoço todos estamos reunidos na grande mesa, ou quase todos, apenas os pais de Ângela, meu irmão, mamãe, eu e

desculpas a todos, Ângela ainda ainda está no trânsito, mas disse que chega ainda hoje. _ Bel comunica

Então Amandinha, soube que é advogada. _ Pedro fala. Quem esse filho da puta pensa que é para chama-la assim no diminutivo?

Ela exige. _ Meu nome é Amanda. _ Ele sorri

Ora vamos, somos uma família, certo?_ Todos olham sério para ele, e imediatamente parece ficar

Desculpe, Alberto e dona Clara! _ Ela pediu e direcionou o seu olhar para o homem na ponta da mesa. Senhor Pedro, não quero ser rude, mas independente de sermos ou não da mesma família, eu não lhe dei liberdade de me chamar como tamanha liberdade. _ Ele fica sério e

eu não tinha a intenção de

estou. Só acho que devemos colocar os pingos nos is, para não haver qualquer tipo de desconforto, e sim, eu sou advogada. _Ele não diz mais nada e o clima fica estranho. A campainha toca e Alzira vai abrir a porta, Ângela entra acompanhada de uma moça e ambas estão segurando um mundo de

_ Bel diz, se levantando da mesa e a puxando pela cintura, para dá um beijo na boca. Puxo a respiração e desvio meu olhar do casal. Amanda segura minha mão por baixo da mesa, eu olho para ela, ela me dá um